quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Inspiração bíblica : Romanos 12: 1-8


12:1-2    Portanto, com a ajuda de Deus, quero que vocês façam o seguinte: entreguem a vida cotidiana – dormir, comer, trabalhar, passear – a Deus como se fosse uma oferta. Receber o que Deus fez por vocês é o melhor que podem fazer por Ele. Não se ajustem demais à sua cultura, a ponto de não poderem pensar mais. Em vez disso, concentrem a atenção em Deus. Vocês sendo mudados de dentro para fora. Descubram o que Ele quer de vocês e tratem de atendê-lO. Diferentemente da cultura dominante, que sempre os arrasta para baixo, ao nível da imaturidade. Deus extrai o melhor de vocês e desenvolve em vocês uma verdadeira maturidade.

3        Ao escrever para vocês, sinto profunda gratidão por tudo o que Deus me deu, especialmente pela responsabilidade que tenho por vocês. Vivendo assim como cada um de vocês, em pura graça, é importante que não tenham um conceito errado de vocês mesmos, achando que têm alguma bondade para apresentar a Deus. Não, é Deus quem concede tudo a vocês. O único modo de nos entendermos é pelo que Deus é e o que Ele faz por nós, não pelo que somos e fazemos por Ele.

4-6     Assim, somos como as várias partes do corpo humano. Cada parte tem seu significado no corpo, visto como um todo, mas não o contrário. O corpo de que estamos falando é o corpo formado pelas pessoas escolhidas por Cristo. Cada um de nós encontra significado e função como parte desse corpo. Não podemos ser como um dedo decepado, que não tem valor. Então, desde que estejamos ligados às outras partes constituídas de maneira genial e funcionando maravilhosamente no corpo de Cristo, sejamos o que fomos feitos para ser, sem inveja ou sentimento de superioridade sobre os outros, sem tentar ser algo que não somos.

7-8     Se você prega, limite-se a pregar a Mensagem de Deus; se você ajuda, apenas ajude, não tente assumir o comando; se você ensina, apegue-se ao ensino; se você tem a capacidade de encorajar, tome cuidado para não se tornar autoritário; se você recebeu alguma posição de responsabilidade, não manipule; se você foi chamado para ajudar gente em angústia, fique de olhos abertos e seja rápido em responder; se vocês trabalha com os desamparados, não se permita ficar irritado ou deprimido por causa deles. Mantenha o sorriso.”

(Transcrição por Leila Kommers, da versão bíblica A MENSAGEM)

domingo, 16 de setembro de 2018

Ame-O, ... e compreenda-O!


Recomendação espiritualmente fundamental 

         Muito tem sido escrito no mundo a respeito de amar a Deus. A cristandade toma a Bíblia como livro-base para sua fé. Nela há variadíssimas referências a amor a Deus, desde o Antigo até o Novo Testamento. Quando lemos os Dez Mandamentos deixados a Moisés, vemos que são resumidos por Jesus Cristo como:
“Amarás o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo teu entendimento. Este é o primeiro e grande mandamento” (Mateus 22:37).

         O que se vê no mundo cristão como obediência e/ou desobediência a esse dever? É só abrir os jornais e sintonizar os noticiosos da TV para perceber quão pouco amor é devotado a Deus pelos que se dizem Seus filhos. Mas não nos cabe criticá-los, mas sim a apoiá-los em oração para que achem o caminho.

         Contudo, há um complemento da adoração a Deus, que pode trazer muito fruto espiritual àquele que o praticar. O segundo dever: Compreender a Deus!  Por que? Compreender a Deus nos prontifica a obedecer Seus mandamentos. Amar a Deus—conceito cristão fundamental—e compreender a Deus—conceito cientificamente metafisico—são o fundamento/a fonte superior da emoção e razão para o comportamento humano.

         Mary Baker Eddy nos dá uma importante indicação a respeito da importância de compreender Deus. Diz ela:
“É nossa ignorância de Deus que produz a desarmonia aparente, enquanto compreendê-lO corretamente, restaura a harmonia” (CeS, p...).

         Compreender corretamente é estabelecer nosso entendimento em bases espirituais, pois somente assim poderemos chegar a “compreende-lO corretamente”. É novamente Eddy quem nos alerta: “Se os cinco sentidos corpóreos fossem o meio de se compreender a Deus”, então o homem ficaria envolto em problemas de toda ordem. O pensamento precisa transcender o senso humano de pensar a respeito de Deus. Sabendo, por exemplo, que Deus é Espírito, é esse status que precisa orientar nosso pensar. Sabendo que Deus é Amor, saberemos que essa qualidade está presente em cada filho de Deus. Tendo em mente todos os atributos infinitos da divindade e que esses são refletidos pela “imagem e semelhança de Deus” nos abre o pensamento para além do mundo material de crenças limitadas e errôneas onde residem os problemas que os homens enfrentam. Aproveitando um esclarecimento de Eddy:
“Tudo o que mantém o pensamento em linha com o Amor abnegado recebe diretamente o poder divino” (CeS. 192:30),
podemos ver o que orienta o pensamento humano beneficamente. Ela mesma acrescenta:
Teus frutos darão provas daquilo que o compreender Deus traz ao homem” (idem, p. 496).

