quarta-feira, 30 de maio de 2018

Governado por Deus


O Mestre Cristão mostrou em seu ministério o que acontece quando Deus governa as ações do homem.

         Quem ler nas Escrituras os feitos de Jesus Cristo com atenção ao tópico do título, perceberá que ele sempre demonstrou e deixou claro que suas obras eram feitos de Seu Pai:
O Pai que permanece em mim faz as suas obras” (João 10:36) e “ Eu faço sempre o que Lhe agrada” (João 8:29).

         Ele também ensinou que:
              “Aquele que crer em mim, fará também as obras que eu faço” (João14:12).

         Se queremos emular as obras do querido Mestre, temos que usar a mesma linha-base que ele empregou: Deus, o Espírito, a Mente, a Vida, a Verdade e o Amor absolutos e infinitos, inigualáveis, na eternidade e infinidade. Eu disse: “Se queremos”, mas tenho a intenção de alertar a todo cristão que esse é um dever de fé em nossa religião. O Cristianismo que ele nos legou tem no seu âmago uma ciência a ser compreendida e praticada por todos que desejam seguir-lhe os passos. Para isso somos cristãos, não é mesmo?
         O resultado de uma vida dedicada em manter erguido o estandarte da superioridade do Espírito sobre a matéria é relatado extensivamente na Bíblia, o livro básico de nossa fé cristã. Lê-se nos evangelhos as obras que Jesus fazia. E não raro o relato menciona o caso de multidões que vinham a ele para serem curadas, e eram! Há, também relatos de cura específicos de toda sorte de enfermidade ou problema físico, ou moral e psíquico, e até de morte. Algumas vezes o mal é citado como um “espírito maligno”, quando a sociedade ainda não tinha nome para aquele problema. Vê-se nos relatos bíblicos que as curas eram todas instantâneas. Com tantas pessoas curadas, não era de admirar que ele fosse seguido pelas multidões.
         Mas não era só Jesus quem fazia essas obras. Seus discípulos aprenderam o ofício e também realizaram muitas idênticas, prova de que haviam assimilado o ensinamento do Mestre, retratado no versículo do evangelho de João, citado acima. Poder-se-ia levantar a questão de como, com que, ou por que os discípulos faziam as obras semelhantes ao Mestre. Eles realizaram obras no seu afã de difundir os ensinamentos de Jesus Cristo por toda a humanidade de sua época. E suas obras conquistaram muitos adeptos para a igreja.

Até cerca de 300 anos após o ministério de Jesus, os cristãos ainda realizavam demonstrações práticas de sua fé. Depois disso, essa prática perdeu sua força e presença entre as populações de crentes cristãos. Eu me pergunto: Por que? Penso que uma resposta se encontra num dos escritos de Mary Baker Eddy (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, [1875]):
“Deus curará o doente por intermédio do homem, sempre que o homem for governado por Deus” (p. 495).

         Sempre que o homem [é] governado por Deus” me parece ser a resposta para o desaparecimento da cura espiritual dentro do movimento cristão. É possível faze-lo retornar? Ele já retornou! Com o advento da Ciência do Cristianismo (instituída em 1866), a cura espiritual de males físicos e outros reviveu entre os cristãos, sendo hoje largamente praticada por cristãos científicos em todo o mundo. E os frutos quais são? Curas, as mais variadas, de toda espécie de problema: doenças, suprimento, relacionamento, tristeza, e até casos de falecimentos. Várias denominações estão aplicando mais recentemente o Cristianismo na busca de soluções de problemas pessoais, e obtendo resultados.

No relato bíblico lemos que entre seus ensinamentos o Mestre afirmou:
“Eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber ...vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós ... O Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito.” (João 14:16, 17, 26).

         Está bem claro nessa passagem que Deus não enviará uma personalidade para nos “ensinar todas as coisas”. Devemos esperar um “Espírito da verdade”, um mensageiro impessoal e universal, que irá falar a todos em todos os lugares. Quem lhe der ouvidos aprenderá a regra de cura que o Mestre deixou demonstrada. Quanto antes o mundo cristão aprender com o “Consolador”, tanto antes a humanidade usufruirá dos benefícios da ação harmonizante do poder espiritual na vida das pessoas.  

O pensamento humano desatento poderia levantar a questão: “E o autogoverno onde fica?” O autogoverno, de interesse humano, é um conceito que tende a desviar de Deus a atenção, fato que rouba ao homem a capacidade de realização na esfera espiritual. A pressão promovida pela vontade humana na consciência do homem, tem de ser reprimida quando almejamos seguir a orientação da Mente divina. A tal “força de vontade” humana é um empecilho no trato de assuntos espirituais. Até na oração para recuperação de enfermos ela atrapalha mais do que ajuda. É oportuno lembrar o que Mary Baker Eddy escreveu:
“Deus dotou o homem com direitos inalienáveis, entre os quais estão o governo de si mesmo, a razão e a consciência” (CeS, p. 106).

