sábado, 9 de março de 2019

Por que, ou para que envelhecer?


As crenças envolvidas com envelhecimento podem, ser contornadas

   No mundo material e humano a idade tem evidências que acompanham os seres vivos, não raro enchendo-lhes a consciência com receios e preocupações, além de problemas contra os quais parece não haver meios de contorná-los.

   O ciclo de crescimento, amadurecimento e desaparecimento é visível em todos os reinos: animal, vegetal e humano. Um vegetal expõe suas qualidades até dar fruto, e então murchar ou fenecer para dar lugar a um novo ciclo. No caso de árvores os frutos evidenciam o ciclo em questão. Vegetais que não dão fruto, dão flores e sementes que preenchem o mesmo papel. Todos os tipos de animais passam pelo mesmo ciclo, grandes e pequenos, terrestres e marinhos. Mesmo entre insetos é possível detectar-se as fases mencionadas. Penso que até ETs convivam com tal condicionamento, logicamente próprio deles.

   O passar do tempo parece ser o fator incontornável para os seres viventes. Cada espécie tem ciclo temporal próprio. Nós humanos nos acostumamos a contar o tempo, passado e/ou futuro, e dentro dele desenvolvemos nossas atividades e nossas vidas. Por causa dele também cercamos e enchemos nossos pensamentos com preocupações e precauções por causa das crenças de que a idade traga problemas sérios de saúde e outras limitações. Se conseguíssemos livrar-nos dessas crenças, seria nossa existência no corpo eterna? Não! Mas seria isenta das preocupações que perseguem os humanos desde tenra idade. Será que os animais também se preocupam com o tempo? Logicamente, não. Eles não dispõem de capacidade mental. Mas imagine-se uma pessoa viver sem se preocupar com a idade. Ela seria muito feliz, penso eu.

   Essa possibilidade pode ser tirada do tempo condicional. As pessoas têm oportunidade e capacidade de lançarem mãos à capacidade mental de abstrair o tempo de seu pensamento, conscientemente. Basta assumir uma visão diferente e mais elevada de nossa existência. As crenças de vida na matéria são as que nos lançam no fosso dos problemas identificados com a idade. O que fazer então? Livrar-nos dessas crenças! Mas como? Recorrendo a conceitos e ideias sobre a origem do homem que desviem nossa fixação no ‘domínio’ material. A Ciência do Cristianismo tem os recursos para tal transcendentalismo, e a Bíblia é o foco básico dessa Ciência.

   O que Cristo Jesus ensinou e demonstrou está calcado nessa visão supra material. Senão, como poderia dizer: “Sede vós perfeitos, quão perfeito é o vosso Pai celeste” (Mateus 5:48). Como poderíamos nós ser semelhantes a Deus, o Espírito, com esta carcaça material que carregamos? O conselho do Mestre só tem validade se abstrairmos a entidade material e assumirmos a identidade espiritual. Ele, com toda certeza, tinha em mente o fato da criação do homem:
“Disse Deus: façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança. ... Criou Deus, pois, o homem à Sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou(Gên. 1:26, 27).

   Por acaso o prezado leitor conclui desse versículo que Deus tenha uma figura análoga à figura humana, e que sofra mutações como nós? Então é necessário que recicle sua lógica, e faça, em sua mente, o homem à semelhança de Deus, que sabemos ser infinito, não ter forma delimitada, estar em todo lugar e não estar dentro de objetos limitados. Como pode o homem finito ser semelhante ao Deus infinito? Acontece que esse homem finito não é a semelhança de Deus. Temos que abstrair nosso pensar do físico para perceber a semelhança espiritual do homem com Deus. Nossa percepção desse homem é um fato espiritual; ocorre na mente e não é visível aos sentidos físicos. As qualidades que reconhecemos em Deus, podemos saber que também pertencem ao homem semelhante a Deus. Lembrem-se das palavras do Mestre: “Sede perfeitos como vosso Pai celeste”.

