terça-feira, 9 de abril de 2019

“Nosso eterno lar”


     Todos nós conhecemos, e muitos a sabem de cor, a afirmação da Sra. Eddy em Ciência e Saúde:
“A oração que reforma o pecador e cura o doente é uma fé absoluta em que tudo é possível a Deus—uma compreensão espiritual acerca dEle, um amor isento de ego” 
(p. 1).

     Eu sempre me faço perguntas sobre algum texto, para ver se entendo o significado. Há poucos dias, pensando sobre a frase mencionada, me ocorreram muitas perguntas (mais do que incialmente imaginei). Vou compartilhar algumas com os amigos.

1)    Quem faz a oração mencionada por Mary Baker Eddy?  Entendo que seja o cientista cristão; o praticista; estudantes da Ciência do Cristianismo.

2)    Onde é feita?  Em qualquer lugar podemos orar; no hospital; na igreja; no ambiente onde estivermos;

3)     Para quem é feita?   Pode ser para alguma pessoa em particular; ou alguma condição coletiva; para os cultos da igreja;

4)    Quantas palavras devem constituir tal oração?  Não é o número de palavras ditas, mas a sinceridade e humildade de coração (os 3 ingredientes mencionados por Eddy).

5)    Qual a base da oração eficaz?  Por não carecer de palavras, a base é a Ciência divina, uma ciência que lida apenas com ideias, sem palavras. A Ciência Cristã é a melhor tradução da Ciência Divina ao pensamento humano. Se precisarmos de palavras, a Ciência Cristã é a melhor fonte. A intepretação espiritual do Pai-Nosso é uma boa base inicial;

6)    Qual a disposição mental para a oração?  A) Sentir a fé em Deus do tipo ‘que remove montanhas’, ou seja, que nada é impossível à onipotência do bem; B) Praticar a compreensão espiritual sobre Deus e Sua criação, inclusive o homem; C) Amar a tudo na natureza, e a todos na humanidade; um amor cristão da mais pura natureza; só amor, sem querer retorno, com total desprendimento. Com essa disposição não precisamos de palavras; basta uma ação da Alma; não pretenderemos resolver problema humano; não faremos pedidos a Deus para atender nossos pedidos; deixaremos o “eu” humano de lado;

7)    Agora uma pergunta de auto-exame: “Exerço eu essa oração?  Essa indagação é para ser respondida individualmente, no ambiente da vida e na igreja. Este item é o que mais me interessa, pois se na minha igreja não ocorrem curas como podemos atrair a atenção e interesse das pessoas que estejam procurando a substância da espiritualidade. A humanidade está buscando uma fonte para resolver seus problemas, e nós sabemos que a espiritualidade contém as soluções de todos os problemas humanos. Nenhuma doutrina cristã é tão prática como a Ciência do Cristianismo.

Se nossas orações não estão trazendo os resultados desejados e possíveis, devemos buscar um entendimento do porquê. Se este for o caso de nossa igreja (conjunto de membros) me atrevo a expor algumas considerações.Qual dos 3 aspectos é mais importante?  Jesus após curar algum enfermo, disse (várias vezes): “Tua fé te salvou. Vai-te em paz.” Ele não citou: ‘Tua compreensão, ou teu amor te curou.’  Entendo que salvação engloba a eliminação de todo erro, a cura completa do pecado-doença e morte. A formulação da questão em pauta, tem um aspecto típico do senso humano, que gosta de saber quem ou qual é mais importante. Como expressão e manifestação da Alma, são todos iguais; é o conjunto que dá os resultados “milagrosos aos olhos humanos.” Quem quer que expresse esse conjunto de qualidades espirituais vivenciará o que Eddy expressou na frase em análise.

Há um Hino no Hinário da Ciência Cristã que gosto de cantar, N. 205:
Quisera ter tão firme fé,/ que embora em aflição,/ Eu não tremesse por pesar / ou por tribulação.
“A fé que brilha ainda mais, / em meio ao temporal, / Jamais vacila por temor,/ nas trevas ou no mal..
Ó, dá-nos dessa fé, Senhor / e tudo passará. / Ó deixa-nos aqui gozar, / de nosso eterno lar.”

A busca por essas qualidades da oração eficaz é assunto individual. Mas, quanto mais nos empenharmos, mais e melhor as expressaremos em nossa vida, e dos nossos. Nossa igreja exultará, e nossos serviços se encherão de pessoas que querem conhecer o método, e gozar dos resultados. É lógico, que isso aumentará nossa responsabilidade cristã, mas também nos encherá de alegria pelo bem que é realizado. Assim teremos uma igreja feliz! ...           ‘Nosso eterno lar’.