Este conceito pode expandir
enormemente o ser do homem e o alcance de seu pensamento
Na
Ciência Cristã é usual o conceito da natureza do homem como “reflexo” de Deus. A
descobridora deste sistema espiritual, Mary Baker Eddy, expõe minuciosamente o
conceito em sua obra Ciência e Saúde com
a Chave Escrituras. A base do conceito é a descrição da criação do homem
(homem e mulher) como relatada no Gênesis: “Criou
Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os
criou” (Gênesis 1: 27).
A
compreensão espiritual deste fato é um dos pontos altos na doutrina dessa
denominação. Para compreender bem a natureza do homem deve-se começar por
compreender bem a natureza de Deus; compreender o original para compreender o
reflexo ou imagem. O desdobramento lógico de tal premissa leva a concluir que o
homem tem, na verdade, uma natureza distinta da figura humana. Esta, aliás, não
é a imagem de Deus, o Espírito. Radical! Não? Mas compreensível.
Eddy
expõe detalhadamente uma linha de entendimento para compreendermos que o homem
é a imagem, o reflexo de Deus, contando, por isso com características
refletidas de seu Criador. Temos que cuidar em nosso pensamento para não ficar
imaginando que nossa figura humana reflita o Espírito. A ideia de que
refletimos Deus, parece muito similar a nos vermos diante de um espelho
especial no qual o Pai nos vê.
Para
não escorregarmos nessa esparrela de pensar que o corpo humano físico é semelhante a Deus existe um outro
enfoque para entender que o homem é o reflexo de Deus. Vamos pensar em um
artista, ou um autor, preparando suas obras-se-arte que mais tarde serão
admiradas pela humanidade. É fácil de imaginar um Mozart, ou um Da Vinci
trabalhando em seus ambientes e cercados de toda sorte de circunstâncias
pessoais, felizes ou infelizes, amorosas ou rancorosas, de saúde ou de doença.
Suas obras ficarão invariavelmente marcadas por tais circunstâncias retratando
com perfeição ou falhas o momento que atravessava o artista. As obras do
artista refletem seu estado de espírito quando compunham uma música ou
entalhavam a madeira ou pintavam uma tela. As obras refletem também o estilo do
autor, sua aptidão, sua dedicação à arte, sua inteligência no uso dos
materiais. As obras não refletem a figura do autor, mas tão somente suas
aptidões.
Agora
podemos ver o homem, reflexo de Deus, sob outra perspectiva. Não precisamos
mais imaginar-nos como semelhantes à “figura” divina, mas sabemos que
refletimos o estilo divino de criar: com perfeição, inteligência, sabedoria,
força, amor. Refletimos o Pai-Mãe pela perfeição, inteligência, sabedoria,
força, amor, saúde com nos criou. Cônscios dessa característica de criação
poderemos vivencia-la entre os homens em vidas “sublimes e nobres”.
Eddy
esclarece mais um pouco este enfoque. Diz: “Deus
modela todas as coisas segundo Sua própria semelhança. A Vida se reflete na
existência [vitalidade], a Verdade,
na veracidade [honestidade], e Deus,
no bem, [excelência] os quais
transmitem sua própria paz e permanência” (CeS, p. 516), por isso o homem,
no seu verdadeiro ser, é belo, forte, livre, puro e são.
O
conceito da reflexão espiritual pode ser expandido. Para isso lançamos mão de
algumas colocações de Eddy em Ciência e Saúde. “O universo reflete o poder
criador do Princípio divino” (p. 507), e “Deus expressa no homem a ideia infinita...”
(p. 258). O homem, reflexo de Deus, vive nesse universo como uma ideia
infinita. Que estupenda expansão de nosso ser, e escopo de vida!
...oo0oo...
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