         Uma compreensão de Deus vai mais a fundo do que o mero saber humano possa alcançar. Este precisa aceitar o fato ou existência da realidade fora da materialidade. Essa realidade superior é o reino de Deus, onde reina a Mente suprema, infinita e eterna. Esse reino está em toda a parte e importa sabermos que estamos e vivemos nele, ainda que os sentidos físicos tentem nos convencer do contrário. Nesse reino vivemos a harmonia e todo bem que possa existir. Só por esse fato já se percebe o quanto vale a pena aventurar-se nesse esforço de compreender Deus. Temos um alerta de Eddy:
         “...compreender Deus é obra da eternidade e exige consagração absoluta de pensamento, energia e desejo” (CeS. 3:15).

         “Eternidade”: quer dizer que nunca iremos alcança-lo? Ao contrário: quer dizer que a eternidade é agora, também aqui e sempre!
.o0o.

terça-feira, 28 de agosto de 2018

O desabrochar da alma


A ALMA nos ilumina a sensibilidade para o bem, para as coisas belas que a natureza nos oferece e que a insensibilidade da mente humana não percebe.

         Estava um poeta passeando por entre cerejeiras sem flor. Dirigiu-se a uma delas: “Fala-me sobre Deus!”, e, sem palavras ela, floresceu”.  É assim que a natureza nos fala sobre o Criador, mostrando flores, frutos, alimento para os pássaros, aroma para o olfato, sombra e abrigo ao viandante.

         Esse diálogo do poeta com a árvore me comove desde quando a li pela primeira vez. Acho que é isso que faz a alma individual desabrochar. Ou melhor, isso é o desabrochar da ALMA; a abertura de nosso sentimento para as belezas da natureza, que incansavelmente nos mostram o grande amor do Criador. Assim, de ALMA aberta podemos agradecer de termos sido colocados nesse jardim natural. Será que o Éden era assim?

         Mas há muitas coisas feias, diriam alguns. Sim, há para as mentes frias e feias que não sabem apreciar o belo. Na verdade, o que o Criador faz é belo e duradouro, alegre e feliz. Essas qualidades podemos ver expressadas por toda parte, basta que “olhemos” com a ALMA. Elas estão aí, bem na nossa frente, esperando nossa atenção. A natureza responde aos estímulos que recebe dos filhos do Criador.

         Uma mulher que cuide de flores com amor, recebe a resposta diretamente em beleza. Um viticultor que trate com amor suas plantas recebe a resposta em frutos vigorosos e abundantes. Um pecuarista que trate dos animais com humanidade recebe o reconhecimento deles em suavidade.

         A máxima da Criação: “a natureza nos olha, tal como a olhamos”. Quando sabemos que o homem da Criação divina é: belo, forte, livre, puro e são, podemos saber o mesmo da natureza ao nosso redor: É bela, forte, livre, pura e sã.

O. Trentini
28.8.18
        

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

UMA VISÃO MAIS ELEVADA DE CIENCIA E CRISTIANISMO



Não raro ideias que alimento antes de pegar no sono, depois aparecem em sonho, e proveem material para continuar pensando. Foi o que ocorreu há poucos dias. Eu estivera elaborando durante o dia ideias a respeito da Ciência do Cristianismo e seu desdobramento espiritual na consciência humana. E essas ideias me acompanharam até vir o sono, ... e o sonho.

No sonho minha esposa e eu havíamos sido convidados por um amigo para assistir ao culto na igreja protestante perto de nossa casa. Aliás temos muitos amigos nessa igreja. Nessa ocasião especial havia um pastor jovem, que era novo na comunidade. Ao chegarmos só encontramos lugar no fundo do templo. Durante o desenrolar do culto o pastor iniciou sua prédica. Sua apresentação foi muito inspiradora (não me recordo do tema) e me cativou o pensamento que se fixou na Ciência do Cristianismo, meu tema preferido. Enquanto o Pastor falava eu me aprofundava em meus pensamentos que buscavam esclarecer se há uma diferença entre os termos Ciência e Cristianismo. Segui nessa iluminação enquanto o pastor seguia na sua pregação. De repente ele parou e disse: “Que luz é essa que aparece lá no fundo?” Foi pessoalmente certificar-se do fenômeno. Quando percebeu que era meu rosto que brilhava (eu não havia notado), convidou-me para ir ao púlpito seguir com a pregação. Fui com ele, mas não sei o que eu disse, pois me acordei antes de falar.

Daí para diante segui na linha do pensar focado na Ciência do Cristianismo. Eu já havia chegado ao ponto de perceber que há um significado próprio e muito profundo de cada termo. O termo Ciência soa ao pensamento humano como um saber, um conhecimento. Geralmente abrange um conceito de saber contrário ao saber divino, sendo que este é associado ao conceito de Cristianismo. As ciências humanas evoluíram enormemente nos últimos tempos a ponto de haver cientistas que se arrogam a capacidade de interferir na natureza qual semideuses (veja-se os clones, e experiências genéticas). Em contraposição, eu advogo uma visão mais transcendental para a Ciência. Para mim a Ciência teria que participar de conceitos supra-materiais os quais fariam parte de uma natureza espiritual afastada da vivência material. Teria de sair de seu nível atual e elevar-se a níveis mais divinos.

