Vemos a beleza das coisas ao redor
quando estamos alegres.
Alguém que tenha a consciência
perturbada por causa da tristeza ou da preocupação ou do medo e mesmo do ódio
não vê a beleza das coisas ao seu redor. Nós ditamos a natureza do que vemos,
com nosso pensamento. Um mesmo quadro que gostamos de ver, não nos parece belo
quando a tristeza ou a preocupação dominam em nosso coração. Se esses
sentimentos forem de caráter temporário, eles se desfarão com o tempo, e a
visão das coisas belas voltará. Pior para alguém é ter essas nuvens negras
pesando na consciência, seja na sub ou inconsciência, pois terá mais trabalho
para desfazer-se desses empecilhos. Mas é bom saber que é possível.
Uma alma alegre vê a beleza se expressando até
nos detalhes mais insignificantes de uma flor, de um inseto, de um gesto amigo.
Nós vemos as coisas com nosso pensamento, quero dizer vemos com o
acompanhamento de nosso pensamento. Algo que em nosso pensamento dizemos ser
feio, assim o veremos; e vice-versa.
“O homem vê o que crê,
tão certamente como crê o que vê” (CeS, p...),
diz Mary Baker Eddy. Isso é
igualmente verdade quando vemos gestos ou atitudes de pessoas. Nossos conceitos
de bom e belo nos farão gostar ou detestar do que as pessoas diante de nós
façam. Tudo aquilo que fere ou ataca nossos padrões básicos de beleza ou de
ordem, nos desagrada; vêmo-lo até à distância e não gostamos.
O outro lado da moeda também é
importante. As coisas belas que vemos ao nosso redor cooperam para nos dar
alegria. E quando há todo um conjunto de coisas belas chamando nossa atenção,
irrompe uma grande felicidade dentro de nós. Quando a radiância da Alma—a
beleza da natureza—e a alegria de nossa alma se unem há uma conjugação de
sentimentos que eleva nosso eu a alturas espirituais. Acho que é o que sentimos
no paraíso.
O que a natureza nos oferece
podemos chamar de beleza perene; a beleza que produzimos humanamente podemos
chamar de beleza fugaz porque os elementos que a constituem se mudarão com o tempo. Gosto do
que disse Eddy:
“A beleza faz parte da vida, habita
para sempre na Mente eterna e reflete os encantos do bem divino em expressão,
forma, contorno e cor. É o Amor que pinta as pétalas com miríades de matizes,
cintila no cálido raio de sol, traça na nuvem o arco de beleza, adorna a noite
com joias estelares e cobre de encanto a terra” (CeS,
p. 247).
Poderíamos resumir a ação
divina com a frase:
“O Amor, perfumado pelo
desprendimento do ego, inunda tudo de beleza e de luz” (CeS,
p. 516).
Que alegria para nossa
alma, sentir e saber de toda essa presença benévola!
...oo0oo...
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