O infinito universal está intimamente
ligado ao nosso ser
Dicionários
dão conta que esse vocábulo tem diversas linhas de conceituação: espacial,
temporal, numeral, espiritual. Normalmente é infinita uma “coisa indefinida”
que não tem limites de qualquer ordem. É ilimitada e ilimitável.
Quando
o homem olha para o infinito, não pode deixar de ficar extasiado. Olhar o céu
estrelado com suas nuanças de brilhos nas estrelas e nebulosas conduz-nos o
pensamento a ver nossa ínfima dimensão humana face ao macrocosmos. Quando
ouvimos falar em infinito vem-nos ao pensamento algo muito grande,
inconcebivelmente grande. Opondo-se a este conceito dimensional grandioso há o
fato dimensional infinitamente pequeno, ou melhor dito: infinitesimal. Células,
moléculas, átomos, partículas elétricas, partículas quânticas e etc, formam o
universo do microcosmos. Esses conceitos são relativos ao infinito na ilusória dimensão
de espaço. No espaço sideral as distâncias e os tempos são imensuráveis; não
podemos conceber pelo intelecto humano as distâncias entre os astros ou os
tempos de existência: quanto é 4 bilhões de anos? Ou 2 milhões de anos-luz?
Na
dimensão tempo pode-se falar de infinidade também. O primeiro pensamento para
tempo infinito será a eternidade; não acaba nunca. Mas a eternidade também não
tem começo. Ela é atemporal. Como a Vida eterna. As grandezas são figuradas
para estudos a fim de que se possa fazer um juízo lógico do fato ou fenômeno.
Os números servem para isso, e também para poder formular leis e regras
aplicáveis aos assuntos humanos. Exemplo: a regra da soma diz que 2 mais 2 são
4. Quanto é 2 milhões mais 2 milhões? 4 milhões. A regra das quantidades
finitas é a mesma. E quanto é 2
duodecilhões mais 2 duodecilhões? Como saber; ninguém pode contar até essa
cifra. Mas a regra da matemática vale também nesses números infinitamente
grandes. A resposta é 4 duodecilhões. Talvez se contássemos os grãos de areia
da praia a gente chegaria a um número parecido. Comparado com os números que
usualmente lidamos esse é um número infinitamente grande.
Percebe-se
que o conceito de infinito, em se tratando de grandezas, é relativo. Algo pode
ser infinito em relação a certa grandeza, mas infinitesimal em relação a outra.
O corpo humano, por exemplo, é infinito se comparado a uma célula. Mas ele
mesmo é infinitesimal em relação à população da Terra. Esta é infinita para um
corpo humano mas é infinitesimal em relação à via láctea, que, por sua vez, é
infinita frente à Terra mas infinitesimal frente ao universo. Parece que aí
temos que parar no desfile de conceitos. Por que? Os conceitos que beiram o
limite do que conhecemos chegam a um ponto em que precisam abandonar ideias preconcebidas de realidade, que geralmente se
desenvolvem no campo do espaço-tempo. Há muitos acontecimentos que as ciências
não conseguem explicar quando são de origem psicológica ou religiosa. Uma cura
de uma pessoa que seja realizada pela oração não encontra apoio na lógica
materialista, pois é um fenômeno desenvolvido no reino da espiritualidade.
Aqui
encontramos outro aspecto da infinidade: a espiritualidade. O reino da
espiritualidade é totalmente diferente do reino físico embora com ele
relacionado por meio de um laço infinito. A qual deles pertencemos? A direção
que definirmos para nosso conceito a respeito dessa indagação, determinará a
natureza de nossa experiência no reino físico. Aqui a Ciência do Cristianismo
será de grande ajuda pois ensina homens, mulheres e crianças a pensar com a
mente libertada dos conceitos finitos. Ensina a basear na espiritualidade a
compreensão acerca dos fenômenos. Não está a humanidade a procura de
espiritualidade? Pois aí está o caminho.
Como
se relaciona o homem ao infinito? O homem está compreendido no infinito, não
pode estar fora nem longe do infinito que está em toda parte. Lógico, não? Acrescente-se a isso
que o infinito é de todo bom, então o homem está sempre na presença do bem.
Nesse ponto já transpusemos o limiar do pensamento material e enveredamos por
um caminho de amplas oportunidades de ser e agir. Podemos afirmar que esse BEM
infinito nos acompanha em todos os lugares e em todos os momentos, e chegaremos
a dizer que esse bem infinito é onipresente e eterno. Na verdade ELE é também
onipotente (único poder) e onisciente (sabe tudo), e assim sendo nós vivemos NELE,
DELE dependemos. O apóstolo Paulo falou
aos atenienses: “Pois Nele vivemos, nos
movemos e existimos” (Atos 17:28).