      O autogoverno visto sob esta ótica, não escapa do governo de Deus; e sob este governo tudo é harmonia. Com esse apoio em mente, o homem atua tranquilamente entre seus pares, produzindo sempre harmonia, satisfação, realização profissional e social. Nessa condição de governado de Deus, o homem ultrapassa suas aptidões e capacidades, sendo capaz de surpreender seu círculo de relações.

      Mas que não se engane quanto à origem de suas capacidades. É Eddy quem esclarece:
“O homem só é corretamente governado por si mesmo, quando bem guiado e governado por seu Criador ...” (CeS, idem)

      O segredo está em aprender a deixar-se governar pelo Pai Supremo. Aliás, segredo não é mais!

Ovidio Trentini

segunda-feira, 28 de maio de 2018

Realização imediata


Edição Agosto 25, 1945,  Christian Science Sentinel

Uma demora entre um bom propósito e sua realização é comum na experiência humana. Mas para a Mente pura não há demora. A Mente que é Tudo dá a todo bom propósito imediata realização. A onipotência, onipresença e oniação da Mente garante isso.

A demora na realização resulta da crença dos mortais de que estejam atrapalhados pela falta de conhecimento, falta de recursos, por forças físicas, por circunstâncias ou pessoas opostas. Esses argumentos asseveram que a demora e a frustração intervêm para perturbar a realização do que a inteligência absoluta diz que deveria e poderia ser feita sem demora.
O progresso humano tem diminuído a demora no transporte e na comunicação. Métodos incrementados de manufatura estão reduzindo o tempo necessário para a fabricação do que precisamos. A geofísica está diminuindo a demora na localização de minerais da terra. Há relatórios que indicam que o preparo de alimentação será grandemente reduzido por meio de dispositivos eletrônicos. Um bife cozinhará em 3 minutos; um bolo em 2; ovos ferverão num piscar de olhos. Num lar o pó será rapidamente removido por equipamentos magnéticos. Por que não fizemos essas coisas antes? Só porque o pensamento humano não entendia que as forças estão aqui para aproximar os propósitos e as realizações.
Quando Jesus andou pela terra os transportes e as comunicações eram lentos. Levava muito tempo para cobrir distâncias maiores. Mas o Mestre compreendia e usava as forças espirituais da Mente onipotente, desconhecida pelos seus pares, para trazer a imediata realização ao bom propósito. Quando era do propósito de Deus para que ele estivesse num certo lugar: “imediatamente o barco chegou onde estavam para ir.” Ele sabia que a onipotência da Mente, com a qual o homem é uno, não pode ser atrasada pela matéria sem mente na realização de seu inequívoco propósito.
Quando era correto que ele soubesse o que outros pensavam a fim de ajuda-los, a Mente prontamente lhe informava. Que direito tinha a matéria negativa de injetar obstruções e demoras entre um propósito inteligente e sua realização? Jesus compreendia que quando a Mente fala, seu propósito é imediatamente realizado.
M. B. Eddy via claramente essa verdade e a aplicava, como Jesus, na cura dos doentes. Ela requeria que os cientistas cristãos trabalhassem, e esperassem confiantemente, por curas instantâneas. Referindo-se ao Mestre ela escreveu (Escritos Miscelâneos, p. 200): “Foi a consumada naturalidade da Verdade na mente de Jesus, que tornava sua cura fácil e instantânea.” Jesus compreendia tão claramente o irrestrito propósito de Deus para que o homem fosse saudável, bem como a natural e imediata realização desse propósito,  que “imediatamente seus olhos se abriram”, “imediatamente a febre a deixou”, “imediatamente seus ouvidos se abriram, e soltou-se o empecilho de sua língua”, “ela imediatamente se endireitou”,  e imediatamente as multidões eram servidas.
Que percebamos mais compreensivamente a ação imediata da onipotência de Deus e a já existente supremacia de Sua lei! O poder e a presença de Deus não estarão mais presentes daqui uma semana, um ano ou um século do que estão hoje. Seu amor por Seu reflexo, o homem, e Seu exclusivo controle de Sua imagem, são agora. O tempo não irá aumentar o poder de Deus, nem incrementar a eficiência de Seu amor salvador.
Em CeS (p. 39) Eddy diz: “ ‘Eis agora’, exclamou o apóstolo, ‘o tempo ... oportuno, eis, agora, o dia da salvação’—querendo dizer, não que agora os homens tenham de se preparar para a salvação, a segurança, em um mundo futuro, mas que agora é o momento de vivenciar essa salvação em espírito e em vida. Agora é a hora de desaparecer aquilo que se chamam dores e prazeres materiais, pois ambos são irreais, porque impossíveis na Ciência.” Essas verdades, uma vez compreendidas, ofuscarão em nossos corações o mito da demora, produzido pela ignorância e pelo medo. A demora não está fora de nós, mas é uma crença em nós que precisa ser excluída de nós com ajuda de Deus e Seu Cristo.
O senso de demora na realização correta procede da crença em uma mente material e homem mortal, e este cercado de limitações. Essa mente talvez argumente que a saúde é algo bom, mas não a temos agora. Ela diz que a doença tem de seguir seu curso, e então ficarás bem, ou depois de algum tempo talvez te sintas melhor. Um objetivo digno talvez mereça nosso esforço, mas sua realização é incerta. Pode haver uma longa demora.
A influência de um mentiroso é nula, se ninguém acredita nas suas mentiras. A mentira da mente mortal negativa de que deva haver uma demora antes que o homem possa ser saudável, impecável, harmonioso e exitoso, temos que recusar-nos a acreditar, por meio de nossa compreensão de Deus e do homem. A razão é que a inteligência, a Mente, é onipotente agora. Seus propósitos são espontaneamente aplicados agora pela lei espiritual: “... ninguém pode deter sua mão nem dizer: ‘Que fazes?’ ”
É pelo senso espiritual, não o material, que encontramos a presença, o poder e o controle da Mente, que é nossa Vida, nossa Alma, nosso Tudo. Por meio do senso espiritual, o senso da Mente, nos tornamos gradativamente conscientes de nossa união com o bem onipresente e nosso lugar em seu universo. Percebemos que continuamente nossa causa supremamente inteligente e amorosa está propiciando (causando), sem frustração ou demora, tudo o que pertence naturalmente ao representante de Deus.
Devemos entender quão natural é para as forças da Verdade produzir saúde hoje; quão correto é gozar agora de total libertação do pecado; quão científico é que a demora seja separada de todo bom propósito. A Mente é eternamente superior à demora. Assim é também o homem. Na Mente e sua representação, o propósito e a realização andam juntos. 
Paul Stark Seeley
.o0o.