Já o termo Cristianismo me evoca imediatamente algo superior aos conceitos humanos de base material. Neste ponto essa visão cria um choque com o que se vê no mundo cristão de hoje. O Cristianismo, como a religião ensinada por Jesus Cristo, tem no seu âmago realizações como as exemplificadas pelo Mestre Cristão. “Aquele que crê em mim, fará também as obras que eu faço” (João 12:14). Outro aspecto íntimo à doutrina de Jesus foi a demonstração do AMOR, amor a Deus e amor ao próximo: “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros” (João 13:35). E ainda deve-se acrescentar que o modelo cristão exemplificava que os seguidores do Mestre buscariam fazer a vontade de Deus, que é o Bem, em todas suas atividades. Por essas e outras me ative a uma visão mais espiritual para entender corretamente o Cristianismo.

Após algum tempo concluí que os dois termos merecem um entendimento mais elevado. Um entendimento que tome o aspecto espiritual como base ou ponto-de-partida de modo exclusivo, sem misturar conceitos espirituais com materiais.   
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Vou resumir minhas conclusões da forma seguinte:

CIÊNCIA:
- é um saber, que transcende o conhecimento baseado nos sentidos;
- é uma consciência, que ‘vê’ o que os olhos não podem perceber;
- é uma universalidade, sem limites de geografia e tempo;
- é um conhecimento de leis universais, inconcebíveis pela ciência material;
- é a compreensão de fatos e fenômenos suprafísicos ou metafísicos;
- é uma inteligência superior, que se aproxima da inteligência divina;
- tem um Princípio que mantém as leis universais (do infinitésimo ao infinito) em ação harmoniosa;
- tem uma lógica superior, desencadeada segundo leis espirituais;
- refere-se sempre, à ação da Mente infinita.

CRISTIANISMO:
- refere-se sempre, a algum aspecto divino;
- fé no bem, de caráter absoluto;
- sentimento, como oposto a raciocínio;
- confiança na ação do bem;
- amabilidade, expressão natural entre seres;
- inclusão, de todos em nossos sentimentos de amor ao próximo;
- Verdades universais, que nos envolvem e apoiam;
- Percepção pelos sentidos da alma, ou Alma;
- Atributos que resultam em frutos espirituais de harmonia, saúde, força, vida, inteligência.
- Alegria: pela visão do bem; pelo amor do Cristo; pela presença de Deus, o Bem;

M.B.Eddy, descobridora da Ciência do Cristianismo, esclarece que: “O Cristianismo e a Ciência que o explica têm como base a compreensão espiritual, e suplantam as chamadas leis da matéria” (CeS, p. 274). Em outra página afirma: “A humanidade vai melhorar por meio da Ciência e do Cristianismo” (CeS, p. 351).

Eddy em várias passagens demonstra sua visão do tema em debate. O capítulo 1, A Oração, do livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, começa com a frase:
“A oração que reforma o pecador e cura o doente é uma absoluta em que tudo é possível a Deus—uma compreensão espiritual acerca dEle, um amor isento de ego.”

         Analisando essa afirmação é possível identificar os aspectos elevados e especiais da Ciência e do Cristianismo:
         - absoluta em Deus: é Cristianismo; ação da Alma;
         - compreensão espiritual de Deus: é Ciência; ação da mente;
         - Amor abnegado: traço de união entre fé e compreensão espiritual.

         Esses ingredientes atuando em conjunto dão eficácia à oração cristã, tornando sua ação imediata e instantânea (veja-se as curas feitas por JC e pelos apóstolos).

Outro exemplo:
Análise da “Declaração Científica sobre o Existir”, (CeS, p.468) :
“Não há vida, verdade, inteligência nem substância na matéria. Tudo é Mente infinita e Sua manifestação infinita, porque Deus é Tudo-em-tudo. O Espírito é a Verdade imortal.  A matéria é o erro mortal. O Espírito é o real e eterno. A matéria é o irreal e temporal. O Espírito é Deus, e o homem é Sua imagem e semelhança. Por isso o homem não é material, ele é espiritual.” 
Vou expor como entendo agora essa “Declaração” sob a ótica mais elevada de Ciência e Cristianismo:

“Não há vida, verdade, inteligência nem substância
na matéria. ......................................................................Isto é Ciência
Tudo é a Mente infinita e sua manifestação infinita,
porque Deus é Tudo-em-tudo ........................... Isto é Cristianismo
O Espírito é a Verdade imortal ...........................Isto é Cristianismo
A matéria é o erro mortal................................................Isto é Ciência
O Espírito é o real e eterno ................................. Isto é Cristianismo
A matéria é o irreal e temporal........................................Isto é Ciência
Espírito é Deus, e o homem é
Sua imagem e semelhança....................................... Isto é Cristianismo
Por isso o homem não é material.................................... Isto é Ciência
Ele é espiritual..........................................................  Isto é Cristianismo

Logicamente cada pessoa tem sua inspiração, mas o que me leva a apresentar a pesquisa é para incentivar a pesquisa metafísica de temas concernentes a nossa vida e existência.

