A ALMA
nos ilumina a sensibilidade para o bem, para as coisas belas que a natureza nos
oferece e que a insensibilidade da mente humana não percebe.
Estava
um poeta passeando por entre cerejeiras sem flor. Dirigiu-se a uma delas:
“Fala-me sobre Deus!”, e, sem palavras ela, floresceu”. É assim que a natureza nos fala sobre o
Criador, mostrando flores, frutos, alimento para os pássaros, aroma para o
olfato, sombra e abrigo ao viandante.
Esse
diálogo do poeta com a árvore me comove desde quando a li pela primeira vez.
Acho que é isso que faz a alma individual desabrochar. Ou melhor, isso é o
desabrochar da ALMA; a abertura de nosso sentimento para as belezas da
natureza, que incansavelmente nos mostram o grande amor do Criador. Assim, de
ALMA aberta podemos agradecer de termos sido colocados nesse jardim natural. Será
que o Éden era assim?
Mas
há muitas coisas feias, diriam alguns. Sim, há para as mentes frias e feias que
não sabem apreciar o belo. Na verdade, o que o Criador faz é belo e duradouro,
alegre e feliz. Essas qualidades podemos ver expressadas por toda parte, basta
que “olhemos” com a ALMA. Elas estão aí, bem na nossa frente, esperando nossa
atenção. A natureza responde aos estímulos que recebe dos filhos do Criador.
Uma
mulher que cuide de flores com amor, recebe a resposta diretamente em beleza.
Um viticultor que trate com amor suas plantas recebe a resposta em frutos
vigorosos e abundantes. Um pecuarista que trate dos animais com humanidade
recebe o reconhecimento deles em suavidade.
A
máxima da Criação: “a natureza nos olha, tal como a olhamos”. Quando sabemos
que o homem da Criação divina é: belo, forte, livre, puro e são, podemos saber
o mesmo da natureza ao nosso redor: É bela, forte, livre, pura e sã.
O. Trentini
28.8.18
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