quarta-feira, 2 de maio de 2018

- Maternidade de Deus?


Existe a mesma autoridade para chamar Deus de PAI como de MÃE
Durante o período histórico coberto pela Bíblia, a presença da mulher em lugares de destaque é muito rara. A sociedade ainda reservava à mulher o dever de cuidar da família e esta era sua vida. Na sociedade hebraica quando uma mulher ficava viúva sem ter filho homem que ajudasse no sustento da família, ela ficava fadada a viver de favores ou esmolas, posto que não lhe era facultado trabalhar para ter o sustento. O Mestre Jesus sabia dessa dura realidade social, tanto que ao chegar certa feita à cidade de Naim encontrou, na saída, um cortejo de sepultamento de um jovem que era filho único de uma viúva. Socialmente, essa mulher estava condenada pois perdera seu filho que era o arrimo da família. Sabendo dessa situação, percebeu que havia ali uma necessidade humana e foi movido pela compaixão a satisfazer essa necessidade ressuscitando o jovem (Ver Lucas 7: 11).
Por essa condição histórica e cultural a questão ‘mãe’ não aparece seguidamente no Antigo Testamento, pelo menos com destaque. Aliás, segundo o Novo Testamento, não havia nenhuma mulher entre os doze apóstolos. Foi por discriminação de Jesus? Não. O Mestre sabia o que seus discípulos iriam passar para levarem a mensagem do Cristianismo aos estrangeiros, em terras onde o preconceito feminino era muito forte, como ainda hoje se vê. Além disso, a novidade de sua mensagem (AMOR) seria, provavelmente, melhor aceita se levada por homens, homens simples da comunidade.
Nosso Mestre ensinou muitas coisas sobre Deus como PAI, sendo que a oração mais significativa de seu ministério é chamada de ‘PAI NOSSO’. Por que será que ele não menciona Deus como MÃE? Seus ouvintes ainda não eram muito ilustrados e muitas coisas lhes ensinou por parábolas, analogias. Uma ideia tão radical lançada a ouvidos destreinados poderia causar um impacto desconcertante.
Os “ouvintes de hoje”, com certeza, saberiam―ou sabem―elaborar a ideia da maternidade de Deus. Pode-se buscar no Antigo Testamento duas instâncias que corroboram a ideia proposta. Uma das instâncias está no relato da criação no primeiro capítulo do Gênesis. Diz ali: “Criou Deus, pois, o homem à Sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (1: 27). Vê-se claramente que a mulher participa da expressão das qualidades divinas, tal como o homem. Não se cometa o descalabro de uma emissora de TV que, há algum tempo, saiu às ruas para entrevistar pessoas e saber de sua opinião a respeito de ‘Deus ser mulher’. Deus não é mulher como também não é homem. Deus é Espírito!
A outra instância referida encontra-se no livro do profeta Isaías onde consta: “Como alguém a quem sua mãe consola, assim eu vos consolarei” (Isa 66: 13). Aqui o amor materno―feminino―é associado ao de Deus. Deus nos ama como nossa mãe nos ama. Constata-se, assim, que chamar Deus de PAI é tão correto como chamá-lO de MÃE. Na literatura da Ciência Cristã é muito usada a expressão PAI-MÃE-DEUS mostrando que reconhecemos na Divindade a origem das qualidades inatas de paternidade e maternidade conscientes. Eu costumo usar a conotação de Deus como Pai, sem desprezar o conceito de Deus-Mãe. Conheço senhoras que usam costumeiramente para Deus a expressão Mãe, e soa muito natural quando as ouço falar dessa maneira. Devemos nos abster, com certeza, do conceito de gênero masculino ou feminino quando nos referimos a Deus como PAI-MÃE.
O uso dessa expressão, Deus-Mãe, será cada vez mais acentuado daqui para diante como evidência da progressiva espiritualidade na consciência da humanidade e da capacidade de expressá-la em palavras.

