A formação do ser humano tem, desde
a gestação, o cuidado do Pai-Mãe divino.
O Salmo 139 contém muita sabedoria
em suas palavras. O autor inspirado, Davi, externou inspiradamente verdades espirituais
profundas as quais precisam de inspiração elevada para serem entendidas. O
exemplo mais conhecido é o trecho: “Para
onde me ausentarei do teu Espírito?” (vers. 7).
Leio esse Salmo há tempos, mas só
recentemente me chamou a atenção seriamente o trecho: “Tu formaste meu interior, tu me teceste no seio de minha mãe...Os meus
ossos não te foram encobertos quando no oculto fui formado e entretecido...”
(vers. 13-15). Que melhor indicação podemos ter de que a formação de um feto
não é obra errática de células, núcleos
e elementos químicos, atuando por conta própria no contexto.
Sei que este texto contraria
estudos e conclusões científicas de cunho material. Mas, do ponto de vista da
ciência de cunho espiritual, é a mais pura verdade. É nossa opção aceitar uma
ou outra, sendo que os frutos a serem colhidos correspondem à nossa opção. A
aceitação dos argumentos fisiológicos leva-nos a aceitar algumas leis, assim
chamadas, que parecem governar o corpo físico. Entre elas cito a
hereditariedade, uma das mais cruéis. Para algumas pessoas essa “lei” soa como
uma condenação vitalícia posto que a medicina não tem meios de contrariar as
injunções relativas a ela ou dela decorrentes. Não é necessário citar exemplos
pois cada leitor tem algum caso presente na sua vida ou em sua família.
Aquelas pessoas que se dedicam a
compreender e aplicar a ciência espiritual ensinada e demonstrada pelo Mestre
Cristão, tomando por base as palavras do Salmo mencionado, percebem que Deus é
o Criador dos homens e que, assim sendo, podemos entender que a Vida, o bem, o
Espírito, o Amor—termos bíblicos para Deus―são os criadores do homem. As
qualidades derivadas desses atributos divinos estão presentes na criação
demonstrando a permanência da Vida, a força do Espírito, a bondade do Amor,
tudo feito com perfeição: “Tuas obras são
admiráveis”. Nós somos obra-prima do divino Pai-Mãe, gozando da perfeição
que Ele intencionalmente deu a cada individualidade. Nesse contexto não há
hereditariedade física. Na medida em que nos apercebemos deste fato podemos
aplicá-lo à nossa experiência e, assim, vivenciar o poder sustentador e
renovador da Mente divina presente em toda a criação.
Há aplicações práticas dessa
verdade metafísica. Sabe-se que uma mulher grávida pode influenciar seu filho
fetal de acordo com os pensamentos que entretém a respeito do novo ser. Futuros
pais e familiares que estejam na expectativa de um nascimento poderão auxiliar
o desenvolvimento do feto seguindo o conselho de Mary Baker Eddy em seu livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras. No capítulo sobre
matrimônio ela recomenda: “Os
descendentes de pais que tenham a mente voltada para as coisas divinas [fatos
espirituais], herdam mais intelecto,
mentes mais equilibradas e constituições mais sadias” (p. 61). Que maior
felicidade pode ter uma mãe e um pai de saber que seu filho por nascer ou recém
nascido estará dotado de qualidades das mais importantes no seio da humanidade:
inteligência, equilíbrio e saúde? Será que é muito difícil manter “a mente voltada para coisas divinas”,
como recomendado acima? A dificuldade maior em manter o pensamento ou a mente
voltada para os fatos espirituais está na necessária constância dessa atitude.
Não pode ser um desejo fortuito ou interesse momentâneo. É uma vigilância
constante no dia a dia, mas vale a pena! É de todo compensadora!
.o0o.
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