sábado, 25 de janeiro de 2014

O sermão do monte e o caráter cristão

Lista dos subtítulos do Sermão do Monte
Evangelho de Mateus capítulos 5, 6 e 7:

Capitulo 5:  as bem-aventurançaso sal da terra – Jesus não veio para revogar – Jesus completa os antigos ditos: adultério, juramentos, vingança, amor ao próximo.

Capitulo 6:  da prática da justiça – como dar esmolas - como se deve orar – a oração dominical – como jejuar – tesouros do céu – luz e trevas – os dois senhores – a ansiosa solicitude pela vida.

Capitulo 7:  juízo temerário proibido – não dar o que é santo aos cães – Jesus incita a orar – as duas estradas – os falsos profetas – os dois fundamentos.

O Sermão do Monte visto nos seus subtítulos dá um resumo direto de seu conteúdo. Para quem já leu ou lê periodicamente essa notável peça literária, só em ver os subtítulos nomeados há de lembrar-se do texto e sua mensagem. Pode até ser que pessoas gostem mais de um ou outro segmento desse sermão do Mestre. Jesus Cristo dirigiu-se a seus ouvintes, mas um estudo do texto mostra que este é válido para qualquer cidadão, de qualquer geografia, de qualquer época, de qualquer fé religiosa. A mensagem contém consolo aos acabrunhados, libertação aos cativos de temores, orientação moral e espiritual, sabedoria aos entendidos e cura aos doentes; estas têm sido a experiência de muitas pessoas ao redor do mundo.

 Esse sermão proferido não num templo mas ao ar livre de uma  montanha, é o resumo do ministério do mestre Cristão. Diz a Bíblia que ao encerrar seu discurso “...estavam as multidões maravilhadas da sua doutrina; porque as ensinava como quem tem autoridade...” (Mat. 7: 28,29). É só grifar as palavras “doutrina” e “ensinava” para ver que ele estava dando uma aula aos seus seguidores, de todas as épocas. O que um professor pretende ao ensinar seus alunos? Que eles assimilem as lições, aprendam o conteúdo e possam aplicá-lo aos problemas, não apenas os escolares, mas também os da vida. Os cristãos são alunos de Jesus Cristo, e bem fariam em aprender bem as lições ensinadas por seu Mestre e aplicá-las às suas vidas. Praticar os conceitos apresentados no Sermão do Monte põe o aluno cristão na linha de coerência com seu Mestre.

Uma importante líder religiosa do século XIX, Mary Baker Eddy, ao ressaltar a importância do Sermão do Monte disse: “Em minha opinião, o Sermão do Monte, lido a cada domingo, sem comentários, e obedecido durante toda a semana, seria suficiente para a prática cristã” (Mensagem para a Igreja Mãe para o ano de 1901, p.11:17). Aí está! Conhecer os conceitos através da leitura é um primeiro passo importante. O seguinte é pôr em prática os conceitos estudados. Isso Jesus deixa bem claro no final do seu ensinamento dentro do item “Os dois fundamentos”: ouvir a palavra e praticá-la. Isso fortalece o viver do cristão e não haverá chuvas nem cheias nem ventos de doutrinas contrárias que o abalem. Ter nossa fé e amor cristãos fortemente alicerçados nos valores espirituais do Cristianismo é uma das grandes necessidades da humanidade na atualidade.

Ser cristão significa viver os preceitos do Sermão na prática. Significa vivenciar alegria genuína por conhecer as bem-aventuranças. Sabem os cristãos que sua vida vale como sal e é como uma luz para os homens. Regozijam-se por que Cristo Jesus veio para cumprir a lei divina e em saber que o Cristo institui uma nova ordem quanto aos homicídios, adultério, juramentos e sentimentos de vingança, exaltando todos ao amor e à fraternidade. Eles sabem como praticar a justiça, como dar esmolas, orar e jejuar. Eles conhecem e sabem que a oração do Senhor atende a todas as necessidades humanas e não vivem na temeridade de andar ansiosos pela sua vida. Eles sabem que do Senhor vem o suprimento, sabem que o juízo temerário não está de acordo com o caráter cristão, compreendem a importância de viver a regra áurea: fazei aos outros o que quereis que vos façam, sabem diferençar o caminho mau do bom, sabem acautelar-se dos falsos profetas e sabem construir sua vida solidamente sobre a rocha da Verdade, o Cristo.

O homem que sabe conduzir sua vida como citado acima, é um grande exemplo para o gênero humano, o qual pode contemplar o grau de liberdade que gozam aqueles que praticam o cristianismo, fiel e metodicamente. Assim o homem vive livre de preocupações por saber que o Pai supre todas suas necessidades. Não vive a espezinhar os outros, pois não gosta de ser tratado assim. Não maltrata ou rouba outras pessoas, sabendo que esse não é caminho para o gozo da liberdade e da satisfação plena. Sabe buscar na oração a solução para seus males, abençoando assim os outros também.

Gosto especialmente das bem-aventuranças ou beatitudes, ou atitudes que nos deixam felizes: humildade, mansidão, misericórdia, pacificação, pureza de coração.  As vicissitudes da vida: tristeza, fome, perseguição não abalam a felicidade espiritual e genuína imanente aos filhos de Deus. Quando deixamos tudo nas mãos de Deus-Pai-Mãe, reconhecemos Sua natureza infinitamente harmoniosa, Sua onipresença e onipotência, Seu amor que supre as necessidades genuínas, que perdoa nossas falhas e nos livra de todo mal. Tenho usado a Oração do Senhor como recurso espiritual em momentos de necessidade espiritual, de ansiosidade, de decisão, de penúria financeira e de cura. Aqui posso citar curas de dor de ouvido, dores musculares, gripes e resfriados, tosse, dor de coluna, e também “dor de cotovelo”,  quando atos de bondade foram mal interpretados. Todas esta coisas e muitas outras cederão naturalmente ao “cicio tranqüilo e suave” da ação universalmente curativa, consoladora e salvadora da Verdade.

O Sermão do Monte corresponde à descrição da “árvore da vida” no Apocalipse que está plantada às margens do “rio da vida” e cujas “folhas são para a cura dos povos” (Apo 22:2).


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