sábado, 7 de março de 2015

Aceitando a vontade de Deus!

Saber qual a vontade Deus para Seus filhos traz harmonia a nossa vida

O tema da vontade de Deus é muito vasto! Pode suscitar debates prolongados. Mas conhecer o que é a vontade de Deus é por demais importante para não ser abordado seriamente.

Todos os cristãos devotos oram diariamente a Oração do Senhor que é um marco expressivo dos ensinamentos de Cristo Jesus. Nessa oração afirmamos: “Faça-se a Tua vontade” (Mateus 6:10). Talvez nem pensemos o que essa afirmação implica ou requer de nós. Talvez nem estejamos conscientes da profundidade de nossas palavras, se forem proferidas sem acompanhamento de compreensão espiritual. Evocar a vontade de Deus requer que entendamos que isso significa uma disposição de nossa parte: a humildade.

Não raro pronunciamos a oração acompanhando-a com um cortejo de crenças humanas, crenças que nos impedem de alcançar a consciência espiritual que o Pai-Nosso contém e que é o agente espiritual poderoso capaz de nos livrar do mal, dos problemas de toda ordem. Gostaria de considerar duas crenças errôneas muito comuns entre nós cristãos:

1.      Crença errônea: Que Deus envia a doença.
Esta crença errônea está baseada numa ignorância a respeito de Deus. Se compreendermos claramente que Deus é Bom, ou seja, que Ele é o BEM, não diremos que do BEM possa vir algo mau para os filhos e filhas de Deus. Do sol, fonte de luz, emana luz, não trevas; de Deus, a fonte do BEM, emana o que é bom, só e exclusivamente. Essa orientação do pensamento abrange todos os aspectos infinitos da divindade que, sendo boa, forte, inteligente, pura e perfeita, só pode enviar ou emitir o que é bom aos Seus filhos. O mal que presenciamos em nossa vida ou em nossas atividades pode ter várias razões ou origens, e deve ser enfrentado adequadamente, conforme o caso.

O que está sendo combatido aqui é a crença maléfica de que Deus envie a doença. Cabe às pessoas fixarem seu pensamento na direção correta—p.ex, Deus é bom e só envia o bem—para não perderem seu rumo. A crença sob foco tende a criar uma outra crença, a saber: que as pessoas não devam lutar contra a vontade de Deus, e não buscar solução para seus problemas quer sejam emocionais, físicos ou de negócios. Essa crendice desincentiva o cristão para agir no sentido de enfrentar e  resolver seus problemas inclusive de saúde. E por quê? Porque ele tem um receio secreto de que Deus pode ter lhe enviado essa provação para que dê provas do grau de sua fé; ou que Deus lhe enviou esse mal como castigo por algum pecado cometido (quer esteja consciente ou não desse pecado). Tem medo de que enfrentar o sofrimento, a angústia os sintomas por meio da oração que isso poderia ser interpretado como uma rebeldia contra Deus e Sua vontade e assim cair no desagrado divino.

Mas o que dizem as Escrituras: Eu sou o Senhor que te sara(Êxodo 15:26).  Essa é uma promessa alentadora das muitas que a Biblia registra.  Se pesquisar no livro que é um companheiro da Bíblica, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de autoria de Mary Baker Eddy encontrará o seguinte esclarecimento: “É nossa ignorância a respeito de Deus, o Princípio divino, que produz aparente desarmonia, e compreendê-Lo corretamente restaura a harmonia” (p.390). Nós humanos, não estamos condenados por Deus, nosso querido Pai-Mãe que nos ama e quer o melhor para cada um de nós. Deixe que essa promessa da possibilidade da cura se desdobre gradativamente em sua consciência.

2.      Crença errônea: Que Deus castiga as pessoas
Que Deus castigue as pessoas por terem agido mal é um ledo engano dos mortais. Mas que ninguém se iluda com o pensamento: se Deus não castiga o mal-feito então posso agir como quiser! E nada vai me acontecer!” Tolo engano! O mal que praticamos, consciente ou inconscientemente, traz consigo o próprio castigo, pois a prática do mal sempre está acompanhada de(da exigência de que temos que sair das trevas e ir para a luz.) de um mau resultado.  Pecar, é sinônimo de mal agir? O mal, traz consigo o castigo por um pensamento ou ato pecaminoso. Não é Deus quem castiga; é o mal que se castiga a si mesmo. E por que isso é assim? Para que as pessoas se abstenham de agir mal, ou pecar, ou temer, ou odiar.

Se Deus não castiga o pecado, pode Ele perdoar o pecado? Vamos pensar do seguinte modo: Deus não perdoa o pecado, Ele perdoa o pecador; o pecado precisa desaparecer da vida do homem; e quando isto acontece, o pecador está perdoado, porque o pecado não mais existe. Sem pecado não há pecador; sem pecado não há necessidade de perdão. Assim o pecado, o mal, o ódio, etc devem desaparecer, devem ser destruídos pelo poder do oposto do mal, ou seja, o BEM, que como vimos acima, é a principal característica de nosso Deus-Pai-Mãe.

A graça divina não deixa Deus castigar Sua criação -- o homem, a mulher e a criança -- mas vem ao encontro de cada um de nós para nos redimir do mau-agir, para parar de pecar e nos abster de praticar o mal. Uma vez redimido o homem deixa para trás em seu pensamento toda e qualquer crença errônea a respeito de como Deus age para conosco. Saberá que é amado, amparado, sarado, cuidado e salvo.

Podemos orar em paz e de modo consciente: “Faça-se a Tua vontade” com toda segurança e confiança na ação do todo-poder divino.


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