   De que nos serve tal percepção? O melhor exemplo de serventia está na própria vida de Jesus e suas obras. Sem a percepção espiritual de nosso verdadeiro ser, não se pode realizar as demonstrações de poder espiritual evidenciado nas obras cristãs, inclusive curas. O modo como o Mestre lidava com situações materiais (aflitivas aos humanos) está muito bem ilustrada no relato do encontro de Jairo, chefe da sinagoga, com Jesus. Jairo havia pedido ao Mestre que fosse com ele para curar sua filha. No caminho recebeu a notícia do falecimento da filha. Ao chegarem na casa encontraram todo o alvoroço de um velório, onde, cfe. a tradição, se reuniam as viúvas para promover o choro. Jesus lhes disse para se acalmarem, posto que a menina não estava morta, mas ‘dormia’:
         “E riam-se dele, pois sabiam que ela estava morta” (Lucas 8:53).

   Pois Jesus fez a menina despertar do sono da morte, provando, assim, que tinha razão e que dissera a verdade. Para onde fora a ‘sabedoria’ dos chorões do velório? Digo que foi lançada no fosso da irrealidade, seu verdadeiro lugar. Esse acontecimento demonstrou que a visão cristã da vida tem uma tremenda serventia à humanidade. E essa condição não era uma capacidade exclusiva do Mestre, pois ele mesmo disse:
         “Aquele que crê em mim, fará também as obras que eu faço(João 14:12).

   Levando-se a sério o que Jesus ensinou  podemos realizar curas, físicas e/ou morais. O que falta é a disposição de carregar consigo na consciência a ‘cruz’ do desapego às crenças materiais, e os ditos prazeres materiais. Alguém poderia retrucar: “É mais fácil falar do fazer!” E eu responderia: Sim! Pois é preciso dedicar uma vida aos valores espirituais e transcendentais. Foi o próprio JC que chamou a atenção a respeito do seguir seus passos e obras:
Se alguém quer vir após mim [realizar as mesmas obras], a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me” (Mateus 16:24).

   As obras de Jesus Cristo, além de extraordinariamente beneficentes entre a humanidade, acarretam, contudo, uma enorme dose de amor ao próximo que transponha inclusive os ódios e ciúmes que recaem sobre o benfeitor. Foram as obras extraordinárias, em espécie e volume, que fizeram o povo seguir o Mestre, mas que também geraram o antagonismo e ódio dos fariseus e outros adversários. Será que esses sentimentos foram erradicados desde então? É melhor que os praticantes da Ciência do Cristianismo estejam de sobreaviso e alertas às maquinações do mal. Sua fiel aderência aos princípios divinos (aliados ao Espírito onipotente) lhes darão a vitória, em qualquer circunstância.
.o0o.

sábado, 26 de janeiro de 2019

ORAÇÃO PELO GOVERNO


Porque o Senhor é o nosso juiz poder judiciário;
O Senhor é o nosso legislador—poder legislativo;
O Senhor é nosso rei—poder executivo;
Ele (Deus) nos salvará!” (Não um presidente pessoal.)

É comum ouvir-se entre cristãos observações de que os cidadãos devem orar pelo governo. Mas como se faz isso? Que tipo de oração pode ser eficiente no trato da administração pública de um país ou um estado? É o que eu estava conjeturando fazer. Em meio a pesquisa de material para tal oração de cunho cristão, ocorreu-me que a melhor solução seria que os dirigentes públicos soubessem buscar na Mente infinita, Deus, a força moral, a sabedoria e a inspiração para seus atos. Por que isso? Eu encontrei na Bíblia Sagrada, mais exatamente no livro do profeta Isaías, a melhor fonte para tal posicionamento. Diz o profeta:
O Senhor é o nosso juiz, o Senhor é o nosso legislador, o Senhor é o nosso Rei; Ele nos salvará” (Isa 33:22).
         Estão aí nitidamente identificados os três poderes da administração pública: Judiciário, Legislativo e Executivo. Onde estão centrados esses poderes? No saber infinito do Deus infinito, a quem os cristãos dizem adorar. De onde vem as soluções mais favoráveis à sociedade? “Do Senhor”, o verdadeiro Juiz, Legislador e ‘Rei’.
         Percebi que esse é o melhor enfoque para nossas orações em prol do governo, e a favor da comunidade. Se buscamos na oração subsídios para apoiar moral e espiritualmente aos dignitários do governo, temos que dirigi-la a quem de direito: o verdadeiro Juiz, Legislador e Mandatário. Ele—e só Ele—é capaz de prover ideias construtivas e positivas na variedade e quantidade necessárias para alcançar todos os envolvidos. Nossa oração cristã não pode nem deve desviar-se de Deus, a Mente infinita. Não podemos reconhecer outro poder, sob pena de desonrar a Deus, contrariando o primeiro Mandamento: “Não terás outros deuses ...”
         A oração é um recurso espiritual, e como tal ela deve procurar na fonte divina a solução para as questões humanas. Não podemos orar a Deus e esperar dos humanos que estes produzam as melhores soluções. Temos que saber que vêm de Deus as melhores ideias, e que Ele está sempre em ação, sempre presente, disponível e disposto a prover a Seus filhos o que lhes seja necessário. Mary Baker Eddy, escreveu em seu livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, algo que nos ajuda a transpor as circunstâncias do ambiente  humano para um mais elevado. Diz ela:
“Deus construiu uma plataforma mais elevada de direitos humanos, e a construiu sobre declarações mais divinas. Essas declarações não são feitas por meio de códigos e dogmas, mas em demonstração de ‘paz na terra entre os homens’ e de boa vontade para com eles” (CeS, p. 226).
        Paz na terra entre os homens” não é um postulado humano mas é um desiderato divino e cristão. É algo que sempre podemos evocar em nossas atividades como cidadãos, é um ideal que podemos perseguir e propalar para o bem da humanidade.
         Na medida em que abrigamos em nossa consciência a união e unidade de Deus, a consciência infinita, com os homens como filhos de Deus, podemos ver concretizada a visão que Eddy expôs:
“Um só Deus infinito, o bem, unifica homens e nações; estabelece a fraternidade dos homens; põe fim às guerras; ... aniquila ... o que está errado nos códigos sociais, civis, criminais, políticos e religiosos; estabelece a igualdade dos sexos; ...” (CeS, p. 340).