.o0o.

domingo, 5 de agosto de 2018

Mergulhe sem medo ...


Mergulhar em águas pode ter analogia com ato espiritual

Nos dias de verão e calor intenso é muito fácil desejar dar um pulo numa piscina para dar um refresco ao corpo. Outros preferem a orla do mar ou lago para um mergulho refrescante. Um amigo de Dresden, Alemanha, queixou-se do calor que ora se faz sentir na região europeia. Ele e o filho não param de procurar lugar para dar mergulho. Ele que já foi salva-vidas conhece bem a arte e o prazer de mergulhar em águas convidativas.

         Comentou ele que ao entrar na água, ela ocupa todo o espaço ao nosso redor. Na água não há ar seco e quente, apenas água que nos molha e refresca. Ninguém tentaria impedir que a água ocupasse o lugar que nos envolve, pois essa tentativa fracassaria totalmente. E é tão bom sentir o contato da água com o corpo; isso nos dá alegria e felicidade e sensação de bem-estar.

         Esse amigo tem uma mente muito voltada para coisas espirituais, e no embalo do tema, comentou que o mergulhar na água e ser rodeado totalmente por ela sem que nada possa impedir, ele assemelhou a um ‘mergulho’ em oração na consciência da  presença de Deus. Então somos rodeados e tocados por essa presença infinita (que os olhos não veem) mas que podemos perceber como um inexplicável sentimento de bem-estar, de alegria, de saúde, de que tudo está OK. Assim como ficamos molhados ao entrar na água, assim ficamos inspirados ao mergulhar na oração ao  amoroso Pai-Mãe. É um contato íntimo e forte, prazeroso e salutar. Sentimos isso ao nosso redor por todos os lados.

         Mergulhar na consciência do Divino é saber-se rodeado das qualidades divinas e impulsionado a agir de acordo com elas. É como entrar na água e ficar totalmente molhado. A Bíblia nos fala dos atributos de Deus e cita: a Vida, a Verdade, o Amor, o Espírito. Então, mergulhados na oração e na Mente podemos sentir-nos rodeados de Vida, de Verdade e de Amor, todos ligados ao Espírito infinito que ocupa todo o espaço. Podemos sentir-nos intimamente ligados a esses atributos que se manifestam com o bem em nossa vida; o bem que inclui saúde e alegria, força e sabedoria, pureza e amabilidade, renovação e vigor.

         A Bíblia fala em muitas instâncias na questão da água, entre as quais está no suprimento que os pescadores podem achar ao lançarem suas redes. Quando mergulhamos nesse mar da Mente que supre nossas necessidades, cessam todas as preocupações, solucionam-se todos os problemas, vai-se a tristeza e fica a satisfação e a felicidade. Assim como não podemos mergulhar em águas rasas, também nas águas da Mente não devemos buscar águas rasas, que simbolizam nossa posição de aceitação de opostos em nossas vidas. MBEddy aborda a questão da seguinte forma:
“Não podemos sondar a natureza e a qualidade da criação de Deus, mergulhando nas águas rasas das crenças mortais” (CeS, p.262).

 Em nossas orações devemos tomar esse cuidado de não “mergulhar em águas rasas” que não tenham profundidade nem espiritualidade.

         Assim como não podemos impedir que água nos molhe quando mergulhamos numa piscina, assim, quando mergulhamos na oração da Mente nada pode impedir que as energias divinas do Espírito Santo, da Vida eterna sejam em nós manifestadas, sem depender do corpo físico. Quando mergulhamos no Amor divino, somos tocados por todos os lados por essas qualidades, e incluimos a todos com elas. Quando mergulhamos na Vida eterna perdemos a noção da vida limitada dos sentidos. Quando mergulhamos na Verdade infinita perdemos a noção dos pseudo fatos da existência material. Quando mergulhamos no Espírito absoluto, a consciência da matéria se esvai como uma névoa. Quando mergulhamos na Mente infinita temos consciência apenas dos fatos imortais da criação divina.

         Eddy também  compara o batismo como “imersão no Espírito” (CeS, p. 581), e sabemos agora que nessa imersão ou mergulho somos tocados por todos os lados com as qualidades do Espírito e, que nada e ninguém pode nos separar desse contato benfazejo, assim como nada e ninguém pode impedir que o Espírito, o Bem nos, “molhe” e manifeste em nós Suas aptidões.

         Então amigos! Vamos dar ‘aquele’ mergulho?
.0.

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

PURA ORAÇÃO


‘Pura oração’ é oração eficaz

Diz o relato bíblico que Jesus passava noites orando a Deus, no alto de algum monte, a sós com sua consciência—fechado em ‘seu quarto’ interior.

