quinta-feira, 20 de junho de 2019

EVANGELIZAR O “EGO” (CeS, p. 254).


Dá mais trabalho do que se pode imaginar!

         Quem leva a cabo tal evangelização? é o que me perguntava. Cada indivíduo faz sua parte, ou outros o fazem por ele? Podem outros faze-lo por nós, sem nosso consentimento? Essa evangelização indica a vinculação da pessoa a alguma organização religiosa?

         Para entender as perguntas e tentar responde-las, fui buscar a definição do verbete num dicionário. Encontrei: ‘tornar favorável, ou em conformidade, com o evangelho’. O Mestre JC ao pregar evangelizava as pessoas, e elas gostavam do que ouviam e viam. Viam pessoas serem curadas e espíritos imundos serem expulsos, e atribuíam esse façanha à autoridade de uma “nova doutrina”.

         O ‘ego’ aparece na conversa e atuação da individualidade na vivência das pessoas, com maior ou menor intensidade. As duas formas mais comuns até receberam definições diferenciadas, pois graficamente são termos parecidos: egotismo e egoísmo
Egotismo = sentimento exagerado da própria personalidade; ‘eu’ e mais ninguém; senso de rei.
Egoísmo = amor-próprio excessivo, que leva o indivíduo a olhar só para seus interesses, com desprezo aos alheios; amor próprio possessivo.

         Para evangelizar o ‘ego’ ou ‘eu’ a pessoa necessita demonstrar muita humildade, pois o processo irá requerer a disposição de abandonar certas práticas, ou conceitos e até preconceitos que parecem normais ou próprios de cada pessoa. Mas pelas definições vistas acima, o processo de cunho moral, e espiritual, é sumamente necessário para o convívio harmonioso das pessoas. Os Dez Mandamentos mosaicos têm na segunda parte 5 ordens de natureza humana visando o convício harmonioso das pessoas. Ao cristão sério e sincero no obedecer os Mandamentos não é difícil dar andamento ao processo de purificação do seu ‘ego’. Nos dez Mandamentos está o melhor resumo de ação para evangelizar o ‘ego’. A evangelização do ‘ego’ é a melhor arma para combater o egoísmo e egotismo, em si mesmo!

         MBEddy dá um ótimo conselho a quem sinceramente esteja buscando essa purificação. Diz ela:
“Conhece-te a ti mesmo, e Deus te dará a sabedoria e a ocasião para teres a vitória sobre o mal(CeS, p. 254).  

         Vê-se que a iniciativa não depende de ninguém mais do que o interessado. O segredo está no ‘conhecimento de si mesmo’, que não deve estar baseado na materialidade, ou aptidões do complexo físico. A melhor base está descrita no Gênesis, no relato da criação:
‘Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou(Gên. 1:27).

         Este é o ponto-base do entendimento de nosso ‘ego’: a imagem de Deus. No Glossário do livro Ciência e Saúde MBEddy dá sua versão do que seria a definição de “Eu ou Ego” sob a ótica puramente espiritual: “O único Eu(p. 588). Quando reconhecemos que esse único Ego é nosso Pai, estaremos nos aproximando da natureza infinita da criação divina.

         Certa feita alguém me comentou que Deus poderia ser tido como ‘egotista’ porque na Bíblia Ele se proclama único, ‘e não há outro’. Expliquei-lhe que o termo ‘egotista’ é pejorativo e de modo algum se aplica ou pode ser aplicado à Divindade. Deus é único e santo; ponto final!

         Quando nos unimos em pensamento a esse ser Único e Santo, estaremos purificando nosso ser, e teremos nosso eu evangelizado da melhor maneira possível! Podemos tranquilamente dizer: AMÉM,  Assim seja!
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segunda-feira, 10 de junho de 2019

O Psicossomatismo no Ambiente Humano



A sapiência humana não chega perto da onisapiência divina.

         Psicossomática é qualificada como a manifestação doentia ou sofredora com origens na forma de pensar, na psique; ou seja, origem psíquica ou mental. Medo, angústias ou ânsia inexplicável são exemplos aceitos como possíveis causas para males se manifestarem no corpo. Modernamente tem-se percebido um crescimento do índice de causas psicossomáticas.