quinta-feira, 26 de abril de 2018

LUZ E REFLEXO


A luz divina também pode ser refletida como é a luz de uma vela

O mundo em que vivemos humanamente está repleto de luz, do contrário não poderíamos ver o que se passa ao nosso redor.  O que percebemos, na realidade, são raios de luz que chegam a nós seja diretamente de uma fonte, seja por irradiação de superfícies refletoras.  A variedade destas é que determina a visão de cores, formas, dimensões, etc.

A luz que nos vem de uma fonte é constante e única no seu aspecto.  Tem maior capacidade de alcance e, via de regra, produz sombra quando um objeto é interposto aos raios de luz.  A existência de uma fonte de luz é que revela o conteúdo de um ambiente.  Sem a fonte não há luz refletida.  Esta é, por isso, subordinada àquela. 

A luz refletida é a mais comum no mundo dos sentidos físicos.  Todos os objetos que vemos  refletem a seu modo a luz vinda de uma fonte.  A reflexão mais perfeita é a que mostra as qualidades originais da fonte, ou a própria fonte.  Penso em um espelho em cuja frente está uma vela.  O espelho sendo plano e estando limpo, mostra a imagem da vela emitindo luz.  Poderíamos até pensar que a imagem seja igual à vela, tal a radiância do reflexo.

O enfoque da luz e do reflexo pode dar-nos algumas luzes de entendimento espiritual, se o tomarmos como uma analogia.  A luz própria e a luz refletida são como Deus e Sua criação.   A fonte de luz divina é perene, única, imutável, inextinguível, eterna, boa, assim por diante.  Todos os atributos divinos existem em Deus, a fonte deles, e são refletidos pelo universo espiritual, do infinitésimo ao infinito.  Sem a luz divina, Deus, o Princípio criador e Mente infinita, as qualidades boas não seriam percebidas.  O Espírito, Deus, garante a espiritualidade para a criação; a luz refletida é semelhante à da fonte.  Embora as qualidades da natureza sejam visíveis aos sentidos, elas são primariamente espirituais porque refletem o Espírito.  A espiritualidade da criação, mesmo não sendo percebida pelos sentidos físicos, existe e é percebida pelo sentido espiritual.  Nossa consciência, em refletindo a luz divina, percebe a verdade da relação Deus-homem, e expressa em nossa vivência cenas perceptíveis de perfeição, excelência, bondade, eternidade divinas.  Nossa consciência representa a superfície que reflete a luz; superfície limpa e plana dá reflexo correto e exato.  Pensamento puro e sem mácula de materialidade, reflete e expressa as qualidades da Mente e traz à nossa vida humana as graças da Vida, da Verdade e do Amor divinos, em saúde, força, integridade, inteligência, felicidade, realização.

Cristo Jesus aconselhou seus seguidores a fazerem a mesmas obras que ele e mostrou-lhes de modo claro o objetivo das obras:

Assim brilhe a vossa luz diante dos homens, para vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus” (Mateus 5:16).  

Só podemos deixar nossa luz brilhar se refletimos claramente a luz divina.  A injunção do Mestre tem uma conotação interessante, no sentido de que refletindo a luz divina somos vistos pelos homens através de nossas obras.  Logicamente serão obras boas que trarão bênçãos à humanidade.

Aliás esse aspecto de ser visto pelos homens me faz lembrar um pequeno acontecimento.  Estava sentado na sala lendo, quando levantei os olhos por um momento.  Chamou-me a atenção o fio de uma teia de aranha que estava distante mais de 20 metros.  A raridade da visão não estava na acuidade visual, mas sim no fato de que o finíssimo fio (normalmente invisível àquela distância) refletia intensamente a luz do sol claro do dia.

