terça-feira, 29 de julho de 2014

Os tons da harmonia

A harmonia na natureza se expressa a partir da harmonia espiritual

Ao contemplar uma bela paisagem, ouvir um clássico da música ou observar uma pintura de mestre, a gente nem sempre se dá conta de que elas, basicamente, têm algo em comum: são os sete itens que constituem a base da harmonia que se vê, ouve ou sente.

É sabido que as cores são uma mistura diversificada das sete tonalidades do espectro que forma a cor branca. A decomposição da luz no espectro solar revela sete cores básicas. Estas cores e suas nuances ou combinações estão presentes em todo objeto visível. A cor é o reflexo da luz.  Onde não há cor, não há luz, tudo é preto ou sombra. Pintores aproveitam essa variadíssima gama de cores para representar a beleza natural. Cores e traços mal combinados não são agradáveis de observar.

A música tem na escala de sete tons a base para sua manifestação. Qualquer composição, desde a mais simples toada até a mais complexa sinfonia, expressa a combinação variada desses tons, que podem soar diferentemente conforme o timbre do instrumento musical. Cordas, sopro e percussão, tocando a mesma nota musical identificam o instrumento que a emite. Cada um tem sua particularidade, sua individualidade. Os compositores, cada um no seu estilo, combinam magistralmente os tons da escala para trazer à luz a harmonia. Notas ou tons mal combinados não são harmoniosos, não são bons de ouvir.

Penetrando algo mais na questão da percepção da beleza e da harmonia de um quadro, de uma sinfonia ou de uma paisagem, pergunto se essa percepção é um exercício apenas do sentido da visão ou da audição? É compreensível que assim não seja, e isso se vê no fato de que diferentes pessoas sentem diferentemente a harmonia ou a beleza do que é observado. O que alguém gosta, outrem pode detestar. A forma diferenciada de apreciação por parte das pessoas baseia-se na individualidade delas. Há um sentido—além dos cinco sentidos corpóreos—presente na consciência de cada indivíduo que o faz perceber, a seu modo, aquelas “coisas” que transcendem o que os sentidos físicos percebem. É o sentido espiritual que engloba todos os sentidos ou sentimentos do homem; ex: alegria, felicidade, harmonia, paz, fraternidade, e também visão e audição. Dou um exemplo. Um compositor, antes de transcrever as tonalidades para a partitura, tem a música no seu “ouvido” espiritual. Ele “ouve” e percebe como os sons se mesclam e destacam entre os diversos instrumentos. Com sua experiência, põe a música no papel (traduz tons em notas) e ela, então, pode ser tocada e ouvida pelos outros. Até então só compositor a ouvia. E com que sentido? O sentido espiritual, pois ainda não havia a música tocada por algum instrumento. Em relação a Beethoven, com sua surdez, o fenômeno era patente e  nítido.

Esse contexto da criatividade na seqüência idéia-objeto está presente em cada ato criador. Primeiro o sentido espiritual vê, ouve, percebe, o objeto ou obra como idéia, que depois será percebido  pelos sentidos. A criação do mundo e do universo deu-se de igual modo. Antes de aparecer a criatura, já havia a idéia concebida na Mente divina. Sob este enfoque, o relato da criação registrada no primeiro capítulo do Gênesis, é uma sucessão de etapas de concepção pela Mente divina. “Haja” luzeiros no céu, plantas e animais, “e assim se fez”. Hoje vemos luzeiros no céu, plantas e animais porque Deus, a Mente, assim os concebeu. Inclui-se aí na criação divina o gênero humano que teve o privilégio de serem o homem e a mulher criados “à imagem e semelhança de Deus...E viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom” (Gen. 1:26,31).

Dá para perceber a harmonia nessa obra criativa? Sim, até podemos senti-la com os cinco sentidos (o canto dos pássaros, a textura das coisas, etc), podemos vê-la com os olhos, mas percebê-la isso é com o sentido espiritual. E há também aqui uma diversidade de sete características básicas do Criador, as quais permeiam toda a criação. São elas: Vida, Verdade, Amor, Espírito, Alma, Princípio e Mente, todas declaradas nas Escrituras de modo explícito ou implícito. Esse espectro variado forma a natureza completa do Ser infinito, eterno, supremo chamado Deus.

Todas as formas harmoniosas da natureza representam idéias dessa Natureza divina infinita. O homem—nome genérico―criado à imagem e semelhança de Deus, é também a imagem e semelhança do Espírito, do Amor, da Vida, da Mente (todos com letra maiúscula por serem sinônimos de Deus). É ao mesmo tempo idéia e representação, e para tanto reflete, manifesta e expressa as qualidades de sua fonte imortal. Todos esses atributos do homem (imagem, semelhança, idéia, reflexo, expressão, manifestação, representação) se desenvolvem e existem num grandioso concerto de harmonia ideal. O Mestre Cristo Jesus ponderou: “Sede vós perfeitos, como perfeito é o vosso Pai celeste” (Mateus 5:48).