         Leitores e estudiosos da Bíblia já aprenderam isso há séculos, depois de ler o livro de Jó:
             “... aquilo que temo me sobrevém, e o que receio me acontece” (Jó, 3:25).

         Aliás, uma circunstância presente na consciência de uma pessoa, não importa por quanto tempo ali esteja alojada, acaba por manifestar-se na vida dessa pessoa. Temores coletivos (geralmente fortes) tendem a trazer para a experiência dos temerosos exatamente aquilo que temiam/temem: condições climáticas severas, acidentes, pestes, contágio, pecado, morte, .... As pessoas nem sempre se dão conta de estarem abrigando no pensamento a semente de um mal; por isso é importante que cada um aprenda a vigiar seu próprio pensamento; e, em detectando alguma semente maligna, precaver-se desde logo em achar meios de desfazer-se do mal enquanto ainda no pensamento. Depois de vir à tona na vivência das pessoas, o mal geralmente é combatido com recursos materiais, que não são nem oferecem solução definitiva para os problemas humanos. Pensando-se logicamente, se algo problemático tenha origem mental, não é fora do reino mental que se achará a solução.

         O ‘inimigo’ chamado medo talvez seja o mais generalizado entre os humanos, e talvez o mais antigo, pois a Bíblia já há séculos ou milênios alertava as pessoas a respeito. Nesse compêndio sagrado encontram-se alguns dos mais encorajadores conselhos. Logicamente estão baseados na fé em Deus, no Seu amor, Seu poder e Sua sabedoria; o que é propalado pelo mundo cristão. Não só conselhos, também relatos de vivências humanas de superação do medo. A peça literária que me parece mais recheada de promessas divinas para vencimento do medo, é o Salmo 91; são nada menos que vinte promessas, do tipo: “Nenhum mal te sucederá”, ou “praga nenhuma chegará à tua tenda [casa](Salmos 91:10).

         A respeito da questão mental que tenham nossos problemas, tidos como físicos, tomo a liberdade de contar a experiência de um amigo quando em viagem de várias horas de Singapura a Moscou, no começo do ano. Estava sentindo-se miserável com a coceira e dores que sentia pelo corpo inteiro. O voo afigurava-se um suplício. Ele é um estudioso da Bíblia aplicador de Suas verdades, e, por experiência, sabia recorrer a Deus em horas de aperto. Viu-se envolvido num dilema: “Ou empregava os ensinamentos de Jesus, sabendo que não houve pecado nas ações que havia tomado, nem erro ou submissão a condições materiais, ou faria uma viagem cheia de inquietação até o destino.” Ele e outros haviam sido advertidos que as águas marinhas onde iriam banhar-se e pescar, estavam infestados de um tipo de algas que atacam organismos, e podem levar a morte. Ele decidiu-se por seguir ao exemplo de Jesus Cristo e saber que não houve pecado, nem engano em banhar-se ou pescar naquelas águas. “Disse-me que decidiu de todo o coração por essa linha de pensamento”. Contou-me que instantaneamente a coceira desapareceu, bem como as dores das arranhaduras. Ele mesmo sentiu-se surpreso.

         Vejo que o ponto crucial ou auge dessa experiência ocorreu quando meu amigo confiou de todo o coração no poder e presença do Espírito e do Amor de Deus. Logicamente sentiu-se feliz e livre, não só pelo alivio, mas também por lhe ter sido provado mais uma vez a origem mental dos problemas físicos. Aliás, não fosse mental, poderia o problema desaparecer, assim, como por  encanto?