Só
nos falta revelar qual o nome desse INFINITO. No Cristianismo chamâmo-lo DEUS.
As Sagradas Escrituras identificam esse Ser supremo com várias designações; a
saber: Vida, Verdade, Amor, Espírito. Essas palavras são escritas com inicial
maiúscula por se referirem a Deus. Todas têm a característica da infinidade, na
qual vivemos e existimos. Assim podemos dizer que vivemos na Vida, agimos na
Verdade, nos movemos no Amor, aonde quer que andemos: sobre a terra ou no
espaço entre as estrelas. Prezado amigo e amiga: pense, por um pouco, em que
você está cercado pela Vida infinita, que você age ao impulso do Amor infinito.
Nada pode deter a Vida de agir e se manifestar em nosso favor, nem desviar a
bondade do Amor que inclui a todos. Somos sempre amados pelo Amor, nunca somos
desprezados, sempre somos supridos com todo o bem. Nesse Amor que nos ampara
não há medo, nem rancor, nem engano, desprezo ou ódio. Há sempre apoio,
bondade, generosidade. Esse é o modo de Deus ser nosso pai. Procure realizar
que o infinito se manifesta em nossa vida. Veja que somos a semelhança do
infinito. Encha teu pensamento dessa Verdade, deixa que só ela ocupe teu
pensamento consciente. No livro Ciência e
Saúde com a Chave das Escrituras a autora, Mary Baker Eddy, abre o prefácio
com a confortadora afirmação: “Para os
que se apoiam no Infinito sustentador, o dia de hoje está repleto de bênçãos” (p. VII). Ela relata de sua experiência na compreensão
de que o infinito e bom não conhece o limitado e mau. Em sua obra Unidade do Bem, ela diz: “Quando vi com a maior clareza e
senti com a maior intensidade que o infinito não reconhece a moléstia, isso não
me separou de Deus, mas de tal maneira me ligou a Ele, que me capacitou a curar
instantaneamente um câncer que havia avançado até a veia jugular” (p. 7).
Deus
é o Infinito sustentador que sempre nos ama, guia, protege, cura e salva. Esta
é uma verdade que transcende com poder espiritual os conceitos finitos e
limitados das ciências humanas trazendo aos homens os efeitos da perene ação do
bem em todas as suas formas. Podemos gozar no reino humano essas benesses de
origem divina? Sim, com uma condição: qual seja, a de reconhecer e atribuir
realidade somente ao infinito e eterno. A Bíblia nos informa no Gênesis que
Deus “criou o homem
à Sua imagem e semelhança; homem e mulher os criou,... e viu que isso era bom” (Gênesis 1:27).
Segundo este relato o homem é imagem e semelhança da Vida, do Amor, da Verdade
e do Espírito, todos infinitos. Seguindo um raciocínio de lógica metafísica,
podemos chegar a compreender quem é o homem realmente. Veremos e saberemos que
a imagem da Vida não é doente, nem a semelhança do Amor rancorosa, a
manifestação do Espírito não é fraca nem a imagem da Verdade é desonesta.
Nosso
Mestre Cristo Jesus fez obras maravilhosas, muitas vezes chamadas de milagres
por que transpunham os limites das ciências humanas e materiais. Mas para o
infinito não há milagres, pois a realidade espiritual não tem limites a serem
transpostos. Quando coisas “extraordinárias” acontecem, vemos que a infinidade
é que realmente governa. As curas
espirituais são a manifestação espontânea e direta da ação das verdades
infinitas. Essa visão da verdade acerca do homem possibilitava a Jesus dizer a
um paralítico: “Levanta-te, toma o teu leito e vai para tua casa”
(Mateus 9:6) e ele se levantava.
Ele era nosso Mestre, de modo que seguindo seus ensinamentos podemos realizar
as obras que ele realizou: “Aquele que crer em mim fará também as obras que eu faço” (João 14:12).
O homem amplia e aperfeiçoa suas capacidades e possibilidades na medida em que abandona a materialidade e fica só com a
espiritualidade. Nossa visão do infinito que nos circunda nos capacita a gozar
dessa presença do bem. Mary Baker Eddy sabiamente nos recomenda tomarmos a verdade: “Deus perfeito e homem perfeito”
(CeS, p.259) como base do pensar e do realizar.
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CS14
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