O prezado leitor já tentou passar uma noite em oração? Que tipo de oração nos ocorre? Que tipo de oração ocorria ao Mestre Cristão? Ele se recolhia por necessidade própria; e suas orações, com certeza, não eram repetições e repetições de algum texto (dos Salmos, por exemplo, que ele conhecia muito bem). Cristo Jesus orava em defesa de seu ministério de trazer aos homens uma visão mais espiritual da existência do homem como imagem e semelhança do Deus criador do universo. Em suas orações despejava seu pensamento para retempera-lo com espiritualidade.

         No Jardim de Getsêmani, pouco antes de ser preso, o evangelho relata como Jesus orava. Falava baixinho, de si para si mesmo. Seus discípulos ali perto, não o ouviram, nem entenderam o sagrado e grave momento do qual participavam. “Pegaram no sono!” Como vieram as palavras de Jesus a serem registradas no evangelho se ninguém ouviu o que ele disse? (.....) Para mim é um mistério. Ou Jesus contou aos discípulos, ou eles inventaram (e neste caso o registro bíblico perde em valor espiritual).

         Naquela noite no horto, o Mestre estava diante de um dilema que o atormentou humanamente: ‘Será que seus ensinamentos e realizações seriam suficientes para fazer os homens reconhecerem a nova visão da ordem celestial que ele demonstrou de modo prático entre o povo, enquanto pregava o novo evangelho e enquanto era sacrificado na cruz?’ Sua oração:
“Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu    quero e sim como tu queres” (Mat. 26:39),
demonstra que a natureza divina estava sempre em primeiro plano na sua consciência; e foi o que ensinou na oração do Senhor (‘Faça-se a Tua vontade’). Ele sempre ensinava pelo exemplo.

         Quando Jesus retornava de suas seções particulares de oração durante a noite, ele voltava cheio de graça. Multidões vinham ao seu encontro trazendo seus doentes para serem curados. Como sabiam que ele os curaria? A espiritualidade e graça de que estava tomado, se externava visível e sensivelmente. Deve ter sido algo fantasticamente maravilhoso de se ver! Todo esse quadro emoldurado pela cena humana mostrando um estado da perfeição do existir, era fruto da ‘pura oração’ que o Mestre exercitava.

         Eu chamo de ‘pura oração’ a oração que fazemos com total imersão no senso espiritual de seu conteúdo. É uma oração silenciosa. Nenhum pensamento estranho ao conteúdo da oração é permitido permanecer. Em havendo uma intromissão de pensamento indesejado, este logo é estancado e posto de lado. Como base para a Pura Oração (P.O.) podemos tomar algum texto bíblico que saibamos de cor; por exemplo, Salmo 23 ou 91, ou a “Exposição Científica Relativa ao Existir”, de Mary Baker Eddy (ver CeS, p. 468). A própria Lição Bíblica pode ser usada na P.O.  
  
Eddy exemplifica com o Pai-Nosso:
    “Só à medida que nos elevamos acima de tudo aquilo que se fundamenta nos   sentidos materiais e acima de todo pecado, podemos alcançar a aspiração celestial e a consciência espiritual indicada na Oração do Senhor, e que instantaneamente cura os doentes(CeS, p. 16).

A pureza mental e a cordial (da mente e do coração) é a condição para se realizar a ‘pura oração’, não importando as palavras da oração usadas pelo orador. Na verdade, a ‘pura oração” é uma atividade mental ligada à Ciência divina, a qual é desenvolvida no reino das ideias. A ‘pura oração’ está intimamente ligada aos ingredientes espirituais da oração eficaz que a Sra. Eddy expõe no capítulo primeiro do livro texto: “fé absoluta em Deus, compreensão espiritual e amor abnegado” (ver CeS, p.1).

O Cristianismo, como Jesus nô-lo legou, é uma religião de práticas e demonstrações daquilo que professamos verbalmente. A ‘pura oração’ tem um lugar fundamental nesse universo de ideias e ideais. Sem ela, nossas orações soariam como palavras ao vento, ainda que ditas com tom coletivo.   
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sexta-feira, 29 de junho de 2018

Novos tempos


(Extrato da conclusão do capítulo sobre Cristo Jesus  na obra "Sob a Luz das Escrituras I", deste autor)

O impacto generalizado na comunidade judaica, naquele momento, e a repercussão dos ensinamentos de Cristo Jesus após seu desaparecimento da cena humana se fazem sentir até hoje, pois desde seu nascimento é marcada uma nova era com recomeço da contagem dos tempos: a Era Cristã. Hoje contamos 2.018 anos AD. A influência da vida e da obra de Cristo Jesus tem um quê de misteriosa, pois com apenas 3 anos de atividade pública deixou a humanidade marcada pela força de sua presença, de doutrina e grandiosidade de obras. Nenhum líder religioso jamais alcançou tal façanha, e provavelmente nenhum alcançará.

Durante seu ministério, Jesus Cristo falava-lhes que iria para seu Pai e que Seus discípulos não mais o veriam. Vale a pena ler o que Jesus disse nos capítulos 14 a 17 do evangelho de João. Lê-se que ele prometeu um Consolador da parte do Pai que ficaria para sempre com eles e o povo. O Mestre caracterizou esse Consolador prometido como:
“O espírito de Verdade, que ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito” (João 14: 26).

