sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Ajuda importante


Ajuda divina em momentos intrigantes

Fui criado desde a infância dentro dos ensinamentos da Ciência Cristã. Meus pais haviam iniciado seu estudo poucos anos antes do meu nascimento. De modo que era natural na família recorrer a Deus, nosso Pai-Mãe, diante de problemas humanos que variavam desde doenças até hábitos indesejáveis. Por mais relevantes que possam ser os resultados obtidos na solução de problemas de infância, a gente só assimila bem os ensinamentos dessa denominação cristã quando a gente mesmo os aplica. A experiência seguinte passou-se quando eu devia ter uns 12 anos, e foi minha “primeira” experiência própria.

Nossa família havia recebido visita de parentes do interior do Estado, e meus pais resolveram ir com eles assistir um espetáculo circense. A visita de circos à cidade naquela época era esporádica. De modo que ir ao circo era um programa e tanto. Chegando ao local, meu pai tomou conhecimento que o ingresso a menores de 15 anos era proibido. Não restou outra solução senão deixar-me com a chave do carro para poder entrar e dormir até que eles viessem. Entrei no carro, mas não dormi. Ao invés disso, pus a chave na ignição com a intenção de ligar o motor. Que tentação! Por vários minutos lutei entre o querer virar a chave e o não dever. Acabei não fazendo nada. Para espairecer um pouco resolvi ir até o circo, distante cerca de 50m, saber quanto tempo de espetáculo ainda haveria. Tranquei a porta e fui. Na volta deparei com o problema. A porta estava trancada e a chave... estava... lá dentro! E agora?

Tentei abrir algum vidro, mas nenhum cedeu. Mais vezes, e nada. Junto com frustração havia o temor pela zanga de meu pai. Sem outra alternativa, pus-me a orar. Orei muito, até chegar a convicção de que Deus sempre me ajudara, e iria ajudar-me também naquele momento. Nova tentativa de baixar um pouco algum vidro, e já na primeira o vidro cedeu o suficiente para permitir que eu introduzisse o braço e destrancasse a porta. Que alivio e alegria, por ter presenciado a eficácia do poder divino em favor dos filhos de Deus.

Por simples e pequena que possa ser, esta experiência ajudou-me muitíssimo na afirmação dos meus passos na caminhada do Cristianismo científico. Muitas experiências tive depois, e aparentemente mais duras. Mas a primeira ficou indelével na memória, como algo que solidamente demonstrou a infalibilidade da ajuda divina, como diz na Bíblia:

Deus é um socorro bem presente nas tribulações” (Salmo 46:1).

Ao longo das atividades estudantis e acadêmicas o recurso da fé em Deus foi uma constante. Provas, testes e relacionamentos todos tiveram soluções felizes e satisfatórias. A prova mais difícil, e por isso mais gratificante, passei na universidade, quando cursava a segunda série do curso de engenharia. A disciplina Física tinha um professor, tido entre os alunos, mais como filósofo do que físico. Ao longo do ano fui nessa onda, e como os outros alunos, não me dediquei muito ao estudo da matéria; mas enquanto os demais alcançavam notas satisfatórias (às vezes por meios ilícitos), minhas notas deixavam a desejar, com resultado de ter que fazer exames finais por não ter atingido a média 7 durante o ano.

Foi então que começou o drama. Eu não tinha ânimo nem vontade de estudar aquela disciplina. Pegava nos livros a contra-gosto, e qualquer coisa era motivo para desviar-me do estudo. Até o retorno a estudo de violino, cujas aulas havia abandonado havia anos, parecia-me razoável naqueles dias. A aproximação da data do exame aumentava a pressão e o medo. Eu nunca havia rodado em exames, e essa perspectiva parecia muito real dessa vez. Estudei o que pude, repassando uma vez toda a matéria. No domingo que antecedia a data da prova decidi apoiar-me na oração a Deus. Mas por onde começar? Não seria perda de tempo, orar em vez de estudar? Tomei a Bíblia e Ciência e Saúde, marquei a lição bíblica para a semana seguinte, cujo tema não me recordo, e pus-me a estudá-la buscando inspiração e tranqüilidade de pensamento. Nos trechos bíblicos estava incluído o versículo de Provérbios:

“Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento.(Provérbios 3: 5)

Essa mensagem foi direta ao coração e acalmou o pensamento. Era a resposta que eu havia procurado desesperadamente. Todo o tempo anterior eu estava fazendo o errado, tentando apoiar-me “no meu próprio entendimento”. Eu só precisava confiar em Deus, a Mente divina, mas confiar sem restrições; entregar-me inteiramente à orientação divina. Quando o peso da responsabilidade de eu ter que saber a matéria me caiu dos ombros, senti-me bem e lágrimas de gratidão ao Pai-Mãe me rolaram na face. Pela primeira vez em meses senti-me preparado para enfrentar o exame.

Fui para a prova confiante. O exame escrito foi de bom resultado. Mas faltava o exame oral diante de uma banca de professores, que seria realizado alguns dias depois. Minha preparação para esse exame restringiu-se a estudo de mensagens da Ciência do Cristianismo. Até me ocorreu, como seria curioso se numa prova de física eu falasse sobre metafísica.  Minha confiança ficou clara ao me decidir levar para a faculdade, não livros de física, mas um Arauto da Ciência Cristã, (na época a edição era trilingüe Espanhol-Português-Italiano). Havia poucos alunos para a prova, e eu fiquei por último por causa da ordem alfabética. Quando me dirigi à mesa, elevei em mão o Arauto, sem nenhuma intenção, e o pus sobre a mesa do professor “filósofo”. Ele se mostrou curioso pela publicação de capa verde e perguntou a respeito dela. Quando viu o nome Ciência Cristã, comentou que uma prima dele havia freqüentado nossa igreja e que ele mesmo conhecera A Igreja Mãe, em Boston, numa de suas visitas. A propósito da oportunidade perguntou-me sobre alguns pontos de nossa doutrina. Discorri então sobre metafísica, num exame de física. Aquele pensamento do dia anterior, fora um anjo que me anunciou o que haveria de ocorrer. Quando o professor se deu por satisfeito, mandou-me ao próximo examinador, com quem tive um bom desempenho. E assim obtive notas mais do que necessárias para passar de ano.

Com tantas demonstrações da presteza do auxílio do Amor divino só posso ser grato a Mary Baker Eddy, por ter trazido à luz e doado à humanidade esse maravilhoso ensinamento de um Cristianismo prático e demonstrável.


.o0o.

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