Como enfrentar “forças” da natureza.
Relata o
livro de I Reis (ver 19: 11, 12) que o profeta Elias passou por uma experiência
marcante em sua vida. Andava o profeta passando por maus bocados face às
ameaças da rainha e também seu remorso por mandar executar muitos dos profetas
de Baal. As coisas não andavam fáceis. Na fuga de si mesmo que empreendeu
sentiu-se afastado de Deus, com Quem tinha tido tantas experiências
fantásticas, de curas e demonstrações de poder extraordinário. Refugiou-se numa
caverna e pediu para si a morte, mas em vez dela recebeu do Senhor uma ordem
para que se postasse na entrada da caverna.
O que ele
então percebeu era o retrato de sua consciência. Demonstrações de forças
naturais irresistíveis: vento de furacão, terremoto de fender rochas, fogo
destruidor. O que lhe foi mostrado pela inspiração é que o Senhor não estava
nessas turbulências. Todo o poderio destruidor material percebido não se
igualava ao poder de Deus, foi a percepção do profeta. “O Senhor não estava no vento, no terremoto, no fogo”, mas no “cicio tranqüilo e suave” que veio após
as ameaças do vento, fogo e terremoto.
É bom que
lembremos disso quando vemos nuvens ameaçadoras se aproximando ou quando
ouvimos previsões de tempo inconstante. Essas manifestações de forças naturais
colocam em cheque nosso entendimento da Divindade. Para os cristãos Deus é o
poder supremo, aliás único e total. Ele é o bem, a Vida, o Amor. Dessas
qualidades não provém nenhuma ação devastadora e nelas não há nenhuma força de
destruição. A manifestação de Deus e Seus poderes é pura harmonia. Mas como
pode Deus não estar no vento ou tormentas se Ele está em toda parte? Esse é o
nó que deixamos criar-se em nosso pensamento quando aceitamos o bem e o mal
como igualmente reais, igualmente poderosos. Se não queremos essa confusão
mental, devemos adotar uma postura firme a favor do melhor partido: o lado
espiritual. Gosto do desafio posto por Mary Baker Eddy no livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras:
“A onipotência tem todo o poder, e reconhecer qualquer outro poder é desonrar a
Deus” (p. 228).
As
circunstâncias humanas e materiais que se apresentam à nossa atenção terão para
nós efeitos danosos ou não, conforme nosso pensamento a respeito. A constância
de nosso posicionamento a favor do espiritual, ou seja do poder do Bem, traz
para nós resultados compatíveis ao nosso pensamento. Quanto mais absoluto for
nosso conhecimento da presença e do poder Divino, tanto mais palpável serão em
nossa experiência.
O Mestre Cristo
Jesus demonstrou isso quando acalmou tempestade no mar de Tiberíades relatado
em vários evangelhos. Os discípulos estavam assustados e temerosos de sua
sorte. Jesus, ao contrário, estava dormindo socegadamente. Como podia? Ele não
estava com medo. Mostrou, isso sim, seu poder sobre as pseudo-forças naturais. “Repreendeu os ventos e o mar, e fez-se grande
bonança” (Mat. 8: 23). Demonstrou
que o poder é de Deus, não dos elementos da natureza.
Quando vejo
nuvens grossas se aproximando e prenunciando chuva intensa e ventos fortes,
costumo postar-me à janela para ver a chegada desses “monstrinhos”. Enquanto
olho as nuvens oro em pensamento que o poder de Deus é único, só Ele tem poder.
Não reconheço força ou poder na ameaça natural. Tomo o cuidado de não fazer
essa oração por um desejo de controle do tempo ou por interesse pessoal de
algum resultado. A oração é para reconhecer e glorificar o poder supremo de
Deus. Nenhuma outra expectativa é alimentada. Fico nessa atitude mental, em oração, até que meu
pensamento se acalme. Então sigo a fazer o que vinha fazendo.
Penso que se
mais pessoas de nossa comunidade exercessem a mesma atitude, é bem possível que
não veríamos tantas notícias ou queixas de desastres naturais.
.o0o.
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