Para mim está claramente afirmado que não devemos esperar por uma pessoa na figura de Consolador. Os filhos de Israel, no tempo de Jesus, esperavam um salvador na forma humana que os livrasse do jugo romano. Até quando nós esperaremos? Já fazem 20 séculos desde a promessa. Será que este Consolador já não está entre nós? É possível! Nós é que precisamos aprender a ver e abrir os olhos do entendimento para perceber o “Espírito de verdade”. Tenho para mim que este não será visto numa figura humana; mesmo tendo a missão de guiar a humanidade à verdade. Se ele já veio, onde está? Como percebê-lo? Assim como o Messias não foi percebido nos padrões da expectativa popular, assim o novo Consolador, penso, deverá ser procurado fora da expectativa de um evento ou líder popular. Virá muito mais como um despertar espiritual para a Vida, a Verdade e o Amor demonstrados pelo Mestre Cristão; virá com demonstração da fé absoluta no bem e no poder do Espírito infinito; com inclusão clara de todos sob um amor incondicional que fortalece, instrui e protege; com obras que a fé crística  a possibilita; com a cura do pecado e da doença, e com o poder sobre a morte, materialismo, ódios e temores. Esse Consolador virá com sabedoria e inteligência de origem divina; virá com uma tocha na mão para purificar “nossos tesouros” e para iluminar o caminho da ascensão, onde reina a consciência de união—unidade—com a Mente divina universal. Tem nome atual esse consolador? Atrevo-me a responder que Sim! Chama-se: “Ciência do Cristianismo."

Hoje muitos cristãos cheios de graça e alegria proclamam que têm Jesus no coração. Por mais religiosa que soe tal afirmação ela merece um esclarecimento que o próprio Mestre ensinou na parábola da videira, relatada no evangelho de João. Nessa parábola ele ensinou que ele era a videira e nós (seus seguidores) somos os ramos. Quando estamos nele (tronco) produzimos frutos. Vê-se que “estar nele” não era um estar o ramo dentro do tronco, mas ligado a ele. Essa ligação é e tem de ser forte e duradoura. Essa é a noção que tenho quando ouço, ou afirmo, que estou (estamos) em Cristo, ou que temos Jesus no coração. Aliás essa ideia de proximidade é muito salutar aos cristãos, pois nos leva a aceitar e seguir o ensinamento e as obras do grande mestre.

Uma coisa que ainda falta ao mundo cristão de nosso tempo: é cada um conduzir sua vida nos moldes legados pelo Mestre Cristão. Cabe a nós cristãos levar a sério o que Ele ensinou com obras e pelo que sofreu na crucificação. Nossa proclamação de sermos cristãos não pode ser de aparência exterior com interior vazio, de desrespeito aos mandamentos, de carência de amor genuíno ao próximo e ao necessitado, de mera profissão de fé sem obras do tipo do Mestre, de esquecimento de que o Pai está em nós e nós no Pai, de viver com o amor à flor da pele, de amar ao próximo sem julgar se ele merece, de fazer o bem aos outros sem esperar que eles nos retribuam. Poderíamos começar por cultivar um caráter cristão genuíno, praticando e vivenciando os requisitos do Mestre resumidos no Sermão do Monte, levando uma vida de atitudes beatas (beatitudes), irrepreensíveis nos atos e palavras e no trato dos bens de outrem com a Regra Áurea:

“Fazer aos outros o que queremos que eles nos façam (Mateus 7: 18).
Que humanidade estupenda teríamos! Teríamos o paraíso entre nós!
...oo0oo...

quarta-feira, 30 de maio de 2018

Governado por Deus


O Mestre Cristão mostrou em seu ministério o que acontece quando Deus governa as ações do homem.

         Quem ler nas Escrituras os feitos de Jesus Cristo com atenção ao tópico do título, perceberá que ele sempre demonstrou e deixou claro que suas obras eram feitos de Seu Pai:
O Pai que permanece em mim faz as suas obras” (João 10:36) e “ Eu faço sempre o que Lhe agrada” (João 8:29).

         Ele também ensinou que:
              “Aquele que crer em mim, fará também as obras que eu faço” (João14:12).