        Este mundo seria melhor, se nele essas coisas ocorressem naturalmente!
.o0o.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

A Maravilhosa Unidade Gerada pela Graça Divina


“Eu, e o Pai, somos um!

        O homem criado pelo Deus universal, incorpora a unidade e universalidade (infinidade) da natureza divina: “Criou Deus, pois, ao homem à sua imagem [e semelhança], à imagem de Deus o criou” (Gên. 1:27). Este é um fato espiritual que os homens bem fariam em honrar e venerar.
         Eis a maravilhosa unidade da criação divina com Seu Criador:
É a Vida e sua manifestação;
É a Verdade e sua expressão;
É o Espírito e sua semelhança;
É o Amor e sua imagem;
É a Alma e sua representação;
É a Mente e sua ideia;
É o Princípio e seu reflexo;
          Todas as qualidades divinas num só ser, numa só criação, num só lugar e tempo: aqui e agora. Todos os seres da criação participando, e expressando beleza, força, liberdade, pureza e saúde.  
Com essa consciência o homem expressa as qualidades advindas de Deus, e goza de saúde, liberdade, santidade, força, inteligência, fraternidade, capacidade decisória, amplitude mental. Com essa consciência o homem se aproxima das qualidades crísticas que deram a Jesus a capacidade além-de-humana para demonstrar domínio sobre tempo, sobre leis materiais, sobre escassez, sobre doenças, pecado, morte. Mas ele disse que podemos fazer as mesmas obras, com a condição: “Aqueles que crêem em mim”! (João 14:12). Essa condição está radicada na consciência do Espírito infinito, o Bem, como o Mestre expressava. Humanamente é difícil crer que alguém possa realizar aquelas obras descritas na Bíblia. Mas, pelo fato do Mestre ter afirmado tal possibilidade, temos que crer e buscar realiza-las. Ocorre que, humanamente, ou seja, com base nas capacidades meramente humanas, tais obras são realmente impossíveis de realizar. Por isso a crença humana as denomina ‘milagres’, ou seja, realizações inacreditáveis, contrárias a qualquer tipo de lei de domínio humano. Mas para Deus isso não é assim!
O elemento aglutinador dessa unidade é a Graça divina. O Pai por Sua graça e amor não nos repele de Sua presença. Na verdade, Ele tem prazer nessa aproximação. Só por vontade humana tal unidade não se concretiza.               Gosto de pensar e cantarolar “Amazing Grace”, um hino inspirado e inspirador conhecido mundialmente. Como não sei a letra, acompanho a melodia com algumas ideias como as que compartilho nesta crônica. Isso me proporciona uma indizível calma e harmonia. Também gosto de destacar a graça divina na oração o Pai-Nosso. Chamo-a de Maravilhosa Graça Divina. Ela é fonte/causa de sermos preservados, supridos, protegidos, inspirados, sanados. Nossa unidade com o Pai nos faz perceber a presença dessas dádivas. Elas vêm por sua Graça e são profusamente expostas na Oração do Senhor. Vejamos em cada frase como a Graça divina atua:
-A Graça preenche a infinidade dos céus;
-A Graça é pura santidade;
-A Graça está em todo o reino de Deus;
-A Graça é a vontade de Deus;
-A Graça nos supre as necessidades diárias;
-A Graça nos perdoa; exemplo para nós;
-A Graça nos protege de tentações e males:
-A Graça acompanha supremacia Divina.
Uma consciência desse quilate espiritual não pode deixar de elevar-nos a fé e a compreensão espiritual. Essa elevação é o grande agente impulsor da graça divina visível em nossa vida. O Mestre CJ, os apóstolos e também M.B.Eddy são exemplos percebidos pela humanidade do que a elevação espiritual pode fazer para as pessoas. São luminares a serem seguidos e imitados em nossas vidas, tanto para nosso bem, como para o bem da humanidade.   
Estar na presença de Deus é um fato, uma verdade, que não pode ser alterado. A presença de Deus, preenchendo todos os espaços, inunda o universo das qualidades divinas: perfeição, harmonia, alegria, saúde, inteligência, sabedoria, força, e assim por diante.
Na medida em que preenchemos nossa consciência com tais verdades, vê-las-emos em todo lugar, a todo momento, envolvendo a todos e a tudo. Tal consciência orienta nossa vida para o bem de todos, e nos ajuda a superar limitações e desafios do senso material. Tal consciência nos diz que estamos mergulhados/inundados no Espírito, e com isso vamos gozar dessa presença e poder a todo momento e em todo lugar. Não teremos noção do mal—qualquer que seja!
          Na presença da luz somos iluminados (tocados, cercados...); na presença da Vida somos cercados pelas manifestações da Vida em harmonia e perfeição.
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quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Inspiração bíblica : Romanos 12: 1-8