Nossa vida ou atividade pode não ser a mais proeminente no meio humano (o que aliás não importa), mas quando refletimos conscientemente as qualidades espirituais e boas (isto é que importa) do Pai-Mãe, Deus, nossas obras e nosso comportamento ou modo de ser e pensar, são vistos e observados até pelos que julgamos afastados.  E, assim como fiquei maravilhado com aquele pequeno facho de luz refletida, também as pessoas de nosso círculo de relações percebem que algo maravilhoso se desdobra em nossas atitudes.  Não raro sentem-se atraídas a investigar a razão de uma atitude aparentemente inusitada de coragem ao enfrentar situações de perigo, de calma diante da doença, de firmeza diante das tentações, de pensamento claro ante o apelo das drogas, de amor onde a carência ocorre.

Nosso exemplo de refletir a luz divina, demonstrando que nossas qualidades têm origem em Deus, é sumamente importante para a humanidade, para ensina-la a ver que ter a mente voltada ou inclinada para o Espírito abre caminho para solução dos problemas humanos.  O apóstolo Paulo dá a receita:

O pendor do Espírito dá para a vida e paz” (Romanos 8: 6).

Bem que poderíamos fazer coro às palavras do poeta A. E. Hamilton no poema transcrito por Mary Baker Eddy na sua autobiografia Retrospecção e Introspecção (pág. 95):

“Pede a Deus que te dê habilidade
na arte de consolar,
Para que a uma vida de compaixão
Te possas preparar,
E te consagrar.
Pois enorme é o peso do mal
Em todo coração,
E grande é a necessidade de consoladores
Que tenham de Cristo o dom.”

Eis exemplo de luz divina sendo refletida entre e para os homens!


domingo, 22 de abril de 2018

O infinito



O infinito universal está intimamente ligado ao nosso ser

Dicionários dão conta que esse vocábulo tem diversas linhas de conceituação: espacial, temporal, numeral, espiritual. Normalmente é infinita uma “coisa indefinida” que não tem limites de qualquer ordem. É ilimitada e ilimitável.

Quando o homem olha para o infinito, não pode deixar de ficar extasiado. Olhar o céu estrelado com suas nuanças de brilhos nas estrelas e nebulosas conduz-nos o pensamento a ver nossa ínfima dimensão humana face ao macrocosmos. Quando ouvimos falar em infinito vem-nos ao pensamento algo muito grande, inconcebivelmente grande. Opondo-se a este conceito dimensional grandioso há o fato dimensional infinitamente pequeno, ou melhor dito: infinitesimal. Células, moléculas, átomos, partículas elétricas, partículas quânticas e etc, formam o universo do microcosmos. Esses conceitos são relativos ao infinito na ilusória dimensão de espaço. No espaço sideral as distâncias e os tempos são imensuráveis; não podemos conceber pelo intelecto humano as distâncias entre os astros ou os tempos de existência: quanto é 4 bilhões de anos? Ou 2 milhões de anos-luz?

Na dimensão tempo pode-se falar de infinidade também. O primeiro pensamento para tempo infinito será a eternidade; não acaba nunca. Mas a eternidade também não tem começo. Ela é atemporal. Como a Vida eterna. As grandezas são figuradas para estudos a fim de que se possa fazer um juízo lógico do fato ou fenômeno. Os números servem para isso, e também para poder formular leis e regras aplicáveis aos assuntos humanos. Exemplo: a regra da soma diz que 2 mais 2 são 4. Quanto é 2 milhões mais 2 milhões? 4 milhões. A regra das quantidades finitas é  a mesma. E quanto é 2 duodecilhões mais 2 duodecilhões? Como saber; ninguém pode contar até essa cifra. Mas a regra da matemática vale também nesses números infinitamente grandes. A resposta é 4 duodecilhões. Talvez se contássemos os grãos de areia da praia a gente chegaria a um número parecido. Comparado com os números que usualmente lidamos esse é um número infinitamente grande.

Percebe-se que o conceito de infinito, em se tratando de grandezas, é relativo. Algo pode ser infinito em relação a certa grandeza, mas infinitesimal em relação a outra. O corpo humano, por exemplo, é infinito se comparado a uma célula. Mas ele mesmo é infinitesimal em relação à população da Terra. Esta é infinita para um corpo humano mas é infinitesimal em relação à via láctea, que, por sua vez, é infinita frente à Terra mas infinitesimal frente ao universo. Parece que aí temos que parar no desfile de conceitos. Por que? Os conceitos que beiram o limite do que conhecemos chegam a um ponto em que precisam abandonar ideias preconcebidas de realidade, que geralmente se desenvolvem no campo do espaço-tempo. Há muitos acontecimentos que as ciências não conseguem explicar quando são de origem psicológica ou religiosa. Uma cura de uma pessoa que seja realizada pela oração não encontra apoio na lógica materialista, pois é um fenômeno desenvolvido no reino da espiritualidade.

