Saber qual a vontade Deus para Seus filhos traz
harmonia a nossa vida
O tema da vontade de Deus é muito
vasto! Pode suscitar debates prolongados. Mas conhecer o que é a vontade de
Deus é por demais importante para não ser abordado seriamente.
Todos os cristãos devotos oram
diariamente a Oração do Senhor que é um marco expressivo dos ensinamentos de
Cristo Jesus. Nessa oração afirmamos: “Faça-se a Tua vontade” (Mateus
6:10). Talvez nem pensemos o que essa afirmação implica ou requer de nós.
Talvez nem estejamos conscientes da profundidade de nossas palavras, se forem
proferidas sem acompanhamento de compreensão espiritual. Evocar a vontade de
Deus requer que entendamos que isso significa uma disposição de nossa parte: a
humildade.
Não raro pronunciamos a oração
acompanhando-a com um cortejo de crenças humanas, crenças que nos impedem de
alcançar a consciência espiritual que o Pai-Nosso contém e que é o agente
espiritual poderoso capaz de nos livrar do mal, dos problemas de toda ordem.
Gostaria de considerar duas crenças errôneas muito comuns entre nós cristãos:
1. Crença errônea: Que Deus envia a doença.
Esta crença errônea está baseada
numa ignorância a respeito de Deus. Se compreendermos claramente que Deus é
Bom, ou seja, que Ele é o BEM, não diremos que do BEM possa vir algo mau para
os filhos e filhas de Deus. Do sol, fonte de luz, emana luz, não trevas; de
Deus, a fonte do BEM, emana o que é bom, só e exclusivamente. Essa orientação
do pensamento abrange todos os aspectos infinitos da divindade que, sendo boa,
forte, inteligente, pura e perfeita, só pode enviar ou emitir o que é bom aos
Seus filhos. O mal que presenciamos em nossa vida ou em nossas atividades pode
ter várias razões ou origens, e deve ser enfrentado adequadamente, conforme o
caso.
O que está sendo combatido aqui é
a crença maléfica de que Deus envie a doença. Cabe às pessoas fixarem seu
pensamento na direção correta—p.ex, Deus é bom e só envia o bem—para não
perderem seu rumo. A crença sob foco tende a criar uma outra crença, a saber:
que as pessoas não devam lutar contra a vontade de Deus, e não buscar solução
para seus problemas quer sejam emocionais, físicos ou de negócios. Essa
crendice desincentiva o cristão para agir no sentido de enfrentar e resolver seus problemas inclusive de saúde. E
por quê? Porque ele tem um receio secreto de que Deus pode ter lhe enviado essa
provação para que dê provas do grau de sua fé; ou que Deus lhe enviou esse mal
como castigo por algum pecado cometido (quer esteja consciente ou não desse
pecado). Tem medo de que enfrentar o sofrimento, a angústia os sintomas por
meio da oração que isso poderia ser interpretado como uma rebeldia contra Deus
e Sua vontade e assim cair no desagrado divino.
Mas o que dizem as Escrituras: “Eu
sou o Senhor que te sara” (Êxodo 15:26). Essa é uma promessa alentadora das muitas que
a Biblia registra. Se pesquisar no livro
que é um companheiro da Bíblica, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de autoria de Mary Baker Eddy encontrará o seguinte
esclarecimento: “É nossa ignorância a respeito de Deus, o Princípio divino,
que produz aparente desarmonia, e compreendê-Lo corretamente restaura a
harmonia” (p.390). Nós humanos, não estamos condenados por Deus, nosso
querido Pai-Mãe que nos ama e quer o melhor para cada um de nós. Deixe que essa
promessa da possibilidade da cura se desdobre gradativamente em sua
consciência.
2. Crença errônea: Que Deus castiga as pessoas
Que Deus castigue as pessoas por
terem agido mal é um ledo engano dos mortais. Mas que ninguém se iluda com o
pensamento: se Deus não castiga o mal-feito então posso agir como quiser! E
nada vai me acontecer!” Tolo engano! O mal que praticamos, consciente ou
inconscientemente, traz consigo o próprio castigo, pois a prática do mal sempre
está acompanhada de(da exigência de que temos que sair das trevas e ir para a
luz.) de um mau resultado. Pecar, é
sinônimo de mal agir? O mal, traz consigo o castigo por um pensamento ou ato
pecaminoso. Não é Deus quem castiga; é o mal que se castiga a si mesmo. E por
que isso é assim? Para que as pessoas se abstenham de agir mal, ou pecar,
ou temer, ou odiar.
Se Deus não castiga o pecado, pode
Ele perdoar o pecado? Vamos pensar do seguinte modo: Deus não perdoa o pecado,
Ele perdoa o pecador; o pecado precisa desaparecer da vida do homem; e quando
isto acontece, o pecador está perdoado, porque o pecado não mais existe. Sem
pecado não há pecador; sem pecado não há necessidade de perdão. Assim o pecado,
o mal, o ódio, etc devem desaparecer, devem ser destruídos pelo poder do oposto
do mal, ou seja, o BEM, que como vimos acima, é a principal característica de
nosso Deus-Pai-Mãe.
A graça divina não deixa Deus
castigar Sua criação -- o homem, a mulher e a criança -- mas vem ao encontro de
cada um de nós para nos redimir do mau-agir, para parar de pecar e nos abster
de praticar o mal. Uma vez redimido o homem deixa para trás em seu pensamento
toda e qualquer crença errônea a respeito de como Deus age para conosco. Saberá
que é amado, amparado, sarado, cuidado e salvo.
Podemos orar em paz e de modo consciente:
“Faça-se a Tua vontade” com toda segurança e confiança na ação do
todo-poder divino.
...oo0oo...
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