12:1-2    Portanto, com a ajuda de Deus, quero que vocês façam o seguinte: entreguem a vida cotidiana – dormir, comer, trabalhar, passear – a Deus como se fosse uma oferta. Receber o que Deus fez por vocês é o melhor que podem fazer por Ele. Não se ajustem demais à sua cultura, a ponto de não poderem pensar mais. Em vez disso, concentrem a atenção em Deus. Vocês sendo mudados de dentro para fora. Descubram o que Ele quer de vocês e tratem de atendê-lO. Diferentemente da cultura dominante, que sempre os arrasta para baixo, ao nível da imaturidade. Deus extrai o melhor de vocês e desenvolve em vocês uma verdadeira maturidade.

3        Ao escrever para vocês, sinto profunda gratidão por tudo o que Deus me deu, especialmente pela responsabilidade que tenho por vocês. Vivendo assim como cada um de vocês, em pura graça, é importante que não tenham um conceito errado de vocês mesmos, achando que têm alguma bondade para apresentar a Deus. Não, é Deus quem concede tudo a vocês. O único modo de nos entendermos é pelo que Deus é e o que Ele faz por nós, não pelo que somos e fazemos por Ele.

4-6     Assim, somos como as várias partes do corpo humano. Cada parte tem seu significado no corpo, visto como um todo, mas não o contrário. O corpo de que estamos falando é o corpo formado pelas pessoas escolhidas por Cristo. Cada um de nós encontra significado e função como parte desse corpo. Não podemos ser como um dedo decepado, que não tem valor. Então, desde que estejamos ligados às outras partes constituídas de maneira genial e funcionando maravilhosamente no corpo de Cristo, sejamos o que fomos feitos para ser, sem inveja ou sentimento de superioridade sobre os outros, sem tentar ser algo que não somos.

7-8     Se você prega, limite-se a pregar a Mensagem de Deus; se você ajuda, apenas ajude, não tente assumir o comando; se você ensina, apegue-se ao ensino; se você tem a capacidade de encorajar, tome cuidado para não se tornar autoritário; se você recebeu alguma posição de responsabilidade, não manipule; se você foi chamado para ajudar gente em angústia, fique de olhos abertos e seja rápido em responder; se vocês trabalha com os desamparados, não se permita ficar irritado ou deprimido por causa deles. Mantenha o sorriso.”