Aqui encontramos outro aspecto da infinidade: a espiritualidade. O reino da espiritualidade é totalmente diferente do reino físico embora com ele relacionado por meio de um laço infinito. A qual deles pertencemos? A direção que definirmos para nosso conceito a respeito dessa indagação, determinará a natureza de nossa experiência no reino físico. Aqui a Ciência do Cristianismo será de grande ajuda pois ensina homens, mulheres e crianças a pensar com a mente libertada dos conceitos finitos. Ensina a basear na espiritualidade a compreensão acerca dos fenômenos. Não está a humanidade a procura de espiritualidade? Pois aí está o caminho.

Como se relaciona o homem ao infinito? O homem está compreendido no infinito, não pode estar fora nem longe do infinito que está em  toda parte. Lógico, não? Acrescente-se a isso que o infinito é de todo bom, então o homem está sempre na presença do bem. Nesse ponto já transpusemos o limiar do pensamento material e enveredamos por um caminho de amplas oportunidades de ser e agir. Podemos afirmar que esse BEM infinito nos acompanha em todos os lugares e em todos os momentos, e chegaremos a dizer que esse bem infinito é onipresente e eterno. Na verdade ELE é também onipotente (único poder) e onisciente (sabe tudo), e assim sendo nós vivemos NELE, DELE dependemos.  O apóstolo Paulo falou aos atenienses: “Pois Nele vivemos, nos movemos e existimos” (Atos 17:28).

Só nos falta revelar qual o nome desse INFINITO. No Cristianismo chamâmo-lo DEUS. As Sagradas Escrituras identificam esse Ser supremo com várias designações; a saber: Vida, Verdade, Amor, Espírito. Essas palavras são escritas com inicial maiúscula por se referirem a Deus. Todas têm a característica da infinidade, na qual vivemos e existimos. Assim podemos dizer que vivemos na Vida, agimos na Verdade, nos movemos no Amor, aonde quer que andemos: sobre a terra ou no espaço entre as estrelas. Prezado amigo e amiga: pense, por um pouco, em que você está cercado pela Vida infinita, que você age ao impulso do Amor infinito. Nada pode deter a Vida de agir e se manifestar em nosso favor, nem desviar a bondade do Amor que inclui a todos. Somos sempre amados pelo Amor, nunca somos desprezados, sempre somos supridos com todo o bem. Nesse Amor que nos ampara não há medo, nem rancor, nem engano, desprezo ou ódio. Há sempre apoio, bondade, generosidade. Esse é o modo de Deus ser nosso pai. Procure realizar que o infinito se manifesta em nossa vida. Veja que somos a semelhança do infinito. Encha teu pensamento dessa Verdade, deixa que só ela ocupe teu pensamento consciente. No livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras a autora, Mary Baker Eddy, abre o prefácio com a confortadora afirmação: “Para os que se apoiam no Infinito sustentador, o dia de hoje está repleto de bênçãos” (p. VII). Ela relata de sua experiência na compreensão de que o infinito e bom não conhece o limitado e mau. Em sua obra Unidade do Bem, ela diz: “Quando vi com a maior clareza e senti com a maior intensidade que o infinito não reconhece a moléstia, isso não me separou de Deus, mas de tal maneira me ligou a Ele, que me capacitou a curar instantaneamente um câncer que havia avançado até a veia jugular (p. 7).

Deus é o Infinito sustentador que sempre nos ama, guia, protege, cura e salva. Esta é uma verdade que transcende com poder espiritual os conceitos finitos e limitados das ciências humanas trazendo aos homens os efeitos da perene ação do bem em todas as suas formas. Podemos gozar no reino humano essas benesses de origem divina? Sim, com uma condição: qual seja, a de reconhecer e atribuir realidade somente ao infinito e eterno. A Bíblia nos informa no Gênesis que Deus “criou o homem à Sua imagem e semelhança; homem e mulher os criou,... e viu que isso era bom (Gênesis 1:27). Segundo este relato o homem é imagem e semelhança da Vida, do Amor, da Verdade e do Espírito, todos infinitos. Seguindo um raciocínio de lógica metafísica, podemos chegar a compreender quem é o homem realmente. Veremos e saberemos que a imagem da Vida não é doente, nem a semelhança do Amor rancorosa, a manifestação do Espírito não é fraca nem a imagem da Verdade é desonesta.

Nosso Mestre Cristo Jesus fez obras maravilhosas, muitas vezes chamadas de milagres por que transpunham os limites das ciências humanas e materiais. Mas para o infinito não há milagres, pois a realidade espiritual não tem limites a serem transpostos. Quando coisas “extraordinárias” acontecem, vemos que a infinidade é que realmente governa.  As curas espirituais são a manifestação espontânea e direta da ação das verdades infinitas. Essa visão da verdade acerca do homem possibilitava a Jesus dizer a um paralítico: “Levanta-te, toma o teu leito e vai para tua casa” (Mateus 9:6) e ele se levantava. Ele era nosso Mestre, de modo que seguindo seus ensinamentos podemos realizar as obras que ele realizou: “Aquele que crer em mim fará também as obras que eu faço (João 14:12). O homem amplia e aperfeiçoa suas capacidades e possibilidades na medida em que  abandona a materialidade e fica só com a espiritualidade. Nossa visão do infinito que nos circunda nos capacita a gozar dessa presença do bem. Mary Baker Eddy sabiamente nos recomenda tomarmos a  verdade: “Deus perfeito e homem perfeito” (CeS, p.259) como base do pensar e do realizar.
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CS14

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Para crescer em “sabedoria, estatura e graça”


O relato bíblico no evangelho de Lucas dá conta de que “crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens” (Lucas 2:52).

