Verdades da criação divina
Investigações recentes realizadas por pessoas e entidades de renome mundial sobre a origem da Terra e suas transformações ao longo de eras e milênios têm trazido à tona muitos esclarecimentos que descartam e/ou desafiam inúmeras concepções científicas ou religiosas da humanidade. A origem da raça humana ou sua evolução do infinitésimo ao atual estágio fica confrontada por novos conhecimentos ou conceitos (alguns ainda hipotéticos) enquanto os investigadores perguntam a respeito e procuram respostas em fatos e evidências, indubitáveis para eles.
Investigações recentes realizadas por pessoas e entidades de renome mundial sobre a origem da Terra e suas transformações ao longo de eras e milênios têm trazido à tona muitos esclarecimentos que descartam e/ou desafiam inúmeras concepções científicas ou religiosas da humanidade. A origem da raça humana ou sua evolução do infinitésimo ao atual estágio fica confrontada por novos conhecimentos ou conceitos (alguns ainda hipotéticos) enquanto os investigadores perguntam a respeito e procuram respostas em fatos e evidências, indubitáveis para eles.
Quando vê as impressionantes construções megalíticas datadas
de milênios AC, existentes em várias
partes do globo terrestre, tanto a céu aberto como submersas, um cristão
poderia perguntar-se se o relato bíblico da criação no Gênesis é apenas
ilustrativo ou quiçás verdadeiro? Tomado ao pé da letra o relato bíblico da
criação de Adão e Eva data de algo como 4 mil anos AC, ou seja muito depois de
terem aparecido as obras megalíticas e de serem encontrados restos de fósseis
humanos datados bem acima de 10.000 anos. E agora? Quem tem razão? As
evidências científicas ou o texto da Bíblia Sagrada? As crenças cristãs estão
cada vez mais pressionadas a mudarem de direção, pois a dúvida do que sempre se
acreditou ser a origem da humanidade está solapando sua certeza e fé.
As ciências parecem levar vantagem sobre as religiões por
causa das evidências que são trazidas à tona. No entanto, elas próprias têm muitas dúvidas a
esclarecer mas não dispõem de conhecimento tecnológico e científico para
esboçar respostas satisfatórias. Toda vez que é lançada uma teoria, logo surgem
indagações reclamando esclarecimentos―Como puderam os antigos homens
pré-históricos manipular os gigantescos monólitos de várias dezenas de
toneladas? E isso numa época que não dispunha de equipamentos que hoje
dispomos. Foram os terráqueos que construíram ou foram os ditos “deuses” extraterrestres?
Estes com toda certeza poderiam ter o conhecimento e equipamentos para
transportar as pesadíssimas cargas―teoricamente!
Os Cristãos que têm a Bíblia como seu livro de texto de fé mas
que não conseguem evidenciar a validade dos ensinamentos de seu Mestre ficam
sem rumo por se apegarem somente à letra das Sagradas Escrituras, deixando de
lado o entendimento do fato bíblico sob ótica espiritual. Aliás, esta―e somente
esta―pode traduzir para os dias de hoje o grande valor verídico, moral e
espiritual do conteúdo da história bíblica.
Se o estudioso da Bíblia se abstrair dos relatos no
espaço-tempo perceberá que não há incongruência entre estes e as novas
descobertas científicas. O relato da criação no primeiro capítulo do Gênesis,
aceito como se ocorrido no intervalo de uma semana, é bastante improvável de
ter sucedido e contrapõe-se às provas das ciências modernas. No entanto,
entendendo que a denominação “dia” é uma designação pictórica posto que a
própria Bíblia diz que “mil anos aos teus
olhos são como o dia de ontem que passou”,1 a discrepância
conceitual da palavra bíblica com as ciências fica minimizada. Aos olhos da
eternidade de Deus “mil anos” ou “um milhão de anos” é a mesma coisa, pois para
a eternidade não há tempo. As grandezas na escala espaço-tempo somem diante da
infinidade universal (a física quântica corrobora tal conceito) que é a dimensão mais apropriada para uma visão adequada
do Divino Criador.
Sendo a Terra é um astro do adolescente sistema solar, será
que na vastidão incomensurável do universo não pode haver sistemas capazes de
abrigar a vida—seja ela menos evoluída ou mais adiantada do que no nosso
planeta? Se há seres em outros mundos e que sejam mais adiantados em
conhecimentos é bem provável que já tenham vindo visitar seus irmãos terráqueos
e tentar ensinar-lhes “algumas coisinhas”. O grande problema aos humanos de
hoje ainda é superar os limites das grandezas do espaço-tempo. Quando esta
técnica for apreendida e dominada a humanidade não será mais a mesma. Hoje não conseguimos nem imaginar como será o
mundo então. Viagens no tempo! Viagens em hipervelocidade! Uma utopia?