(Transcrição por Leila Kommers, da versão bíblica A MENSAGEM)

domingo, 16 de setembro de 2018

Ame-O, ... e compreenda-O!


Recomendação espiritualmente fundamental 

         Muito tem sido escrito no mundo a respeito de amar a Deus. A cristandade toma a Bíblia como livro-base para sua fé. Nela há variadíssimas referências a amor a Deus, desde o Antigo até o Novo Testamento. Quando lemos os Dez Mandamentos deixados a Moisés, vemos que são resumidos por Jesus Cristo como:
“Amarás o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo teu entendimento. Este é o primeiro e grande mandamento” (Mateus 22:37).

         O que se vê no mundo cristão como obediência e/ou desobediência a esse dever? É só abrir os jornais e sintonizar os noticiosos da TV para perceber quão pouco amor é devotado a Deus pelos que se dizem Seus filhos. Mas não nos cabe criticá-los, mas sim a apoiá-los em oração para que achem o caminho.

         Contudo, há um complemento da adoração a Deus, que pode trazer muito fruto espiritual àquele que o praticar. O segundo dever: Compreender a Deus!  Por que? Compreender a Deus nos prontifica a obedecer Seus mandamentos. Amar a Deus—conceito cristão fundamental—e compreender a Deus—conceito cientificamente metafisico—são o fundamento/a fonte superior da emoção e razão para o comportamento humano.

         Mary Baker Eddy nos dá uma importante indicação a respeito da importância de compreender Deus. Diz ela:
“É nossa ignorância de Deus que produz a desarmonia aparente, enquanto compreendê-lO corretamente, restaura a harmonia” (CeS, p...).

         Compreender corretamente é estabelecer nosso entendimento em bases espirituais, pois somente assim poderemos chegar a “compreende-lO corretamente”. É novamente Eddy quem nos alerta: “Se os cinco sentidos corpóreos fossem o meio de se compreender a Deus”, então o homem ficaria envolto em problemas de toda ordem. O pensamento precisa transcender o senso humano de pensar a respeito de Deus. Sabendo, por exemplo, que Deus é Espírito, é esse status que precisa orientar nosso pensar. Sabendo que Deus é Amor, saberemos que essa qualidade está presente em cada filho de Deus. Tendo em mente todos os atributos infinitos da divindade e que esses são refletidos pela “imagem e semelhança de Deus” nos abre o pensamento para além do mundo material de crenças limitadas e errôneas onde residem os problemas que os homens enfrentam. Aproveitando um esclarecimento de Eddy:
“Tudo o que mantém o pensamento em linha com o Amor abnegado recebe diretamente o poder divino” (CeS. 192:30),
podemos ver o que orienta o pensamento humano beneficamente. Ela mesma acrescenta:
Teus frutos darão provas daquilo que o compreender Deus traz ao homem” (idem, p. 496).

         Uma compreensão de Deus vai mais a fundo do que o mero saber humano possa alcançar. Este precisa aceitar o fato ou existência da realidade fora da materialidade. Essa realidade superior é o reino de Deus, onde reina a Mente suprema, infinita e eterna. Esse reino está em toda a parte e importa sabermos que estamos e vivemos nele, ainda que os sentidos físicos tentem nos convencer do contrário. Nesse reino vivemos a harmonia e todo bem que possa existir. Só por esse fato já se percebe o quanto vale a pena aventurar-se nesse esforço de compreender Deus. Temos um alerta de Eddy:
         “...compreender Deus é obra da eternidade e exige consagração absoluta de pensamento, energia e desejo” (CeS. 3:15).

         “Eternidade”: quer dizer que nunca iremos alcança-lo? Ao contrário: quer dizer que a eternidade é agora, também aqui e sempre!
.o0o.

terça-feira, 28 de agosto de 2018

O desabrochar da alma


A ALMA nos ilumina a sensibilidade para o bem, para as coisas belas que a natureza nos oferece e que a insensibilidade da mente humana não percebe.

         Estava um poeta passeando por entre cerejeiras sem flor. Dirigiu-se a uma delas: “Fala-me sobre Deus!”, e, sem palavras ela, floresceu”.  É assim que a natureza nos fala sobre o Criador, mostrando flores, frutos, alimento para os pássaros, aroma para o olfato, sombra e abrigo ao viandante.

