Atos dos Apóstolos (17: 28): “Em
Deus nós vivemos, nos movemos e existimos”.
A humanidade durante tanto tempo
tem buscado um refugio onde pudesse sentir-se segura e em paz. O Cristianismo
há séculos oferece um caminho, uma direção, de onde está esse refugio. Eu diria
que o mais correto seria afirmar onde “é”o
refugio. No idioma português a diferença entre “ser” ou “estar” é como a
diferença entre o eterno e o temporal.
No livro bíblico dos Atos dos Apóstolos, encontramos a
história de Paulo, um expoente da difusão do Cristianismo fora de Israel. Em
sua visita a Atenas deu um significativo discurso no Areópago, apinhado de
pensadores gregos dispostos a ouvir esse “falador” israelita. Tratava o
apóstolo de expor-lhes uma doutrina nova que lhes trazia à tona sua indefinida
crença em um “Deus desconhecido”,
como Paulo viu escrito entre os objetos
de culto da cidade. Em primeiro lugar tratou de explicar que o Deus que ele
adorava e apregoava era o Criador do mundo e que, sendo infinito, não habita em
templos feitos por homens nem é servido pelos homens. “Ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais” (17: 25).
Logo confirma: “Pois nEle vivemos, nos
movemos e existimos” (17: 28). Algo espantoso para os ouvintes!, penso eu.
Para os cristãos de hoje, essa
declaração não causa espanto, pois não é novidade há milhares de anos. Para
muitos, a verdade contida nas palavras do apóstolo é um sólido bastão de apoio
que ensina e demonstra a verdade fundamental para os seres humanos: a vida em
Deus. Sempre que assimilamos e assumimos uma verdade existencial como esta, ela
se torna balizadora em nossas atividades e nossa vida.
Ter consciência absoluta—quer dizer
sem dúvidas—do fato de que vivemos em Deus, o Espírito, afasta de nosso
pensamento a crença oposta de que vivemos na carne e dependemos do mundo
físico. Ter consciência de que nos movemos em Deus, afasta o medo de não
podermos nos mover ou termos limitações de movimento. Ter consciência de que
Deus nos dá a vida, afasta o pavor de que algo ou alguém nos possa tirá-la.
Saber que o Criador nos dá respiração, desfaz o temor de que poluição ou outro
agente nos possa limitar ou restringir a função dos pulmões. O texto bíblico
fala, também, que Deus nos dá “tudo o
mais”. Podemos, então, ampliar a lista de benefícios nesse refugio.
Saber—sem duvidar―que o Pai nos dá a digestão, afasta do pensamento a
preocupação com o que vamos “comer ou beber”, bem como o receio de algo
ingerido possa afetar nosso organismo. Saber que Deus nos dá a circulação
afasta de vez o medo de esclerosamento de artérias e veias, pois o que comemos
não pode causar deposição prejudicial à circulação já que Ele dá e governa a
digestão.
Por mais importantes que sejam
essas palavras, elas só terão sentido prático na medida em que as idéias
expressas ocuparem a consciência humana. Uma sensação convicta da presença de
Deus, traz consigo a sensação do poder infinito do bem em nossa vida, o que
favorece a cura de problemas humanos. Sobre isso falo por experiência! A fé em
Deus e Seu poder, amor e sabedoria tem de estar alicerçada solidamente como o
Mestre ensinou no Sermão do Monte: sobre a rocha. Que possibilidade maravilhosa
temos hoje para demonstrar o valor e praticidade das verdades eternas ensinadas
há tanto tempo, mas também há tanto tempo ignoradas. Favor não confundir “vida
em Deus” com “boa vida humana”. Esta terá um desdobramento suave e construtivo
na medida em que incorporar o apoio mental da consciência de “vida em Deus”.
.o0o.
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