quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Uma obra-prima do Arquiteto eterno!

O arquiteto eterno, Deus, produz obras perfeitas e espirituais, inclusive o corpo.

Nas Sagradas Escrituras encontramos várias referências à conotação de Jesus em relação ao Santuário ou Templo, como sendo igual a Corpo. Diante de seus algozes Jesus disse-lhes abertamente: “Destruí este templo e em 3 dias o reconstruirei” (João 2: 19) revelando sua presciência do que iria acontecer ao seu corpo. Seus ouvintes não o compreenderam, nem seus discípulos. Ele falava de seu corpo e, como sempre, referia-se a ele como um santuário, lugar santo. Ele tratava e cuidava do seu corpo com santidade―ausência de pecado―ou seja, livre da sensualidade que pretende atrelar a satisfação ao assédio da materialidade.

Já muitas vezes parei para pensar detalhadamente em como é uma obra do “Arquiteto eterno”, qual seja, Deus. Sendo uma obra divina, ela é sagrada. Sendo sagrada, ela é respeitável. Sendo divina, é guardada pelo autor, o Deus infinito. Sendo guardada pelo Pai, é mantida no seu estado original: a perfeição, conforme definido no Gênesis: “viu tudo quanto fizera, e eis que era muito bom” (Gen. 1: 31). Um autor que seja tão perfeccionista como o “grande Arquiteto” é, com certeza, extremamente cuidadoso de Suas obras.

Analisadores do corpo observam que este apresenta perfeição nos mínimos detalhes. Desde as funções microscópicas até as maiores, desde funções involuntárias até as conscientes, das mais simples às mais complexas, tudo é regulado com perfeição e ordem. Como se estabeleceram essas funções, quem estabeleceu as leis que as regem? Com toda certeza foi um ser de grande sabedoria e amor, pois nenhum ser humano—e muito menos a matéria não-inteligente―poderia apresentar tal capacidade organizadora, indispensável a uma mente criadora. De fato só uma Mente infinita seria capaz de gerar leis para regerem o organismo humano, em perfeita harmonia; aliás não só o dos humanos.

A primeira imagem na Mente criadora é uma idéia, que não é material nem visível aos sentidos (como é o corpo). É como quando um inventor vê sua obra mentalmente, seu funcionamento, suas partes, sua constituição―um modelo mental na consciência. Depois põe em ação seus conhecimentos, componentes e recursos até que um objeto visível represente a idéia concebida.

E no caso do corpo humano? A idéia concebida está na Mente, e o Princípio divino (que age por meio da ordem natural) ordena às partículas e moléculas a expressarem-se em forma, contorno, cor, ação e função para cada uma das idéias concebidas–cada individualidade, seja humana ou animal. Esse processo espiritual e divino de concepção, criação e multiplicação de idéias se auto-revela a toda consciência receptiva—assim vemos a obra viva, agindo e movendo-se, aparentemente, por si própria.

Essa figura humana que chamamos, genericamente, de homem é uma representação da idéia-homem concebida na Mente divina. Aqui se requer cuidado nas conclusões que se queira tirar. Uma forma humana não pode ser a imagem de Deus, assim como a produção do inventor não é sua semelhança. O objeto visível apenas representa a idéia e por meio dele podemos tomar conhecimento de como era a idéia concebida pela Mente, perfeita e funcional. Chegamos assim a uma conclusão importante: essa idéia concebida pela Mente tem de ser, e é, espiritual, perfeita e expressa a plenitude do ser!

E quanto aos problemas, erros ou disfunções visíveis no “objeto”? E os problemas que sentimos em nossa vida e nosso corpo? Resposta: eles não afetam, nem afetaram e nunca afetarão a idéia que está na Mente divina! São apenas desvios da normalidade que os homens impõem a si mesmos por meio de pensamentos desarmoniosos de medo, ódio, luxuria, maldade, morte, etc. Desvios que existem na mente humana e que, tão logo sejam de lá removidos (pela oração, por exemplo), deixam de manifestar-se visivelmente no corpo.


Dou como exemplo o relato resumido de um jovem que tinha medo de urtigas. Quando já adulto e com família, visitou seus pais que viviam numa região dos EUA onde há muitas dessas plantas. Quando ia passear na floresta ficava olhando as folhas por onde passava para ver se não eram das temidas urtigas. Certo dia percebeu que sua mão começou a coçar terrivelmente. Quando olhou viu os sintomas da urticária na sua mão. Pôs-se imediatamente a orar e a inspiração que recebeu dizia-lhe “Não há irritação no Amor [divino] em Quem nós todos vivemos.” Este pensamento lhe obliterou o medo e a sensação na mão. Esqueceu-se do acontecido. Quando olhou novamente a mão estava normal (Ver Christian Science Journal, Julho 2011, p. 33). Enquanto seu pensamento ainda se fixava no desvio da normalidade como algo real e possível, o problema era visível. Ao eliminar do pensamento a crença no possível mal, ficou curado. Assim que a influência do pensamento temeroso se desfez o corpo reagiu e passou às suas funções normais.

Esse corpo construído e mantido pelo Espírito tem uma essência sagrada, e deve por nós ser mantido como um santuário. Um viver santo cobre o corpo de santidade. Como cuidar desse corpo? Mary Baker Eddy , em sua obra Ciência e Saúde, nos informa que “o Cientista Cristão cuida melhor de seu corpo quanto mais o deixa fora do pensamento” (p. 383). Envolver o corpo com pensamentos doentios, de medo ou de pecado não é cuidar do corpo; tais pensamentos produzem no corpo conseqüências insalubres e resultam em perda de domínio sobre o corpo. Deixar mentalmente que o corpo funcione ao natural, sem limitá-lo ou exacerbá-lo, seja pela alimentação ou pelo exercício, é uma ótima receita de cuidados de saúde para com o corpo, para mantê-lo alinhado com a natureza da perfeição divina. Eddy diz: “A ação recuperadora do organismo, quando sustentada mentalmente pela Verdade, prossegue com naturalidade” (CeS, p. 447).

 Se esse assunto nos parece difícil de compreender veja a dica e alento espiritual oferecido por Eddy em sua obra mencionada acima (p. 68): “Algum dia compreenderemos como o Espírito, o grande arquiteto, criou homens e mulheres na Ciência”, Ciência que é divina, universal e aberta a todos!  

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