         Esse diálogo do poeta com a árvore me comove desde quando a li pela primeira vez. Acho que é isso que faz a alma individual desabrochar. Ou melhor, isso é o desabrochar da ALMA; a abertura de nosso sentimento para as belezas da natureza, que incansavelmente nos mostram o grande amor do Criador. Assim, de ALMA aberta podemos agradecer de termos sido colocados nesse jardim natural. Será que o Éden era assim?

         Mas há muitas coisas feias, diriam alguns. Sim, há para as mentes frias e feias que não sabem apreciar o belo. Na verdade, o que o Criador faz é belo e duradouro, alegre e feliz. Essas qualidades podemos ver expressadas por toda parte, basta que “olhemos” com a ALMA. Elas estão aí, bem na nossa frente, esperando nossa atenção. A natureza responde aos estímulos que recebe dos filhos do Criador.

         Uma mulher que cuide de flores com amor, recebe a resposta diretamente em beleza. Um viticultor que trate com amor suas plantas recebe a resposta em frutos vigorosos e abundantes. Um pecuarista que trate dos animais com humanidade recebe o reconhecimento deles em suavidade.

         A máxima da Criação: “a natureza nos olha, tal como a olhamos”. Quando sabemos que o homem da Criação divina é: belo, forte, livre, puro e são, podemos saber o mesmo da natureza ao nosso redor: É bela, forte, livre, pura e sã.

O. Trentini
28.8.18
        

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

UMA VISÃO MAIS ELEVADA DE CIENCIA E CRISTIANISMO



Não raro ideias que alimento antes de pegar no sono, depois aparecem em sonho, e proveem material para continuar pensando. Foi o que ocorreu há poucos dias. Eu estivera elaborando durante o dia ideias a respeito da Ciência do Cristianismo e seu desdobramento espiritual na consciência humana. E essas ideias me acompanharam até vir o sono, ... e o sonho.

No sonho minha esposa e eu havíamos sido convidados por um amigo para assistir ao culto na igreja protestante perto de nossa casa. Aliás temos muitos amigos nessa igreja. Nessa ocasião especial havia um pastor jovem, que era novo na comunidade. Ao chegarmos só encontramos lugar no fundo do templo. Durante o desenrolar do culto o pastor iniciou sua prédica. Sua apresentação foi muito inspiradora (não me recordo do tema) e me cativou o pensamento que se fixou na Ciência do Cristianismo, meu tema preferido. Enquanto o Pastor falava eu me aprofundava em meus pensamentos que buscavam esclarecer se há uma diferença entre os termos Ciência e Cristianismo. Segui nessa iluminação enquanto o pastor seguia na sua pregação. De repente ele parou e disse: “Que luz é essa que aparece lá no fundo?” Foi pessoalmente certificar-se do fenômeno. Quando percebeu que era meu rosto que brilhava (eu não havia notado), convidou-me para ir ao púlpito seguir com a pregação. Fui com ele, mas não sei o que eu disse, pois me acordei antes de falar.

Daí para diante segui na linha do pensar focado na Ciência do Cristianismo. Eu já havia chegado ao ponto de perceber que há um significado próprio e muito profundo de cada termo. O termo Ciência soa ao pensamento humano como um saber, um conhecimento. Geralmente abrange um conceito de saber contrário ao saber divino, sendo que este é associado ao conceito de Cristianismo. As ciências humanas evoluíram enormemente nos últimos tempos a ponto de haver cientistas que se arrogam a capacidade de interferir na natureza qual semideuses (veja-se os clones, e experiências genéticas). Em contraposição, eu advogo uma visão mais transcendental para a Ciência. Para mim a Ciência teria que participar de conceitos supra-materiais os quais fariam parte de uma natureza espiritual afastada da vivência material. Teria de sair de seu nível atual e elevar-se a níveis mais divinos.

Já o termo Cristianismo me evoca imediatamente algo superior aos conceitos humanos de base material. Neste ponto essa visão cria um choque com o que se vê no mundo cristão de hoje. O Cristianismo, como a religião ensinada por Jesus Cristo, tem no seu âmago realizações como as exemplificadas pelo Mestre Cristão. “Aquele que crê em mim, fará também as obras que eu faço” (João 12:14). Outro aspecto íntimo à doutrina de Jesus foi a demonstração do AMOR, amor a Deus e amor ao próximo: “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros” (João 13:35). E ainda deve-se acrescentar que o modelo cristão exemplificava que os seguidores do Mestre buscariam fazer a vontade de Deus, que é o Bem, em todas suas atividades. Por essas e outras me ative a uma visão mais espiritual para entender corretamente o Cristianismo.

