À
medida que o conhecimento material diminuir e a compreensão espiritual aumentar
os objetos reais serão percebidos mentalmente em vez de materialmente” (CeS,
p. 96)
O “conhecimento
material” e a “compreensão espiritual” são dois opostos que albergamos em nossa
consciência. Constantemente fazemos cotejos desses opostos sob o balizamento de
padrões definidos em nossa escala de valores. O processo em nosso pensamento
aumenta ou diminui um deles, alternadamente. Quando crescemos em compreensão ou
percepção espiritual, é porque o conhecimento material está sendo mantido sob
controle. Lamentavelmente, o oposto também pode ocorrer.
Ele,
o processo, se dá na consciência humana. Até quando ele se estende? O confronto
final não tem tempo para ocorrer; segue até o conhecimento material se anular e
a percepção espiritual se engrandecer e se unir à Consciência Universal. Um se
anula e outro se torna infinito. E isso para o bem da humanidade.
Humanamente
talvez busquemos o auxílio do livre arbítrio; mas neste caso ele não será de
utilidade, pois seu emprego tende a buscar um equilíbrio, que humanamente é
muito desejado, mas espiritualmente não podemos nos satisfazer com equilíbrio
entre o bem e o mal em nossa consciência. Nessa o bem e o mal se combatem e
mutuamente se excluem; não podem conviver em paz. De um lado podemos anotar: crenças materiais, conhecimento material, materialismo, sugestões
mentais agressivas, ódio, medo, preocupações, escassez, doenças, mortalidade.
Em contraposição vemos: compreensão espiritual, percepção espiritual, conceitos
divinos, Amor, Mente, atributos divinos, coragem, confiança, fé, abundância,
saúde, espiritualidade, imortalidade. É muito fácil aumentar as listas de ambos
os lados.
A
colocação de M. B. Eddy no resumo deste artigo, dá uma rápida pincelada do que
acontece quando deixamos a compreensão espiritual predominar em nosso pensamento.
Quando a percepção espiritual aumenta o conhecimento material diminui, e então
a realidade das coisas nos aparece nitidamente, sendo percebida mentalmente. Em
outra página Eddy esclarece:
“Quando a
compreensão muda os pontos de vista sobre a vida e a inteligência, de uma base
material [conhecimento material] para uma base espiritual, alcançamos a
realidade da Vida, o controle da Alma sobre os sentidos, e percebemos o
Cristianismo...em seu Princípio divino” (CS,
p. 322).
O balanceamento entre os dois lados
começa no pensamento dos indivíduos e se estende depois à comunidade e
humanidade. Mas onde reina o egotismo e materialismo (a mundanalidade) o
equilíbrio de forças não aparece com muita nitidez. Por isso Eddy diz:
“Este mundo
material está se tornando uma arena de
forças em conflito. De um lado haverá desarmonia e consternação; do outro lado
haverá Ciência e paz. A desagregação das crenças materiais pode parecer fome e
peste... Essas perturbações continuarão até o fim do erro...” (CeS, p. 96).
A
questão do cotejamento entre o bem e o mal, não é privilégio da presente
geração. O apóstolo Paulo já chamava a atenção de seus leitores romanos:
“Por que os que
se inclinam para a carne [conhecimento material] cogitam das coisas da carne;
mas os que se inclinam para o Espírito [percepção espiritual] das coisas do
Espírito” (Romanos 8: 5).
O
próprio apóstolo mostra os resultados das duas opções:
“O pendor da
carne dá para a morte, mas o do Espírito para a vida e paz” (Idem
8: 6).
Temos
o livre arbítrio para escolher, mas tenhamos em mente o que nos espera num
futuro que pode não ser remoto. E se não gostarmos do que se tornou nossa vida
humana e nossos afazeres, não culpemos a ninguém, nem ao Pai-Mãe.
Aconselhamento temos às pampas (em abundância), e dou um exemplo:
“A mente humana
age mais poderosamente para corrigir as desarmonias da matéria e os males da
carne, na proporção em que põe menos peso no prato material ou carnal da
balança e mais peso no prato espiritual” (CeS, p. 155)
A
comparação do processo de escolha do que vamos aceitar como realidade, seja com
uma gangorra ou com uma balança, tem o foco principal na importância que a
pessoa dedique a um ou outro aspecto. É importante saber que essas opções
determinarão a harmonia e ou não da experiência das pessoas (cada um com sua).
É também importante que as decisões individuais tenham um equilíbrio interno
entre a razão e a emoção, entre a mente e a alma, entre a cabeça e o coração.
Tem de haver unidade emocional individual.
Essas duas aptidões individuais precisam andar
juntas e servirem de balizas no direcionamento de nossa mente para a Mente
divina. Isso determinará a harmonia de nossa existência, e servirá de modelo
para toda a humanidade, ajudando-a, assim, a superar suas deficiências e
fraquezas.
.-.
FOCO HOLÍSTICO:
Esta crônica me faz lembrar da
estória do sábio indígena falando com seu neto. Explicava o sábio que
dentro de cada um de nós existem 2 lobos em constante briga - um lobo bom (que
representa todas as coisas boas), e um lobo mau (que representa todas as coisas
ruins). E o neto indagou: mas qual vai vencer? E o sábio respondeu:
aquele que você alimentar. E escolha é nossa de qual vamos alimentar,
engordar e fazer vencer a briga. Muitas vezes alimentamos os lobos sub ou
inconscientemente. Portanto sempre importante rever nossos padrões mentais,
crenças, tradições, emoções-base (tristeza, escassez, raiva, separação, e todos
os medos). Entendendo o “filme” ou software que esteja rodando e sendo
projetado na nossa consciência, podemos fazer escolhas conscientes e alinhadas
com a vontade divina. William Trentini.
...oo0oo...
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