domingo, 19 de outubro de 2014

Aprender com a natureza

O aprendizado com a natureza poderia ser chamado de ecologia espiritual

Hoje em dia há um esforço sincero de transmitir aos jovens e adultos conhecimentos e sentimentos a respeito da natureza. Vê-se esse esforço disseminado por todo o globo terrestre. Tecnologias modernas auxiliam a prover imagens em tempo real do que acontece no mundo, tanto o lado cruel como o construtivo. Escolas, universidades e entidades ambientais espalhadas pelos quatro cantos do mundo estão tratando de fazer jovens e pessoas  entenderem o papel benfazejo da natureza e que os desmandos que se vê acontecer podem e devem ser mantidos sob controle dos humanos. Penso que o melhor controle seja o autocontrole, cada um cuida de si.

Vendo todo esse esforço, às vezes me pergunto sobre a eficácia do ensino sobre a natureza. Deixem-me assinalar  sobre a natureza. Falar ou mostrar coisas sobre a natureza para alguém que não convive com a natureza soa como uma bela teoria. O ensino eficaz ocorre quando o instrutor ensina com e o aprendiz aprende com a natureza. O convívio  com a natureza é essencial. “Árvores, rios, pássaros, campos todos nos ensinam e em silêncio; e aprendemos melhor em silêncio”, palavras o sábio Eckart Tolle (Em harmonia com a natureza, 1948). Por que tribos nativas que vivem numa floresta sabem como e o que colher ou caçar sem agredir o ambiente (a floresta) em que vivem? Seu convívio de longa data com seu habitat as ensinou em preleções silenciosas. A natureza lhes dá o sustento e mais não necessitam.

Imaginemos que uma tribo da natureza fosse infectada com o vírus do consumismo: ter dinheiro para comprar novas armas, equipamentos, motoserras, helicópteros, etc. O que aconteceria à floresta de seu habitat? Seria aniquilada. A busca por mais bens—a ânsia do ter—poderia levar os “selvagens” a cometer os erros dos civilizados, ter cada vez mais sem medir conseqüências. Isso é apenas hipotético para uma tribo selvagem, mas é realístico para o mundo civilizado—lamentavelmente!

O melhor ensino sobre a natureza é o que consegue insuflar na consciência dos alunos ou ouvintes um amor à natureza. Esse é um aprendizado permanente. A pessoa que ama a natureza ou meio ambiente é a pessoa que protege, não agride, não desperdiça os recursos naturais, não maltrata a flora e a fauna, não promove queimadas (sejam pequenas ou grandes), não polui os rios. Quem ama protege o objeto de seu amor! Este é o ideal de todo ambientalista ou ecologista. A ecologia, como ciência, deveria permear todos os ângulos do ensino formal, pois sua definição tem um aspecto todo-abrangente: “é o ramo da biologia que estuda a relação dos seres vivos com o meio ambiente”.

A esta altura até poderíamos perguntar se a ecologia é uma ciência humana ou moral? Pessoas com índole moral, ou atentas a valores espirituais (fraternidade, fé, compaixão) geralmente são ecologistas ao natural, têm conduta adequada ao meio ambiente. Gosto de chamar essa consciência de ecologia espiritual. Alguém que demonstre um caráter cristão genuíno é uma pessoa em quem podemos confiar que terá cuidado com a natureza.

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sexta-feira, 10 de outubro de 2014

O sonho da materialidade

A crença do viver material é tão fugaz como um sonho

O gênero humano, em vez de viver a realidade do divino e infinito, vive no sonho da falsa realidade—a materialidade. Nos sonhos da materialidade os homens sofrem toda sorte de percalços, sofrimentos e prazeres materiais e, não raro, esses viram pesadelos dos quais gostariam de livrar-se, se tão só soubessem como. Essa libertação, no entanto, tem um processo simples: DESPERTAR!

Se alguém está tendo um sonho ruim, outras pessoas não podem entrar no sonho para resgatar o sonhador de maus  acontecimentos pois estes, em realidade, nada mais são do que pensamentos da pessoa. Assim a única maneira de “salvar” alguém  de um pesadelo é  despertá-lo. Isso outras pessoas podem fazer, se tão só soubessem o que o sonhador está sonhando ou pensando. Às vezes pode-se perceber que uma pessoa está tendo um pesadelo, quando ela se agita ou geme (pensando que está gritando) sem nenhuma causa aparente para tal gemido.

O que se passa em um sonho é nada mais que uma visão de nosso pensamento. Se  conturbado gera sonhos pesados. Se feliz gera sonhos alegres. Muitas vezes uma pessoa abriga algum medo inexplicável de algum animal ou alguma situação tida como perigosa, caso em que seus sonhos trazem o tema de modo recorrente. É porque a situação está presente na linha de frente do pensamento. A pessoa sofre no sonho porque lhe parece real o que esteja “acontecendo” nesse seu sonho. Com uma pessoa sob transe hipnótico ocorre a mesma coisa. Se lhe dizem que está frio, ela sente frio mesmo que o termômetro indique calor e ela só se aperceberá da realidade quando despertar do sonho hipnótico. Neste exemplo é fácil perceber como o Despertar é a solução do “aparente” problema.