Após algum tempo concluí que os dois termos merecem um entendimento mais elevado. Um entendimento que tome o aspecto espiritual como base ou ponto-de-partida de modo exclusivo, sem misturar conceitos espirituais com materiais.   
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Vou resumir minhas conclusões da forma seguinte:

CIÊNCIA:
- é um saber, que transcende o conhecimento baseado nos sentidos;
- é uma consciência, que ‘vê’ o que os olhos não podem perceber;
- é uma universalidade, sem limites de geografia e tempo;
- é um conhecimento de leis universais, inconcebíveis pela ciência material;
- é a compreensão de fatos e fenômenos suprafísicos ou metafísicos;
- é uma inteligência superior, que se aproxima da inteligência divina;
- tem um Princípio que mantém as leis universais (do infinitésimo ao infinito) em ação harmoniosa;
- tem uma lógica superior, desencadeada segundo leis espirituais;
- refere-se sempre, à ação da Mente infinita.

CRISTIANISMO:
- refere-se sempre, a algum aspecto divino;
- fé no bem, de caráter absoluto;
- sentimento, como oposto a raciocínio;
- confiança na ação do bem;
- amabilidade, expressão natural entre seres;
- inclusão, de todos em nossos sentimentos de amor ao próximo;
- Verdades universais, que nos envolvem e apoiam;
- Percepção pelos sentidos da alma, ou Alma;
- Atributos que resultam em frutos espirituais de harmonia, saúde, força, vida, inteligência.
- Alegria: pela visão do bem; pelo amor do Cristo; pela presença de Deus, o Bem;

M.B.Eddy, descobridora da Ciência do Cristianismo, esclarece que: “O Cristianismo e a Ciência que o explica têm como base a compreensão espiritual, e suplantam as chamadas leis da matéria” (CeS, p. 274). Em outra página afirma: “A humanidade vai melhorar por meio da Ciência e do Cristianismo” (CeS, p. 351).

Eddy em várias passagens demonstra sua visão do tema em debate. O capítulo 1, A Oração, do livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, começa com a frase:
“A oração que reforma o pecador e cura o doente é uma absoluta em que tudo é possível a Deus—uma compreensão espiritual acerca dEle, um amor isento de ego.”

         Analisando essa afirmação é possível identificar os aspectos elevados e especiais da Ciência e do Cristianismo:
         - absoluta em Deus: é Cristianismo; ação da Alma;
         - compreensão espiritual de Deus: é Ciência; ação da mente;
         - Amor abnegado: traço de união entre fé e compreensão espiritual.

         Esses ingredientes atuando em conjunto dão eficácia à oração cristã, tornando sua ação imediata e instantânea (veja-se as curas feitas por JC e pelos apóstolos).

Outro exemplo:
Análise da “Declaração Científica sobre o Existir”, (CeS, p.468) :
“Não há vida, verdade, inteligência nem substância na matéria. Tudo é Mente infinita e Sua manifestação infinita, porque Deus é Tudo-em-tudo. O Espírito é a Verdade imortal.  A matéria é o erro mortal. O Espírito é o real e eterno. A matéria é o irreal e temporal. O Espírito é Deus, e o homem é Sua imagem e semelhança. Por isso o homem não é material, ele é espiritual.” 
Vou expor como entendo agora essa “Declaração” sob a ótica mais elevada de Ciência e Cristianismo:

“Não há vida, verdade, inteligência nem substância
na matéria. ......................................................................Isto é Ciência
Tudo é a Mente infinita e sua manifestação infinita,
porque Deus é Tudo-em-tudo ........................... Isto é Cristianismo
O Espírito é a Verdade imortal ...........................Isto é Cristianismo
A matéria é o erro mortal................................................Isto é Ciência
O Espírito é o real e eterno ................................. Isto é Cristianismo
A matéria é o irreal e temporal........................................Isto é Ciência
Espírito é Deus, e o homem é
Sua imagem e semelhança....................................... Isto é Cristianismo
Por isso o homem não é material.................................... Isto é Ciência
Ele é espiritual..........................................................  Isto é Cristianismo

Logicamente cada pessoa tem sua inspiração, mas o que me leva a apresentar a pesquisa é para incentivar a pesquisa metafísica de temas concernentes a nossa vida e existência.

.o0o.