A busca do entendimento
da realidade do homem não pode ser filtrada pelos sentidos
O
prezado amigo e leitor provavelmente já se deparou com a indagação existencial:
“O que sou eu? Qual minha realidade?” Esta questão atinge muitas pessoas. Quem
se dispuser a respondê-la com base nas aparências, ou seja, com base nos cinco
sentidos, percebe uma insatisfação decorrente do envolvimento da existência com
inúmeros problemas e limitações. Como livrar-se dessa insatisfação? Mudando a
base do entendimento, passando do testemunho dos sentidos físicos para o
testemunho dos sentidos espirituais. Mas estes existem mesmo? Com certeza! Com
que outro sentido podemos sentir alegria, felicidade, entusiasmo?
Outras
vezes surgem indagações diferentes. Quando alguém se defronta com vários
problemas físicos soe perguntar-se: “Por que isso acontece comigo?” E o Cristão
poderia perguntar-se: “Isso aí é a minha realidade?” Pela palavra bíblica a
realidade do homem é a da criação de Deus: “Criou
Deus, pois, o homem à Sua imagem; homem e mulher os criou” (Gen. 1: 26).
Então, ao olharmos nossa condição material, nossa aparência aos sentidos
físicos, vemos uma contradição: o aspecto material em contraste com a verdade
espiritual. Qual deles apresenta a verdade?
Para
decidirmos que rumo tomar nesse dilema, podemos buscar orientação na literatura
religiosa. A Bíblia, com toda certeza, é o primeiro livro a recorrer. Depois
das Sagradas Escrituras tomo o livro Ciência
e Saúde com a Chave das Escrituras*, de autoria de Mary Baker Eddy,
descobridora e fundadora da Ciência Cristã no ano de 1866. Nesse livro-texto de
metafísica, ela escreve à página 472: “Toda
a realidade está em Deus e Sua idéia”--imagem e semelhança. Sendo Deus
perfeito, conclui-se que a perfeição espiritual é a base da realidade e que o
corpo físico, por ser o oposto do Espírito, está longe dessa realidade. Para
conhecer a realidade é preciso saber a Verdade a respeito de Deus e Sua
criação.
No
mesmo livro a Sra. Eddy expande o conceito correto sobre a realidade. Diz: “A realidade é espiritual, harmoniosa,
imutável, imortal, divina, eterna” (p. 335:26-28). Qualquer circunstância
que em nossa vida seja diferente de “espiritual,
harmoniosa, imutável, imortal, divina, eterna” podemos com segurança jogar
no lixo da materialidade, e não lhe emprestar mentalmente qualquer resquício de
realidade. Qualquer acolhida que dermos aos opostos da realidade como se fossem
fatos, tende a desarmonizar nosso pensamento, o qual, então, projeta esses
males no corpo físico. As doenças e males físicos se incluem nessa condição. A
cura resulta do reconhecimento da realidade do homem criado por “Deus à Sua imagem”.
Há
algum tempo fui desafiado por uma série de “atentados” à minha integridade
física, do tipo, dores generalizadas no corpo, dor de ouvido, tosse. Eu orava
para reconhecer a Verdade, mas não surgia nenhuma inspiração nova. Por fim
perguntei-me: “Mas , afinal, qual é a minha realidade? É essa porção de
sintomas que sinto no corpo? Com certeza, não!, respondi.” Então me vieram à
mente vários trechos inspiradores, alguns já citados acima. Mas o toque final
que restabeleceu meu pensamento no rumo certo e pôs uma pá de cal sobre os
sintomas foi a declaração da Sra. Eddy no Ciência
e Saúde: “As três grandes verdades do
Espírito: a onipotência, a onipresença e a onisciência—o Espírito a possuir todo poder, a encher todo o espaço, a constituir
toda a Ciência—contradizem para sempre a crença de que a matéria possa ser real”
(p. 109/110). Nossa realidade está embutida nessa verdade.
.o0o.
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