sábado, 14 de março de 2015

“Não foi nada!”

A expressão do título não dever externada superficialmente, mas sim conscientemente.

Uma criança chorando por ter batido o pé ou a mão, com certeza ouvirá da mãe ou do pai a expressão: “Não foi nada!” visando acalmá-la e desviar a atenção do acontecido. Embora não surta maior efeito, tal expressão é melhor do que a fixação no local atingido por meio: “Deixa a mãe ver onde foi! Coitadinho, doeu muito?”

No livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, a autora aborda essa questão, citando o caso de uma mãe que “corre para sua filhinha, que pensa ter machucado o rosto ao cair no tapete, e diz, lastimando-se com mais infantilidade do que a criança: ‘Mamãe sabe que te machucaste’. O método melhor e mais eficaz que as mães devem adotar é dizer: ‘Não foi nada! Não te machucaste, e não penses que estás machucada’. Logo a criança esquece a queda e continua a brincar” (p. 154).

Para quem procura aplicar o Cristianismo prático demonstrado por Cristo Jesus, uma situação desagradável talvez evoque a mesma expressão: “Não foi nada!” Não há nada de errado nisso. Mas algum resultado prático só virá à tona se a afirmação for enfaticamente consciente de que a matéria não tem sensação, ao invés de mera repetição verbal. É preciso que siga outra afirmação consciente de que a matéria não tem sensação. Esta afirmação corretiva nem precisa ser audível.

Permitam-me exemplificar o processo; a expressão matemática 2 + 2 = 5 é um erro. Para corrigi-lo temos que apagar o 5 e inscrever no lugar o número 4, para obtermos  a resposta correta. Se apenas apagarmos o “5” sem escrever o número certo, a expressão fica sem ser corrigida e o espaço vazio poderia ser ocupado por outro algarismo incorreto. O mesmo raciocínio é aplicável para expressões errôneas do tipo: 2+2=4,1 ou então: 2+2=50. Não importa para o principio da matemática o quanto o resultado foi desviado da resposta correta. Erro é sempre erro e deve ser corrigido pela verdade. Aliás, não é o matemático quem corrige o erro; é a regra matemática que o faz; a pessoa apenas aplica a regra. Na situação humana ocorre algo semelhante. Uma anomalia, uma dor, são evidencias de algo mau, tal como um resultado mau na matemática. Nesta chamamos isso de erro, e podemos chama-lo assim também na questão humana. Assim o erro tem de ser apagado, o que equivale a negar-lhe realidade, como exemplificado na citação de Eddy acima.

Como vimos no exemplo matemático, depois de apagado o erro, o espaço tem de ser preenchido com a verdade. Na Ciência Cristã esse preenchimento se dá com afirmações da Verdade sobre o homem e sobre Deus, do tipo: Deus é o bem, a Vida, a Verdade, e o homem é a imagem e semelhança de Deus: Deus perfeito e homem perfeito. Esse conjunto de verdades anula o erro no pensamento humano e traz à luz a perfeição, a harmonia, o bem-estar da criação divina na qual está incluído o homem.


Mas é bom saber que a correção do erro é realizada pela Verdade divina no pensamento, não pela pessoa que recorre à Verdade. A cura ou remoção do erro é tarefa que a Verdade divina realiza, e ela o faz de modo irresistível. 

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