Nos sonhos nossa existência humana parece uma realidade. Mas o que é ela realmente? Soa como um jogo de realidade x irrealidade. O pensamento materialista afirma que essa existência está ligada—presa—à materialidade. Ainda bem que esse tipo de pensamento não é o único à nossa disposição, pois os frutos de tal consciência  estão a encher o mundo e as manchetes da mídia. Abandonar velhas crenças parece difícil, e se não houver uma grande motivação, fica mais difícil ainda.

Amigos cristãos, vejam o que nosso livro de orientação espiritual nos diz: “Já é hora de vos despertardes do sono” (Romanos 13: 11), e na epístola aos Efésios Paulo alenta: “Desperta, ó tu que dormes; levanta-te de entre os mortos...” (Efes. 5:14). Paulo tratava de motivar seus amigos a se elevarem para fora das crenças da mortalidade e isso sem demora (Já é hora...). Seguindo essa orientação encontramos no livro-texto um importante esclarecimento: “Dominas a situação se compreendes que a existência mortal é um estado de autoengano [um sonho], e não a verdade a respeito do existir” (Ciência e Saúde, p.403).  Dominar a situação é o despertar do sonho da materialidade, ou seja da mortalidade. Então deixamos de apoiar as crenças carnais. Por que é importante esse despertar? É a própria  autora do livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras que responde: “Quando despertarmos para a verdade a respeito do existir, toda a doença, a dor, a fraqueza, o cansaço, o pesar, o pecado e a morte serão desconhecidos, e o sonho mortal cessará para sempre” (p. 218).

A consciência despertada, atenta, para a verdade do existir deixa de conviver com as mazelas do senso material. Essa existência sem problemas é o que todos nós procuramos alcançar. Por que não a vemos no nosso dia-a-dia? Porque precisamos despertar do sonho de que a materialidade seja nosso meio de existência, de subsistência, de inteligência, de proficiência, etc. Estar fora do sonho da mortalidade ou materialidade é estar permanentemente consciente das verdades  e qualidades que compõem o universo da criação divina, daquela criação de que a Bíblia fala que “Viu Deus tudo quanto havia feito e eis que era muito bom” (Gen. 1:31).

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sexta-feira, 3 de outubro de 2014

A respeito do Congresso de Educação Ambiental

A propósito da realização do III Congresso Internacional sobre meio ambiente recentemente realizado  em Panambi,  me flagrei , há alguns dias atrás, perguntando: “O que será mais importante: salvar e melhorar a humanidade, ou salvar e melhorar o meio ambiente?”  Pois ouso lançar diante vós esse desafio filosófico. Pensem um pouco sobre isso.

Se obtiverem do infinito a resposta de que salvar e melhorar a humanidade é mais importante, estaremos de comum acordo. Mas um argumento muito pertinaz diria: “Mas isso é o trabalho das igrejas cristãs, não é assim?” Nós, ambientalistas ou não, gostaríamos de ver o gênero humano mais engajado na preservação ambiental, mas deixamos para as organizações religiosas a tarefa mais importante de preservar nossa humanidade. Lavamos as mãos, pois o problema não parece nosso! Estará certo esse posicionamento? Será correto ficarmos de braços cruzados quando já estamos vendo o caminho a ser trilhado?

Uma pessoa de caráter, índole e espírito cristãos é a que está melhor preparada para dar à natureza (meio ambiente) a proteção que ela merece. Cultivar esse caráter cristão é prerrogativa e decisão individual. O máximo que podemos fazer é encorajar esse alguém a elevar suas vibrações para que perceba os caminhos que levam essa pessoa -- uma porção da humanidade – a abrir sua mente para as questões da natureza pura.
Saibam os senhores leitores e senhoras leitoras que este evento de suma importância  é um farol que se acende para indicar o caminho. O que estamos fazendo é para ajudar a humanidade -- essa  porção de humanos que nos ouvem e leem – a ver que o meio ambiente precisa de atenção e respeito, precisa de nosso amor, para que a Mãe Terra possa respirar por mais tempo e não venha a responder com violência os maus tratos que lhe impusemos. Estaremos ajudando a melhorar a humanidade fazendo-a perceber como melhorar e proteger o meio ambiente? Sim,

ESTAMOS AJUDANDO A HUMANIDADE A SER MELHOR!

 Esta é a visão que devemos ter enquanto debatemos como amparar a natureza e meio ambiente, nosso e do mundo!
Ovidio Trentini


Pres ARPA FIUZA