Os sete sinônimos de Deus, bem como os sete atributos referentes ao homem, poderíamos comparar aos sete tons da escala musical ou do espectro solar. O entrelaçamento complexo e variado de âmbito universal entre idéias e objetos gera a harmonia espiritual que inclui todos os aspectos da existência humana. A título de curiosidade, na literatura hebraica, o número “sete” representa a totalidade.

Mary Baker Eddy, (fundadora do movimento da Christian Science) em sua obra Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras*, relacionou a música com o homem do seguinte modo: “A harmonia no homem é tão bela  como na música, e a discordância é desnatural, irreal” (p. 276), e em outro trecho: “As melodias e toadas mentais da música mais suave superam  o som audível.  A música é o ritmo da cabeça e do coração” (p. 213).


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domingo, 27 de julho de 2014

Vida renovada

Todo ser humano tem um momento em que deseja uma renovação de vida

Na Bíblia Sagrada encontram-se muitas referências à renovação de vida, ou renovação mental, e o Novo Testamento é prolífico no assunto.  O diálogo do Mestre Cristo Jesus com Nicodemos (ver João 3: 1-15) revelou ao doutor da lei a lição espiritual do renascimento espiritual como a experiência consciente de alguém, ao deixar o "velho" pelo "novo" a fim de ver o reino de Deus, ou o reinado da harmonia divina.  Com seus discípulos foi mais direto ao admoestá-los de que era necessário tornarem-se puros como uma criança para terem audiência com o Pai, ou entrarem no reino.  O apóstolo Paulo faz uma colocação pertinente ao dizer: "... quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, ... e vos renoveis no espírito do vosso entendimento, e vos revistais do novo homem" (Efésios 4: 22-24).  Na Bíblia também encontramos relatos da transformação espiritual por que passaram diversas personagens, sendo que algumas até mudaram de nome para mostrar sua nova existência; são os exemplos de Abrão (depois Abraão), Jacó (depois Israel), Simão Barjonas (depois Pedro) e Saulo (depois Paulo).

Mas o que significa abandonar o "velho" pelo "novo"?  Certamente que não quer dizer deixar uma velha amizade ou um velho amigo.  A troca não ocorre no exterior de nosso ser, mas no mais íntimo de nossa consciência, sem interferência de qualquer agente que não nossos próprios pensamentos tocados e iluminados por Deus.  A transformação acontece, geralmente, quando ficamos saturados com alguma situação insatisfatória ou até aflitiva e buscamos uma saída.  Se essa busca de uma saída voltar-se para o céu, vale dizer, para as coisas espirituais,--melhor dito, para Deus--o resultado será reconfortante e sensível, pela paz gerada na consciência do indivíduo. Em se aprofundando a  experiência,  surge um renascer na consciência, um renascer para a condição de filho de Deus, que é o nosso verdadeiro ser.  Não é um renascer das cinzas, qual mitológica Fênix, porque nosso verdadeiro ser, íntimo e interior, sempre esteve vivo e presente.  Basta uma brecha no invólucro de mortalidade do pensamento para que nossa natureza verdadeira venha à luz.

Vi exemplificado esse processo de renovação, quando visitava  durante a primavera uma região de meu Estado onde há muitos pinheiros da espécie  Araucaria angustifolia.  Várias árvores mostravam sua casca grossa, áspera e escura se desprendendo em escamas e revelando por baixo uma superfície lisa, de coloração rosa-violeta, de belíssimo aspecto.  Somente a eliminação da velha casca deixou ver a beleza da nova superfície, que já existia por baixo da camada externa.

"Quando e como devo realizar essa transformação?  Como saber se posso alcançá-la?"  Estas perguntas não se pode responder indicando um momento exato ou uma fórmula miraculosa.  O processo se inicia e desenvolve de modo particular com cada indivíduo.  E a dúvida quanto ao resultado final nunca é levantada durante o processo que, alimentado pela esperança, não vacila e não sofre interrupção.