Essa experiência é prova mais do que cabal da natureza psicossomática dos problemas de saúde que as pessoas sentem. Será que as ciências e pesquisas médicas mais avançadas encontrarão soluções consistentes a essa condição nada material para as doenças? O que se tem visto até aqui é que as medicações nem sempre, ou quase nunca, trazem total alívio nem duradouro às pessoas. Aliás os frequentes esclarecimentos feitos por médicos às pessoas (mesmo com boas intenções) tendem a fixar ou ampliar os temores delas em torno de pontos críticos da saúde humana. E quanto mais fixados e ampliados, tanto mais cedo virão à tona. Para tirá-los de nossa vivência, só tirando-os primeiro do pensamento! Mas como? Perguntou-me, certa vez, um amigo. Logicamente não podemos pinçar os pensamentos como se fossem fios de barbante. Para tirá-los do pensamento só substituindo-os por outros. É uma troca. JC sempre recomendava: “Arrependei-vos!” Vale dizer, mudai vosso modo de pensar! A experiência que relatei acima, é um belo exemplo de mudança de pensamento. Quando o fez ‘de todo o coração’, o resultado apareceu imediatamente.

O apóstolo Paulo dá um conselho fundamental a seus ouvintes e leitores, conselho que nos convém seguir com seriedade, nós cristãos de todas as épocas:
“Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento(Fil. 4:8). 

Quando essas qualidades ocupam—totalmente—nosso pensamento nele não sobra espaço para os opostos, agiremos de acordo com elas abençoando a todos, e a nós e bendizendo a Deus. Se as circunstâncias hostis à nossa saúde, bem-estar e felicidade ficarem longe de nosso pensamento, elas também não se manifestarão em nossa vivência. Penso que a classe médica poderia contribuir muitíssimo para que as pessoas não absorvessem tantos receios, deixando de propagar longas descrições e potencialidades fatais de sintomas e ou (meras) preocupações dos humanos. 

Li recentemente comentários a respeito do trabalho do cientista e biólogo celular Bruce Lipton, americano, em que relata suas descobertas no campo da composição celular e suas relações no desenvolvimento e comportamento humano. Algumas das afirmações em seu livro “A Biologia da Crença” (2006) atordoaram o mundo dito científico: “Remédios são uma farsa” e “Pensamentos curam mais do que remédios”. Percebe-se que o pensamento esclarecido a respeito da origem das doenças está se afastando do pseudo centro ou foco na matéria. Isso, com certeza, virá para o bem da humanidade, depois de exorcizar as crenças há muito tempo enraizadas no pensar humano de base material.

Reconheço a atuação dessa classe de profissionais pela sua dedicação às pessoas necessitadas de atenção. A diferenciação que faço, prende-se aos conceitos básicos da medicina alopática que vê no corpo físico o começo e o fim das doenças, a origem e a cura de males físicos.
.0.


quarta-feira, 29 de maio de 2019

“... quando acordar ...”


Despertar do sono ou do sonho. Eis a questão!

       O título é tomado de um versículo de Salmos (17:15): “Quando acordar, eu me satisfarei com a tua semelhança.” Quando a frase apareceu numa lição bíblica sobre o tema “A Alma e o corpo”, resolvi mergulhar mais a fundo no significado. Os termos que de imediato chamaram a atenção foram: acordar, satisfarei e semelhança.

Acordar. O autor da frase não estava dormindo ao proferir a frase. Então, acordar de que? Do sono, ou do sonho? Cada termo tem seu significado. Acordar do sono, é despertar do descanso; sair do repouso para o trabalho, da inconsciência para a consciência. Acordar do sonho é sair de uma ‘realidade’ imaginativa e fictícia (ver imagens de pensamento) para a realidade das coisas. Alguém sob sono hipnótico, vê coisas que lhe parecem reais, mas só a ele. Como escapar dessa ilusão? Acordando!  Uma pessoa que esteja tendo um pesadelo, sofre pelo que vê e sente como se realidade fosse. Como salvá-lo dessa condição? Acordando-o! Assim, me pareceu que o termo ‘acordar’ sob análise tem a maior significação no referente a acordar de um sonho. O despertar de um sonho hipnótico, deixa a pessoa em dúvidas, pois não se lembra de nada. Mas a pessoa que desperta de um pesadelo, sente-se aliviada e agradecida; satisfeita, diria eu. 