O relato, no entanto, não esclarece o leitor sobre o que os pais de Jesus Cristo faziam para tal resultado. Temos que inferi-lo por dedução; e me atrevo a faze-lo porque me parece importante conhecer e dominar os parâmetros indicados. Qual pai-mãe humano não se sentiria feliz e realizado se visse sua prole crescer dentro dos parâmetros apontados?

         As poucas referências a atitudes de Maria e José para com o menino Jesus dão conta de eles tinham uma visão elevada sobre a missão do menino de Belém e que faziam com ele o que a lei determinava. Com essa orientação geral, pode-se concluir que eles lhe proporcionavam todas as condições humanas para desenvolvimento adequado, mas que também lhe dedicavam essa atenção e visão espirituais. Começo pelo elevado pensamento sobre a missão do pequeno filho pre-escolhido para ser o Messias, profetizado há séculos aos Filhos de Israel.

Pode um pai e/ou mãe dos dias atuais tomar como exemplo o comportamento dos pais de Jesus? Em termos, pode! Logicamente que seu filho/filha não será um Messias moderno, mas poderá ser um expoente de  espiritualidade entre seus semelhantes espalhando ao seu ambiente mental as qualidades divinas que abençoam. M.B. Eddy nos alerta que abençoamos aqueles sobre quem recaem nossos pensamentos espiritualizados. Os pais que tenham um entendimento da identidade espiritual de sua prole como filhos de Deus, estão dando a ela o melhor apoio que podem proporcionar a um ser humano. Aí está o terreno fértil para o crescimento em sabedoria!

         Para fomentar o crescimento em estatura, os pais humanos não precisam fazer muito esforço, pois a manifestação da Vida divina se encarrega de munir o ser em desenvolvimento com os elementos necessários. Podem—e devem—os pais apoiar o crescimento físico com pensamentos de cuidados sem medos de males limitadores ou ameaçadores. Não devem transformar os alimentos em ‘farmácias’, sabendo  e compreendendo claramente o que JC declarou:
            Não é o que entra pela boca que prejudica ao homem”.

         Também quando oramos o Pai-Nosso:
            O pão nosso de cada dia, dá-nos hoje” (Mateus 6:11),
podemos saber que toda dádiva divina é uma bênção e não pode prejudicar ou fazer mal. Com alimentação e atividades sadias, o jovem só pode progredir na estatura com plena desenvoltura, servindo de exemplo a seus pares.

         O terceiro parâmetro—a graça—dá aos pais a responsabilidade de viverem em ‘estado de graça’, pois só assim poderão transmitir, pelo exemplo, o profundo significado de graça, que é derivado da santidade divina. Na interpretação espiritual que Eddy dá para a Oração do Senhor na frase citada há pouco:
            Dá-nos graça para hoje, sacia os afetos famintos” (CeS, p. 17:5),
o reconhecermos que a graça que nos supre as necessidades vem de fonte infinita e divina,  impede a entrada na consciência de crenças errôneas de cunho materialístico que só nos atrapalham a desenvoltura humana. Pela Sua graça o Pai-Mãe nos sacia, nos supre as necessidades, nos perdoa as falhas, nos protege. Buscar um viver que conscientemente nos una à aplicação dessas ações em nosso viver diário demonstra que estamos buscando vivenciar o divino em equilíbrio com o humano.

         Lembro como exemplo de um amigo, um cristão dedicado à prática de um cristianismo  científico. Visitamos esse amigo quando seu filho primogênito tinha uns 6 meses. Nessa ocasião ele expôs su a visão de como pretendia criar e educar o filho. “Minha visão é de nunca manter pensamentos negativos na presença de Johann”. Não mais falamos sobre isso desde então; mas acredito que ele tenha cumprido seu propósito sério e sincero.

         Eddy resume muito claramente o assunto:
“Os filhos de pais que têm a mente voltada para o que é divino herdam mais intelecto, uma mente mais equilibrada e uma constituição mais sadia(CeS, p. 61: 11).
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quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Uma Nova Aliança

“Eis aí vem dias, diz o Senhor, em que firmarei uma nova aliança com a casa de Israel: ... Na mente lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei: Eu serei o Seu Deus, e eles serão o Meu povo” (Jeremias 31:31, 33).

