É importante a contribuição
individual para a paz no mundo
As guerras e os rumores de guerras sempre são
inquietantes, tanto para os que estão no palco de operações quanto para os que
à distância vêem e ouvem sobre as barbáries em andamento.
Mas o séquito de notícias que acompanham os tristes
acontecimentos inclui também um chamamento de ação às pessoas de bem. Mas o que pode fazer alguém que esteja longe
da guerra para cooperar para a paz no mundo?
Não só pode como deve fazer o que estiver ao seu alcance―e a oração é
esse algo que sempre pode ser feito, embora não seja exclusivo.
Os cépticos duvidarão que uma simples oração de um
humilde cidadão ou cidadã possa resultar em algo palpável no tocante à paz
global. Os cépticos duvidam de tudo que
não compreendem. Mas há muitas maneiras de demonstrar que há resultados
práticos quando alguém age por motivos corretos. Todo indivíduo faz parte da
humanidade e, sempre que alguém é envolvido na paz, a humanidade é ajudada.
Um conflito entre pessoas começa por uma delas. Um conflito entre nações também começa por um
indivíduo que, por sua posição ou poder, logra envolver toda uma nação. A paz
entre pessoas igualmente começa pela ação de uma delas. A paz entre nações está
ligada a indivíduos que, conjunta ou isoladamente, atuem nesse sentido. O
Mestre Cristão no Sermão do Monte identificou a importância de pugnarmos pela
paz. Disse ele (Mateus 5:9): “Bem-aventurados os pacificadores ...”
Quem são eles? Como se chamam? Alberto, João, José, Maria, etc,? Se qualquer
nome pode aí ser incluído, então com certeza também o nosso. Isto mostra que
não devemos furtar-nos de preencher nosso papel.
A nossa contribuição está na atmosfera de paz que
geramos ao redor de nós, em nossa experiência humana, em nossa convivência com
outros seres humanos. Uma existência pacífica―a nossa―é uma responsabilidade
que não podemos delegar a outrem. Uma existência pacífica e pacificadora provém
de uma consciência pacífica e pacificadora. Na consciência de cada indivíduo
está a raiz, a origem, de palavras e atitudes que conduzem à tranqüilidade e
paz ao seu redor. Se uma pessoa mantém pensamentos beligerantes quanto a outras
pessoas―do tipo, rancor, crítica, ódio, ressentimento, inveja, ciúmes―ela não
está produzindo uma atmosfera pacífica ao seu redor. Enquanto que palavras e
atitudes de calma, paciência, compreensão, amor, fraternidade, respeito, p.
ex., são pacificadoras. Quem ocupa seu pensamento com tais qualidades morais
vive em paz e se torna como um grão de fermento em meio a uma massa mental
diferente, se não hostil. A massa para o pão, se altera quimicamente em
presença do fermento. O ambiente mental humano, em presença do fermento da
espiritualidade, também se modifica.
Pureza e
singeleza de coração são as armas do Espírito para eliminar conflitos no
indivíduo. Elas não são uma característica meramente humana; refletem os
atributos de um ser superior a quem nos acostumamos chamar de Deus-Pai. Há um
só Deus, Pai e Mãe de todos os homens a quem, corretamente denominados,
chamaríamos de irmãos. Isto nos põe na condição de filhos de Deus, o que
corresponde à segunda parte do versículo de Mateus mencionado acima: “... porque serão chamados filhos de Deus.” Pacificadores! Filhos de Deus!
Bem-aventurados! Podemos querer mais?
Isto está ao nosso alcance a cada dia, quando
despertamos, quando estamos no lar, no trabalho, na escola, na rua, na igreja.
Se saímos por aí xingando todo mundo de loucos, irresponsáveis, ladrões,
bandidos, corruptos, burros, certamente não estaremos levando paz ao mundo; a
resposta mais provável é um conflito. Mas quando saímos ao mundo e vemos nos
outros um filho de Deus, como nós, estaremos levando nossa contribuição à paz
mundial que, na verdade, é um grande somatório de pazes individuais.
Mary Baker Eddy, uma importante pensadora religiosa
do Séc. XIX, expõe a profundidade e os reflexos na humanidade do fato da
unicidade de Deus (Ciência e Saúde com a
Chave das Escrituras,* p.340
): “Um só Deus infinito, o bem
eterno, unifica homens e nações;
constitui a fraternidade dos homens; põe fim às guerras; cumpre o preceito das
Escrituras: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’; aniquila a idolatria pagã e
a cristã - tudo o que está errado nos códigos sociais, civis, criminais,
políticos e religiosos; estabelece a igualdade dos sexos; anula a maldição
sobre o homem”.
.o0o.
Nenhum comentário:
Postar um comentário