terça-feira, 7 de janeiro de 2014

TIVE UM SONHO

Ações individuais que favorecem o meio ambiente

Hoje estamos em período de estiagem (2012), dessas de recorrência de 5 a 7 anos. Que diferença podemos notar entre hoje e dois séculos atrás? Onde antes havia florestas e vida selvagem natural abundante, hoje é quase tudo lavoura monocultural que, para produzir a contento do desejo de lucros dos proprietários, é agressora ao meio-ambiente natural: primeiro tomando o lugar das matas e destruindo a ação benéfica das mesmas; depois enchendo a natureza com venenos e produtos químicos para “melhorar” a terra (será?!); ou drenando banhados para roubar-lhes a fertilidade; ocupando espaço até as margens dos rios sem deixar o manto de mata protetora.

Os métodos da agricultura moderna precisam ser revisados. Tem de haver menos química e mais natureza nos campos de produção. Bill Mollison, criador da “permacultura”, dizia que “a menos que haja uma interação mutuamente complementar e benéfica para ambos os lados, entre a produção agrícola ou pecuária e o meio-ambiente que a circunda, não haverá sustentabilidade duradoura”. Ele mesmo sugere a transformação total da agricultura convencional em orgânica (num período de 8 anos) identificando os benefícios ao solo, ao ambiente e à economia de energia aplicada na produção (Manual de Projetos de Permacultura, pág. 4/5), com o conseqüente benefício financeiro.

Eu gostaria de poder ver nossos produtores rurais continuarem a abastecer nossa mesa, mas respeitando a natureza (sem venenos), protegendo os rios desde as nascentes e vertentes, reflorestando áreas rurais que não são usadas para produção (terra com árvores tem mais valor), cuidando do seu gado com o mesmo desvelo com que planta suas sementes, sem poluir nem degradar a natureza. Sei que maioria já faz isso. Gostaria de ver, também, meus vizinhos da cidade captando água da chuva para suas necessidades de higiene doméstica, lavagem de passeios e automóveis, aguada de plantas e jardins, não desperdiçando nem uma gota desse bem universal que é a água. Sei que alguns já fazem isso. Gostaria de ver edificações serem projetadas de modo a melhor  aproveitarem a energia natural, a darem tratamento adequado aos efluentes gerados pelos moradores, a serem construídas sem desperdício de materiais e energia. Sei que muitos ainda fazem isso. Gostaria de ver empresas industriais cuidarem do meio-ambiente como fator importante nas suas decisões, de tratarem os efluentes ou sobras industriais, dando-lhes oportunidade de reciclagem. Há setores em que a lei exige isso. Gostaria de ver o  poder público atentamente debruçado sobre problemas ambientais, gestionando adequadamente seus canais competentes ou acionando persistentemente poderes de outra esfera na busca de soluções ou meios para a proteção ambiental. Ainda estou esperando por Panambi. 

 Gosto de ver que a geração de hoje recebe uma montanha de informação sobre meio-ambiente (eu não tive isso na minha escola) e gostaria de vê-la assumir seu papel de liderança no gerenciamento dos bens públicos, p. ex. rios, fontes, matas, etc. Sinto-me orgulhoso de pertencer à geração que está preparando futura geração  de trabalhadores e administradores.

Hoje estamos antevendo conflitos internacionais por causa da posse da água. Espero que a próxima geração e as seguintes saibam empregar o bom-senso no uso dos recursos naturais que são limitados e saibam contornar os conflitos potenciais por meio de atitudes antibeligerantes e de boa-vontade para com a humanidade.

.o0o.

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