quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Eu prefiro a paz!

É importante a contribuição individual para a paz no mundo

As guerras e os rumores de guerras sempre são inquietantes, tanto para os que estão no palco de operações quanto para os que à distância vêem e ouvem sobre as barbáries em andamento.

Mas o séquito de notícias que acompanham os tristes acontecimentos inclui também um chamamento de ação às pessoas de bem.  Mas o que pode fazer alguém que esteja longe da guerra para cooperar para a paz no mundo?  Não só pode como deve fazer o que estiver ao seu alcance―e a oração é esse algo que sempre pode ser feito, embora não seja exclusivo.

Os cépticos duvidarão que uma simples oração de um humilde cidadão ou cidadã possa resultar em algo palpável no tocante à paz global.  Os cépticos duvidam de tudo que não compreendem. Mas há muitas maneiras de demonstrar que há resultados práticos quando alguém age por motivos corretos. Todo indivíduo faz parte da humanidade e, sempre que alguém é envolvido na paz, a humanidade é ajudada.

Um conflito entre pessoas começa por uma delas.  Um conflito entre nações também começa por um indivíduo que, por sua posição ou poder, logra envolver toda uma nação. A paz entre pessoas igualmente começa pela ação de uma delas. A paz entre nações está ligada a indivíduos que, conjunta ou isoladamente, atuem nesse sentido. O Mestre Cristão no Sermão do Monte identificou a importância de pugnarmos pela paz.  Disse ele (Mateus 5:9): “Bem-aventurados os pacificadores ...” Quem são eles? Como se chamam? Alberto, João, José, Maria, etc,? Se qualquer nome pode aí ser incluído, então com certeza também o nosso. Isto mostra que não devemos furtar-nos de preencher nosso papel.

A nossa contribuição está na atmosfera de paz que geramos ao redor de nós, em nossa experiência humana, em nossa convivência com outros seres humanos. Uma existência pacífica―a nossa―é uma responsabilidade que não podemos delegar a outrem. Uma existência pacífica e pacificadora provém de uma consciência pacífica e pacificadora. Na consciência de cada indivíduo está a raiz, a origem, de palavras e atitudes que conduzem à tranqüilidade e paz ao seu redor. Se uma pessoa mantém pensamentos beligerantes quanto a outras pessoas―do tipo, rancor, crítica, ódio, ressentimento, inveja, ciúmes―ela não está produzindo uma atmosfera pacífica ao seu redor. Enquanto que palavras e atitudes de calma, paciência, compreensão, amor, fraternidade, respeito, p. ex., são pacificadoras. Quem ocupa seu pensamento com tais qualidades morais vive em paz e se torna como um grão de fermento em meio a uma massa mental diferente, se não hostil. A massa para o pão, se altera quimicamente em presença do fermento. O ambiente mental humano, em presença do fermento da espiritualidade, também se modifica.

 Pureza e singeleza de coração são as armas do Espírito para eliminar conflitos no indivíduo. Elas não são uma característica meramente humana; refletem os atributos de um ser superior a quem nos acostumamos chamar de Deus-Pai. Há um só Deus, Pai e Mãe de todos os homens a quem, corretamente denominados, chamaríamos de irmãos. Isto nos põe na condição de filhos de Deus, o que corresponde à segunda parte do versículo de Mateus mencionado acima: “... porque serão chamados filhos de Deus.”  Pacificadores! Filhos de Deus! Bem-aventurados! Podemos querer mais?

Isto está ao nosso alcance a cada dia, quando despertamos, quando estamos no lar, no trabalho, na escola, na rua, na igreja. Se saímos por aí xingando todo mundo de loucos, irresponsáveis, ladrões, bandidos, corruptos, burros, certamente não estaremos levando paz ao mundo; a resposta mais provável é um conflito. Mas quando saímos ao mundo e vemos nos outros um filho de Deus, como nós, estaremos levando nossa contribuição à paz mundial que, na verdade, é um grande somatório de pazes individuais.

Mary Baker Eddy, uma importante pensadora religiosa do Séc. XIX, expõe a profundidade e os reflexos na humanidade do fato da unicidade de Deus (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras,* p.340 ): “Um só Deus infinito, o bem eterno,  unifica homens e nações; constitui a fraternidade dos homens; põe fim às guerras; cumpre o preceito das Escrituras: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’; aniquila a idolatria pagã e a cristã - tudo o que está errado nos códigos sociais, civis, criminais, políticos e religiosos; estabelece a igualdade dos sexos; anula a maldição sobre o homem”.


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