         Se queremos emular as obras do querido Mestre, temos que usar a mesma linha-base que ele empregou: Deus, o Espírito, a Mente, a Vida, a Verdade e o Amor absolutos e infinitos, inigualáveis, na eternidade e infinidade. Eu disse: “Se queremos”, mas tenho a intenção de alertar a todo cristão que esse é um dever de fé em nossa religião. O Cristianismo que ele nos legou tem no seu âmago uma ciência a ser compreendida e praticada por todos que desejam seguir-lhe os passos. Para isso somos cristãos, não é mesmo?
         O resultado de uma vida dedicada em manter erguido o estandarte da superioridade do Espírito sobre a matéria é relatado extensivamente na Bíblia, o livro básico de nossa fé cristã. Lê-se nos evangelhos as obras que Jesus fazia. E não raro o relato menciona o caso de multidões que vinham a ele para serem curadas, e eram! Há, também relatos de cura específicos de toda sorte de enfermidade ou problema físico, ou moral e psíquico, e até de morte. Algumas vezes o mal é citado como um “espírito maligno”, quando a sociedade ainda não tinha nome para aquele problema. Vê-se nos relatos bíblicos que as curas eram todas instantâneas. Com tantas pessoas curadas, não era de admirar que ele fosse seguido pelas multidões.
         Mas não era só Jesus quem fazia essas obras. Seus discípulos aprenderam o ofício e também realizaram muitas idênticas, prova de que haviam assimilado o ensinamento do Mestre, retratado no versículo do evangelho de João, citado acima. Poder-se-ia levantar a questão de como, com que, ou por que os discípulos faziam as obras semelhantes ao Mestre. Eles realizaram obras no seu afã de difundir os ensinamentos de Jesus Cristo por toda a humanidade de sua época. E suas obras conquistaram muitos adeptos para a igreja.

Até cerca de 300 anos após o ministério de Jesus, os cristãos ainda realizavam demonstrações práticas de sua fé. Depois disso, essa prática perdeu sua força e presença entre as populações de crentes cristãos. Eu me pergunto: Por que? Penso que uma resposta se encontra num dos escritos de Mary Baker Eddy (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, [1875]):
“Deus curará o doente por intermédio do homem, sempre que o homem for governado por Deus” (p. 495).

         Sempre que o homem [é] governado por Deus” me parece ser a resposta para o desaparecimento da cura espiritual dentro do movimento cristão. É possível faze-lo retornar? Ele já retornou! Com o advento da Ciência do Cristianismo (instituída em 1866), a cura espiritual de males físicos e outros reviveu entre os cristãos, sendo hoje largamente praticada por cristãos científicos em todo o mundo. E os frutos quais são? Curas, as mais variadas, de toda espécie de problema: doenças, suprimento, relacionamento, tristeza, e até casos de falecimentos. Várias denominações estão aplicando mais recentemente o Cristianismo na busca de soluções de problemas pessoais, e obtendo resultados.

No relato bíblico lemos que entre seus ensinamentos o Mestre afirmou:
“Eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber ...vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós ... O Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito.” (João 14:16, 17, 26).

         Está bem claro nessa passagem que Deus não enviará uma personalidade para nos “ensinar todas as coisas”. Devemos esperar um “Espírito da verdade”, um mensageiro impessoal e universal, que irá falar a todos em todos os lugares. Quem lhe der ouvidos aprenderá a regra de cura que o Mestre deixou demonstrada. Quanto antes o mundo cristão aprender com o “Consolador”, tanto antes a humanidade usufruirá dos benefícios da ação harmonizante do poder espiritual na vida das pessoas.  

O pensamento humano desatento poderia levantar a questão: “E o autogoverno onde fica?” O autogoverno, de interesse humano, é um conceito que tende a desviar de Deus a atenção, fato que rouba ao homem a capacidade de realização na esfera espiritual. A pressão promovida pela vontade humana na consciência do homem, tem de ser reprimida quando almejamos seguir a orientação da Mente divina. A tal “força de vontade” humana é um empecilho no trato de assuntos espirituais. Até na oração para recuperação de enfermos ela atrapalha mais do que ajuda. É oportuno lembrar o que Mary Baker Eddy escreveu:
“Deus dotou o homem com direitos inalienáveis, entre os quais estão o governo de si mesmo, a razão e a consciência” (CeS, p. 106).

      O autogoverno visto sob esta ótica, não escapa do governo de Deus; e sob este governo tudo é harmonia. Com esse apoio em mente, o homem atua tranquilamente entre seus pares, produzindo sempre harmonia, satisfação, realização profissional e social. Nessa condição de governado de Deus, o homem ultrapassa suas aptidões e capacidades, sendo capaz de surpreender seu círculo de relações.

      Mas que não se engane quanto à origem de suas capacidades. É Eddy quem esclarece:
“O homem só é corretamente governado por si mesmo, quando bem guiado e governado por seu Criador ...” (CeS, idem)

      O segredo está em aprender a deixar-se governar pelo Pai Supremo. Aliás, segredo não é mais!

Ovidio Trentini

segunda-feira, 28 de maio de 2018

Realização imediata


Edição Agosto 25, 1945,  Christian Science Sentinel

Uma demora entre um bom propósito e sua realização é comum na experiência humana. Mas para a Mente pura não há demora. A Mente que é Tudo dá a todo bom propósito imediata realização. A onipotência, onipresença e oniação da Mente garante isso.