A Bíblia geralmente enfoca a renovação de vida associada ao abandono do pecado, sob qualquer forma que se manifeste.  Mas na vida humana há várias outras situações que podem significar renovação de vida: cura de doenças prolongadas, libertação de drogas, proteção em guerras e violências, superação da ignorância ou estagnação, e assim por diante.  Não importa a circunstância, é sempre o sofrimento que empurra a pessoa ao desejo de renovação ou melhoria da condição de vida.  As resistências à renovação ou à reforma que tendem a aparecer, podem vir na forma de medo, incertezas, influência­s externas, dúvidas.  Tudo isso pode ser vencido e superado por meio da confiança num poder superior que atua para o bem de todos -- o poder de Deus.   ­

Aqui aparece o grande valor dos ensinamentos da Christian Science (ou Ciência Cristã), pois eles nos fazem entender a natureza de Deus e, consequentemente, a natureza de Sua criação, que inclui o homem.  Conhecendo melhor a Deus é mais fácil confiar no Seu amor e terno cuidado para com Seus filhos e filhas.  Confiar no poder de Deus nos dá a força para seguir avante na reforma ou renascimento do pensamento humano, e ter certeza da presença divina nos confortando quando os passos parecem difíceis.  O salmista cantou:  "Porque a Mim se apegou com amor, Eu o livrarei" (Salmo 91:14).  A chave da ajuda divina está em apegar-se a Ele com amor.  Mary Baker Eddy, descobridora da Christian Science esclarece em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras (p. 1): "A oração que reforma o pecador e cura o doente", vale dizer que leva à renovação de vida, "é uma fé absoluta em que tudo é possível a Deus - uma compreensão espiritual acerca dEle, um amor isento de ego."

Se nossos problemas têm raízes no pecado, provavelmente buscaremos o perdão divino como premissa para os passos seguintes.  Mas a autora de Ciência e Saúde nos alerta para evitarmos de "buscar a salvação através do perdão e não através da reforma" (p.285), pois isso seria fatal para nossa esperança de alcançar uma nova vida.  Quando a reforma tem lugar no coração do indivíduo, o perdão divino vem certamente.  Foi o que Jesus ensinou com a parábola do filho pródigo.

Levar avante a renovação individual requer uma disposição inamovível de chegar ao final da caminhada.  "O novo nascimento não é obra de um momento.  Começa com momentos e continua pelos anos", diz a Sra. Eddy.  Depois segue: "O tempo pode iniciar o novo nascimento, mas não pode terminá-lo; pois progresso é a lei da infinidade" (Miscellaneous Writings, p. 15).  Vemos, assim, que a renovação de vida é um contínuo progredir e deve ser a experiência de cada pessoa, quer  esteja passando por dificuldades ou não, quer esteja começando a entender melhor a Deus ou tenha começado há mais tempo.  Em qualquer caso o caminho vai se tornando cada vez mais iluminado pela Vida eterna.  Em seu  livro Miscellaneous Writings (Escritos Diversos) a Sra. Eddy escreve:  "Esse sentido da Vida ilumina nosso caminho com o esplendor do Amor divino; cura o homem espontaneamente, tanto no moral como no físico - exalando o aroma das palavras de Jesus: 'Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei" (p.11) - vos darei vida renovada.

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quinta-feira, 24 de julho de 2014

Deixe cair sua casca

Quem passa por locais onde há grandes araucárias, poderá perceber como  elas vão renovando sua indumentária lenhosa.  Vi, certa vez, uma frondosa árvore dessa espécie desprendendo grandes lascas de casca rugosa, deixando aparecer uma superfície suave,      de cor violácea, de grande beleza.  Regozijei-me de poder presenciar essa maravilha da natureza.

Na experiência humana pode-se traçar um paralelo.  Toda pessoa, qualquer que seja sua evidência exterior, física ou moral, tem no seu interior belezas da alma que, sob certas circunstâncias, vêm à tona.  É comum ver-se em filmes, cenas de um malfeitor que desrespeita até os mais comezinhos direitos alheios, mas que diante da família ou a lágrima de um filhinho se desmancha em atenção.

Os seres humanos precisam deixar cair a rugosa e feia casca de contato com seu círculo de relações, e evidenciar nesse mesmo ambiente as qualidades morais e espirituais de seu belo ser interior.  Esse procedimento é totalmente benéfico para a sociedade.  E quanto mais ele se aproximar da Regra Áurea do Cristianismo: “Faça aos outros o que queres que te façam!”  tanto mais carregado estará de bênçãos aos outros e para si mesmo.

Ouvi, certa feita,  o relato de uma jovem que havia sido raptada por um rapaz.  As intenções dele eram evidentes.  Enquanto sentada no carro dele, orava quietamente para perceber a presença de Deus e saber que cada filho de Deus reflete e expressa as qualidades herdadas do Pai-Mãe divino.  Quando o raptor perguntou a razão de  silêncio, ouviu da moça explicação da oração que estava fazendo, e de como estava se esforçando para ver e compreender a natureza de filho de Deus naquele exato momento.  A conversa dos dois seguiu-se por várias horas enquanto rodavam a esmo.  Quando, enfim, a moça foi deixada perto de casa, sem ter sido tocada, ouviu o comentário: “Tiveste sorte hoje de encontrar um homem tão bom como eu!”