Satisfazer. A análise desenvolvida até aqui, já dá ideia que o salmista se referia a um ‘sonho ruim’, pois o despertar de um pesadelo dá à pessoa satisfação de haver cessado o pseudocaso. Como a exclamação do autor se refere a Deus, a questão assume a feição de uma pergunta existencial: “Eu me satisfaço com a Tua semelhança!” Parece dizer que agora compreende a realidade de sua existência, sua identidade semelhante a Deus, com todos os atributos divinos sendo refletidos livremente, fortemente, irresistivelmente, espiritualmente. Satisfazer tem também o sentido de atender necessidades. Assim o autor percebeu que o desapertar de seu sonho trouxe consigo a satisfação (atendimento) de suas necessidades. Ele mesmo soube cantar: “O Senhor é meu Pastor; nada me faltará” (Salmo 23:1).

Semelhança. O despertar para a realidade da natureza espiritual do homem, fá-lo exultar pois não há maior alegria e satisfação e felicidade do que perceber (bem no íntimo) que estamos com Deus, o Pai-Mãe, no reino dEle, para todo o sempre, todos juntamente incluídos. O Mestre Cristão (JC) proclamou: “Sede vós perfeitos como é perfeito vosso Pai que está nos céus(Mat. 5:48). É como se tivesse dito: ‘Façam isso, e vereis quanta alegria e felicidade brotará em vossos corações’. O salmista usou a expressão quase dois mil anos antes de Jesus, revelando uma sintonia espiritual nos dois líderes.

         Sob o ponto de vista metafísico, o termo ‘despertar’ tem uma conotação bastante mais profunda. Podemos tomá-lo do exemplo de Jesus Cristo, ao saber que seu amigo Lázaro havia falecido: “Vou despertá-lo!” (João 11:11|). O Mestre não tinha dúvidas de que o sono, ou sonho da morte, não era a realidade de um ser vivente. O apóstolo Paulo fez uma admoestação pertinente na sua epístola aos Efésios (5:14):
“Desperta, ó tu que dormes, levanta-te dentre os mortos, e Cristo te iluminará” (Efes 5:14).

         Não precisa ser mais clara a conotação de despertar do sonho da morte que Paulo empregou. E se falássemos de ‘sonho de vida na matéria’? Estaríamos falando da mesma coisa, pois o ‘sonho de vida na matéria’ nada mais é do que a aparência de morte. M.B.Eddy refere-se muitas vezes ao ‘sonho de vida na matéria’ como a raiz dos males de que a humanidade sofre. Em sua obra Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras ela dá o toque final no tema:
“Quando despertarmos para a verdade a respeito do existir, toda doença, a dor, a fraqueza, o cansaço, o pesar, o pecado e a morte serão desconhecidos, e o sonho mortal cessará para sempre(p. 218).

         O sonho mortal, ou o sonho de vida na matéria, tem acompanhado a humanidade há séculos, e esta parece ainda não ter se dado conta de o modo de despertar desse modo maléfico e errôneo de pensar pode ser encontrado nos ensinamentos do Mestre Jesus. A Ciência do Cristianismo aí está há 160 anos mostrando e demonstrando que a teologia de Cristo Jesus, quando aplicada corretamente, traz maravilhosos resultados aos homens. Eles, então, se aperceberão que são filhos amados de Deus, por Ele mantidos em harmonia e perfeição, saúde e vida eterna. Aprenderia sobre a séria admoestação de Paulo aos Romanos:
Já é hora de vos despertardes do sono; porque nossa salvação está, agora, mais perto do que quando no princípio cremos(Rom. 13:11).

Tomo novamente as palavras de Eddy:
 
Se a doença e o pecado são ilusões (sonhos), o despertar desse sonho mortal, dessa ilusão, nos traz para a saúde, a santidade e a imortalidade. Esse despertar é a perpétua vinda do Cristo, o aparecimento mais adiantado da Verdade, que expulsa o erro e cura os doentes. Essa é a salvação que vem por meio de Deus, o Principio divino, o Amor, como Jesus demonstrou” (CeS, p. 230).
.o.


terça-feira, 9 de abril de 2019

“Nosso eterno lar”


     Todos nós conhecemos, e muitos a sabem de cor, a afirmação da Sra. Eddy em Ciência e Saúde:
“A oração que reforma o pecador e cura o doente é uma fé absoluta em que tudo é possível a Deus—uma compreensão espiritual acerca dEle, um amor isento de ego” 
(p. 1).