         Nos primórdios da existência da lei divina junto ao povo de Israel, não havia leitores individuais; o povo não era letrado. Havia os escribas que liam para o povo, geralmente em ocasiões especiais, como é o caso em que Neemias leu para uma multidão reunida em frente à Porta da Águas, desde a manhã até meio-dia. Esse era o contato que o povo tinha com a lei. Percebe-se que havia dificuldade de assimilação do conteúdo da lei, tanto para compreende-la como para obedece-la. É compreensível que houvesse um anseio popular para que a lei fosse mais difundida entre o povo.

         Jeremias teve a humildade e iluminação de perceber tal anseio levando ao povo a mensagem de uma ‘Nova Aliança’ entre o povo e seu Deus ‘vivo’. Seria uma nova forma de tomar conhecimento da lei de Deus, de modo a que não houvesse desculpas por desobediência geral. O profeta tencionava impressionar o povo a conhecer a letra da lei e a cumpri-la seriamente.

Interessante observar que na época não havia tecnologia para imprimir matérias de interesse do povo. Hoje jornais e revistas (e não somente esses) usam essa tecnologia há tempos com total domínio. “Na mente lhes imprimirei,” parece que a Divindade desejava que as leis fossem gravadas de modo duradouro na consciência das pessoas, para serem compreendidas, e não esquecidas, que fossem de fácil lembrança.

         Outro aspecto curioso que hoje filosificamente é apreciado, é a  segunda parte da “Nova Aliança”, qual seja que além de imprimir na mente (a razão) a lei seria inscrita no coração (a emoção) de modo que gostassem de cumpri-la e com isso amassem mais e melhor a seu Deus. O que temos no ‘coração’, não esquecemos; é uma garantia de obediência.

Para quem se identifique/posicione espiritualmente como da Casa de Israel, verá que a profecia tem alcance profundo e individual, além de atual. Verá que o propósito divino é que as Suas leis sejam aceitas, entendidas, amadas, aplicadas por todos. A primeira coisa a fazer é identificar as leis que Deus faz tanta questão que sejam cumpridas. Seu resumo encontra-se nos Dez Mandamentos deixados por Moisés; um código de postura espiritual (frente a Deus) e moral (frente aos homens). Conhecer e obedecer esses preceitos faz as pessoas agradarem a Deus, ao mesmo tempo em que amparam seus pares no viver diário.

A primeira das leis é rigorosa:
“ Não terás outros deuses diante de Mim(Êxodo 20:2, 3).

O texto em si, soa mais como uma proibição em vez de um mandamento. Por que teria sido proferido assim? Ocorre que o povo estava acostumado a esse tipo de adoração de figuras; é o que viam os povos vizinhos fazerem, e o faziam também. Por isso a ordenança se fez por proibições: não ter outros deuses, não fazer imagem de escultura, não tomar o nome de Deus em vão, não matar, não adulterar, não dizer falso testemunho, etc. Não façam imagem de escultura para servir de adoração, pois quem vos tirou do Egito fui eu, vosso Senhor e Deus. É a Mim, o Espírito, que vocês devem louvor e gratidão!

De acordo com a Nova Aliança, uma vez ‘impressa’ a lei na mente e ‘inscrita’ no coração, a que corresponderia o ato proibido de fazer “imagem de escultura?” Seria como fazer imagens mentais de ‘coisas’ opostas a Deus, o Bem, a Vida, a Verdade, o Amor! A Sra Eddy recomenda:
“Apaga as imagens do pensamento mortal, bem como suas crenças  na doença e no pecado” (CeS, p. 91).

As imagens de males que abriguemos no pensamento são como idolatria espiritual, contra o que somos alertados ao longo de toda a Bíblia. Mas não são só os males imaginários a serem evitados; também devemos evitar a busca de soluções insistentemente ofertadas pelo senso material. Nossa fé precisa ser dirigida a Deus e Sua capacidade de manter a harmonia no universo, que inclui o homem.

Eddy é persistente na importância do indivíduo dar abrigo e cumprimento à lei divina. Escreve ela:
“O Principio divino do Primeiro Mandamento é a base da Ciência do      existir, pela qual o homem demonstra a saúde, a santidade e a vida eterna(CeS, p. 340).

Ela mesma faz uma lista dos benefícios para a humanidade provenientes da consciente unidade de Criador com criatura, unidos desde a origem, a Mente e ideia infinitas, Deus e homem em unidade universal:
   Um só Deus infinito, o bem, unifica homens e nações;
 estabelece a fraternidade dos homens;
põe fim às guerras;
cumpre o preceito das Escrituras: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’;
aniquila a idolatria pagã e a cristã—tudo o que está errado nos códigos      sociais, civis, criminais, políticos e religiosos;
estabelece a igualdade dos sexos;
anula a maldição sobre o homem [expulso do paraíso],
 e não deixa nada que possa pecar, sofrer, ser punido ou destruído(CS, idem).

A Nova Aliança profética tem um efeito purificador no gênero humano!
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(02.1.18)