É marcante o afã das ciências em demonstrar que os relatos
bíblicos têm uma explicação “científica” baseada em fenômenos naturais
dirigidos por forças atômicas sem inteligência. As pragas do Egito, o dilúvio,
a experiência de Jonas, só para citar uns poucos exemplos, são ocorrências
passíveis de esclarecimento e interpretação. O choque entre a consideração literal
do texto bíblico e as demonstrações matemáticas das ciências humanas parece um
campo de gladiadores—uma arena de forças em conflito dentro de nossa
consciência. De que lado estamos? Num
atribui-se todas as qualidades e aptidões ao reino físico, no outro há uma
forte tentativa de reservar ao Ser Divino e infinito as qualidades dominantes
no universo. Mas se esta tentativa de valorizar o aspecto espiritual for
baseada no testemunho dos sentidos, ela fatalmente não resistirá às investidas
do opositor. Os relatos e ensinamentos bíblicos para serem entendidos em nossa
época precisam ser traduzidos adotando-se ponto-de-partida diferenciado da
letra pura para assim trazer ao nível atual e intelectual as grandiosas
façanhas de alguns personagens bíblicos. Então saberemos de que lado ficar.
Sob enfoque espiritual os relatos das Sagradas Escrituras
valem para qualquer época, lugar ou personagens. Seu valor espiritual
transcende as limitações do espaço e do tempo. Quando o Gênesis afirma que “criou Deus o homem à Sua imagem; homem e
mulher os criou”2, devemos tomar o cuidado de não inverter os valores.
Começando por aceitar Deus, Espírito, como Causa da existência do homem,
entenderemos que o efeito dessa Causa é semelhante à natureza dessa Causa. Vale
dizer, primeiro colocamos Deus no quadro e depois o homem na Sua imagem. Então,
vendo Deus como Espírito, Sua imagem deve ser espiritual; vendo Deus como Mente
infinita, Sua imagem é idéia inteligente; sabendo que Deus é Bom, Sua imagem é
boa. Nessa relação Criador/criatura a formação material não aparece nem se
imiscui. No tempo de eras e milênios essa relação não é afetada nem corrompida.
Quando concebeu Deus a idéia-homem? Isso não existe no tempo e não tem um
começo.
Ao comentarmos o relato da criação do homem conforme o
segundo capítulo do Gênesis em que Adão e Eva são lançados no paraíso e depois expulsos, devemos tomar o cuidado de
não resvalar na interpretação. Aqui o relato diz que o Criador fez uma figura
de barro para ser o primeiro homem; depois retirou um pedaço dele para fazer a
mulher (outra figura humana). Se descuidadamente sobrepormos os dois relatos, Genesis
I e II, concluiremos falsamente que Deus tem uma figura antropomórfica e, como
tal seria limitado, precisaria de um lugar para morar (o céu), por causa da
idade teria longas barbas brancas e que de Sua morada controlaria os
terráqueos. Semelhantemente aos humanos faria coisas erradas, se arrependeria, castigaria e
fustigaria os bons, condenaria os maus. Vê-se que os homens, pensando entender
o infinito e espiritual, fazem Deus semelhante ao homem; interpretação essa que
é errônea e tem a mesma base das ciências modernas que tentam explicar o
infinito por meio de fórmulas e limitações. E se as afirmações dos modernos antropólogos que dizem sermows descendentes de extraterrestres forem verdadeiras, teremos que adaptar nossos conceitos a respeito da existência do homem; permanece, contudo, o fato de que o existir do homem é, em essência, espiritual e ideal. Em nosso interior e consciência bate um coração ligado ao infinito.
Eu concluo que as ciências puseram em escanteio não a Deus,
mas tão somente o conceito limitado sobre Deus. O entendimento espiritual dos
fatos bíblicos mostra que estes têm lógica e veracidade e que não conflitam com
as modernas descobertas de cientistas e pesquisadores. Faz-se mister uma
pesquisa profunda baseada em novos parâmetros para descobrir que por trás dos
aparentes milagres e coisas extraordinárias nos eventos bíblicos há uma Ciência
universal baseada em fatos não materiais. Tem de haver uma compatibilização na
mente humana entre esses pontos aparentemente defasados ou desconexos, e para
isso devemos buscar apoio na Ciência divina e na compreensão espiritual que
permeia o texto bíblico. Uma avançada pensadora do Século XIX introduziu as
bases do entendimento espiritual das Escrituras e sua aplicabilidade atual e
todas as épocas. Em sua obra Ciência e
Saúde com a Chave das Escrituras, Mary Baker Eddy afirma: “A
compreensão espiritual é a realidade de todas as coisas trazida à luz... A
compreensão é a linha de demarcação entre o real e o irreal. A compreensão
espiritual revela a Mente—a Vida, a Verdade e o Amor—e demonstra o sentido
divino, dando a prova espiritual do universo na Ciência Cristã”3.
Ela diz ainda: “O universo está repleto
de idéias espirituais e elas obedecem à [infinita] Mente”4 criadora.
..ooOoo..
1 Salmo 90: 4; 2 Gênesis 1: 27; 3 Ciência
e Saúde, p. 505; 4idem, p. ....
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