A oração crística daquela jovem determinou o resultado harmonioso da sua experiência.  Assim como ela, todos nós determinamos a harmonia ou desarmonia de nossa experiência humana de acordo com o tipo de pensamentos que abrigamos.  O cristão que tem o desejo de seguir as instruções do Mestre Cristo Jesus, tem de obedecer ao mandato: “Amai os vossos inimigos”.  Isso nem sempre é fácil; mas dentro de nossa religião é fundamental.  Às vezes vemos inimigos (ou seja, pessoas que parecem merecer nossa crítica) até onde não existem; por exemplo, em casa, no trabalho, no trânsito, na nossa igreja, ou na igreja de outros.  Joguemos fora nossa disposição de criticar (achar que somos melhores) e amemos como queremos ser amados; aprendamos a ver por baixo da casca exterior.  Isso fará  do mundo um lugar melhor!

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sábado, 19 de julho de 2014

Minha realidade e a realidade do ser

A busca do entendimento da realidade do homem não pode ser filtrada pelos sentidos

O prezado amigo e leitor provavelmente já se deparou com a indagação existencial: “O que sou eu? Qual minha realidade?” Esta questão atinge muitas pessoas. Quem se dispuser a respondê-la com base nas aparências, ou seja, com base nos cinco sentidos, percebe uma insatisfação decorrente do envolvimento da existência com inúmeros problemas e limitações. Como livrar-se dessa insatisfação? Mudando a base do entendimento, passando do testemunho dos sentidos físicos para o testemunho dos sentidos espirituais. Mas estes existem mesmo? Com certeza! Com que outro sentido podemos sentir alegria, felicidade, entusiasmo?

Outras vezes surgem indagações diferentes. Quando alguém se defronta com vários problemas físicos soe perguntar-se: “Por que isso acontece comigo?” E o Cristão poderia perguntar-se: “Isso aí é a minha realidade?” Pela palavra bíblica a realidade do homem é a da criação de Deus: “Criou Deus, pois, o homem à Sua imagem; homem e mulher os criou” (Gen. 1: 26). Então, ao olharmos nossa condição material, nossa aparência aos sentidos físicos, vemos uma contradição: o aspecto material em contraste com a verdade espiritual. Qual deles apresenta a verdade?

Para decidirmos que rumo tomar nesse dilema, podemos buscar orientação na literatura religiosa. A Bíblia, com toda certeza, é o primeiro livro a recorrer. Depois das Sagradas Escrituras tomo o livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras*, de autoria de Mary Baker Eddy, descobridora e fundadora da Ciência Cristã no ano de 1866. Nesse livro-texto de metafísica, ela escreve à página 472: “Toda a realidade está em Deus e Sua idéia”--imagem e semelhança. Sendo Deus perfeito, conclui-se que a perfeição espiritual é a base da realidade e que o corpo físico, por ser o oposto do Espírito, está longe dessa realidade. Para conhecer a realidade é preciso saber a Verdade a respeito de Deus e Sua criação.

No mesmo livro a Sra. Eddy expande o conceito correto sobre a realidade. Diz: “A realidade é espiritual, harmoniosa, imutável, imortal, divina, eterna” (p. 335:26-28). Qualquer circunstância que em nossa vida seja diferente de “espiritual, harmoniosa, imutável, imortal, divina, eterna” podemos com segurança jogar no lixo da materialidade, e não lhe emprestar mentalmente qualquer resquício de realidade. Qualquer acolhida que dermos aos opostos da realidade como se fossem fatos, tende a desarmonizar nosso pensamento, o qual, então, projeta esses males no corpo físico. As doenças e males físicos se incluem nessa condição. A cura resulta do reconhecimento da realidade do homem criado por “Deus à Sua imagem”.

Há algum tempo fui desafiado por uma série de “atentados” à minha integridade física, do tipo, dores generalizadas no corpo, dor de ouvido, tosse. Eu orava para reconhecer a Verdade, mas não surgia nenhuma inspiração nova. Por fim perguntei-me: “Mas , afinal, qual é a minha realidade? É essa porção de sintomas que sinto no corpo? Com certeza, não!, respondi.” Então me vieram à mente vários trechos inspiradores, alguns já citados acima. Mas o toque final que restabeleceu meu pensamento no rumo certo e pôs uma pá de cal sobre os sintomas foi a declaração da Sra. Eddy no Ciência e Saúde: “As três grandes verdades do Espírito: a onipotência, a onipresença e a onisciência—o Espírito a possuir todo poder, a encher todo o espaço, a constituir toda a Ciência—contradizem para sempre a crença de que a matéria possa ser real” (p. 109/110). Nossa realidade está embutida nessa verdade.


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