Não desperdiçar nem poluir
são atitudes necessárias para meio ambiente sadio
No regime político-econômico, tido hoje como modelo
ou padrão mundial, o povo precisará reciclar-se de seus hábitos de consumo. A mudança que deverá ocorrer (quanto antes
melhor!) está no âmbito da vivência diária individual. Falo do desperdício fácil que acompanha um
consumismo desenfreado. Felizmente já se
ouvem vozes com respostas favoráveis.
Cabe ainda uma necessária conscientização geral. Menciono o sistema americano, pois seu nível
e modo de vida tem sido imitado descabidamente por nós, brasileiros (não culpo
o povo somente, porque muitos de nossas “cópias” são introduzidas por indústrias
multinacionais). Não é difícil fazer uma lista de exemplos copiados, que
devidamente filtrados pelo bom senso, podem ser úteis sem machucar o ambiente
natural (ver listagem adiante).
A conscientização geral do povo é tarefa trabalhosa
e deve ser iniciada o quanto antes entre nós, com medidas práticas e
convincentes de cunho coletivo ou individual e de engajamento popular. Que cada um saiba que fazer a sua parte, por
pequena que seja, é a maneira de participar na solução da problemática
ambiental. E a menos que cada um cumpra com sua parte, não haverá desculpas
para o choro que virá pelos desmandos ambientais que certamente ocorrerão. Edmund Burke afirmou: “Ninguém cometeu maior
erro do que aquele que não fez nada por achar que pouco podia fazer”.
A educação ambiental está levando ao mundo a regra
básica dos 3 “RRR”: RECUSE - REUSE - RECICLE . Se ao comprar ou usar um produto ou serviço
que seja, de alguma forma, maléfico ao meio ambiente, recuse-se a usá-lo. Se o
uso de tal produto não for dispensável, procure usá-lo mais de uma vez. E por
fim procure produtos que possam ser reciclados.
Esta atitude é uma das mais benéficas na luta contra mau uso popular
daquilo que a indústria oferece.
Outra atitude benéfica é o bom hábito de não jogar
lixo fora, em qualquer lugar: na rua, nas estradas, nos rios, nos matos.
Habitue-se a lançar dejetos em lugares próprios: latas, cestos, conteineres; e
se o poder público não lhe oferecer esses dispositivos em locais apropriados, mostre
sua educação e leve consigo o seu dispositivo de descarte: na bolsa, no carro,
na praça, no trabalho. Você mesmo
poderia aumentar essa lista de modos simples de salvar o mundo. Faça a sua lista de propósitos e incentive as
pessoas de seu círculo de relações e parentesco a fazerem o mesmo. O combate ao desperdício
da coletividade começa inexoravelmente com a disciplina e prática individual.
Não há outro caminho mais eficaz.
Chamo a atenção para um livro de Chris Caldwell (50 Simple Things You Can Do To Save The
Earth, Earthwoks Press, Berkeley, CA, 1989) que demonstra atitudes práticas
individuais para um engajamento na campanha de proteção ambiental. O livro está
traduzido a vários idiomas, inclusive o português. A edição de 1989 lançou
idéias, e na edição de 1991 a obra mostra frutos e resultados. Algumas das
idéias lançadas no livro são específicas do ambiente norte americano, que
teriam de ser adaptadas ao nosso ambiente tradicional e cultural. Mas há muitas sugestões do livro que podem
ser usadas ipsis literis. O livro é um bom começo para um trabalho conjunto
de conscientização ou de educação ambiental.
Entidades ambientais e escolas podem iniciar
trabalhos e/ou campanhas a partir dessas sugestões. Poderiam atuar isoladas
(dentro de seu círculo) ou em conjunto visando o ambiente coletivo, urbano ou
rural. Mas o ponto crucial, o ponto-chave para o êxito de qualquer campanha, é
disciplina individual de não poluir, não
desperdiçar, não esquecendo que
o nosso meio ambiente é onde
vivemos.
.o0o.
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