A demora na realização resulta da crença dos mortais de que estejam atrapalhados pela falta de conhecimento, falta de recursos, por forças físicas, por circunstâncias ou pessoas opostas. Esses argumentos asseveram que a demora e a frustração intervêm para perturbar a realização do que a inteligência absoluta diz que deveria e poderia ser feita sem demora.
O progresso humano tem diminuído a demora no transporte e na comunicação. Métodos incrementados de manufatura estão reduzindo o tempo necessário para a fabricação do que precisamos. A geofísica está diminuindo a demora na localização de minerais da terra. Há relatórios que indicam que o preparo de alimentação será grandemente reduzido por meio de dispositivos eletrônicos. Um bife cozinhará em 3 minutos; um bolo em 2; ovos ferverão num piscar de olhos. Num lar o pó será rapidamente removido por equipamentos magnéticos. Por que não fizemos essas coisas antes? Só porque o pensamento humano não entendia que as forças estão aqui para aproximar os propósitos e as realizações.
Quando Jesus andou pela terra os transportes e as comunicações eram lentos. Levava muito tempo para cobrir distâncias maiores. Mas o Mestre compreendia e usava as forças espirituais da Mente onipotente, desconhecida pelos seus pares, para trazer a imediata realização ao bom propósito. Quando era do propósito de Deus para que ele estivesse num certo lugar: “imediatamente o barco chegou onde estavam para ir.” Ele sabia que a onipotência da Mente, com a qual o homem é uno, não pode ser atrasada pela matéria sem mente na realização de seu inequívoco propósito.
Quando era correto que ele soubesse o que outros pensavam a fim de ajuda-los, a Mente prontamente lhe informava. Que direito tinha a matéria negativa de injetar obstruções e demoras entre um propósito inteligente e sua realização? Jesus compreendia que quando a Mente fala, seu propósito é imediatamente realizado.
M. B. Eddy via claramente essa verdade e a aplicava, como Jesus, na cura dos doentes. Ela requeria que os cientistas cristãos trabalhassem, e esperassem confiantemente, por curas instantâneas. Referindo-se ao Mestre ela escreveu (Escritos Miscelâneos, p. 200): “Foi a consumada naturalidade da Verdade na mente de Jesus, que tornava sua cura fácil e instantânea.” Jesus compreendia tão claramente o irrestrito propósito de Deus para que o homem fosse saudável, bem como a natural e imediata realização desse propósito,  que “imediatamente seus olhos se abriram”, “imediatamente a febre a deixou”, “imediatamente seus ouvidos se abriram, e soltou-se o empecilho de sua língua”, “ela imediatamente se endireitou”,  e imediatamente as multidões eram servidas.
Que percebamos mais compreensivamente a ação imediata da onipotência de Deus e a já existente supremacia de Sua lei! O poder e a presença de Deus não estarão mais presentes daqui uma semana, um ano ou um século do que estão hoje. Seu amor por Seu reflexo, o homem, e Seu exclusivo controle de Sua imagem, são agora. O tempo não irá aumentar o poder de Deus, nem incrementar a eficiência de Seu amor salvador.
Em CeS (p. 39) Eddy diz: “ ‘Eis agora’, exclamou o apóstolo, ‘o tempo ... oportuno, eis, agora, o dia da salvação’—querendo dizer, não que agora os homens tenham de se preparar para a salvação, a segurança, em um mundo futuro, mas que agora é o momento de vivenciar essa salvação em espírito e em vida. Agora é a hora de desaparecer aquilo que se chamam dores e prazeres materiais, pois ambos são irreais, porque impossíveis na Ciência.” Essas verdades, uma vez compreendidas, ofuscarão em nossos corações o mito da demora, produzido pela ignorância e pelo medo. A demora não está fora de nós, mas é uma crença em nós que precisa ser excluída de nós com ajuda de Deus e Seu Cristo.
O senso de demora na realização correta procede da crença em uma mente material e homem mortal, e este cercado de limitações. Essa mente talvez argumente que a saúde é algo bom, mas não a temos agora. Ela diz que a doença tem de seguir seu curso, e então ficarás bem, ou depois de algum tempo talvez te sintas melhor. Um objetivo digno talvez mereça nosso esforço, mas sua realização é incerta. Pode haver uma longa demora.
A influência de um mentiroso é nula, se ninguém acredita nas suas mentiras. A mentira da mente mortal negativa de que deva haver uma demora antes que o homem possa ser saudável, impecável, harmonioso e exitoso, temos que recusar-nos a acreditar, por meio de nossa compreensão de Deus e do homem. A razão é que a inteligência, a Mente, é onipotente agora. Seus propósitos são espontaneamente aplicados agora pela lei espiritual: “... ninguém pode deter sua mão nem dizer: ‘Que fazes?’ ”
É pelo senso espiritual, não o material, que encontramos a presença, o poder e o controle da Mente, que é nossa Vida, nossa Alma, nosso Tudo. Por meio do senso espiritual, o senso da Mente, nos tornamos gradativamente conscientes de nossa união com o bem onipresente e nosso lugar em seu universo. Percebemos que continuamente nossa causa supremamente inteligente e amorosa está propiciando (causando), sem frustração ou demora, tudo o que pertence naturalmente ao representante de Deus.
Devemos entender quão natural é para as forças da Verdade produzir saúde hoje; quão correto é gozar agora de total libertação do pecado; quão científico é que a demora seja separada de todo bom propósito. A Mente é eternamente superior à demora. Assim é também o homem. Na Mente e sua representação, o propósito e a realização andam juntos. 
Paul Stark Seeley
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