     Eu sempre me faço perguntas sobre algum texto, para ver se entendo o significado. Há poucos dias, pensando sobre a frase mencionada, me ocorreram muitas perguntas (mais do que incialmente imaginei). Vou compartilhar algumas com os amigos.

1)    Quem faz a oração mencionada por Mary Baker Eddy?  Entendo que seja o cientista cristão; o praticista; estudantes da Ciência do Cristianismo.

2)    Onde é feita?  Em qualquer lugar podemos orar; no hospital; na igreja; no ambiente onde estivermos;

3)     Para quem é feita?   Pode ser para alguma pessoa em particular; ou alguma condição coletiva; para os cultos da igreja;

4)    Quantas palavras devem constituir tal oração?  Não é o número de palavras ditas, mas a sinceridade e humildade de coração (os 3 ingredientes mencionados por Eddy).

5)    Qual a base da oração eficaz?  Por não carecer de palavras, a base é a Ciência divina, uma ciência que lida apenas com ideias, sem palavras. A Ciência Cristã é a melhor tradução da Ciência Divina ao pensamento humano. Se precisarmos de palavras, a Ciência Cristã é a melhor fonte. A intepretação espiritual do Pai-Nosso é uma boa base inicial;

6)    Qual a disposição mental para a oração?  A) Sentir a fé em Deus do tipo ‘que remove montanhas’, ou seja, que nada é impossível à onipotência do bem; B) Praticar a compreensão espiritual sobre Deus e Sua criação, inclusive o homem; C) Amar a tudo na natureza, e a todos na humanidade; um amor cristão da mais pura natureza; só amor, sem querer retorno, com total desprendimento. Com essa disposição não precisamos de palavras; basta uma ação da Alma; não pretenderemos resolver problema humano; não faremos pedidos a Deus para atender nossos pedidos; deixaremos o “eu” humano de lado;

7)    Agora uma pergunta de auto-exame: “Exerço eu essa oração?  Essa indagação é para ser respondida individualmente, no ambiente da vida e na igreja. Este item é o que mais me interessa, pois se na minha igreja não ocorrem curas como podemos atrair a atenção e interesse das pessoas que estejam procurando a substância da espiritualidade. A humanidade está buscando uma fonte para resolver seus problemas, e nós sabemos que a espiritualidade contém as soluções de todos os problemas humanos. Nenhuma doutrina cristã é tão prática como a Ciência do Cristianismo.

Se nossas orações não estão trazendo os resultados desejados e possíveis, devemos buscar um entendimento do porquê. Se este for o caso de nossa igreja (conjunto de membros) me atrevo a expor algumas considerações.Qual dos 3 aspectos é mais importante?  Jesus após curar algum enfermo, disse (várias vezes): “Tua fé te salvou. Vai-te em paz.” Ele não citou: ‘Tua compreensão, ou teu amor te curou.’  Entendo que salvação engloba a eliminação de todo erro, a cura completa do pecado-doença e morte. A formulação da questão em pauta, tem um aspecto típico do senso humano, que gosta de saber quem ou qual é mais importante. Como expressão e manifestação da Alma, são todos iguais; é o conjunto que dá os resultados “milagrosos aos olhos humanos.” Quem quer que expresse esse conjunto de qualidades espirituais vivenciará o que Eddy expressou na frase em análise.

Há um Hino no Hinário da Ciência Cristã que gosto de cantar, N. 205:
Quisera ter tão firme fé,/ que embora em aflição,/ Eu não tremesse por pesar / ou por tribulação.
“A fé que brilha ainda mais, / em meio ao temporal, / Jamais vacila por temor,/ nas trevas ou no mal..
Ó, dá-nos dessa fé, Senhor / e tudo passará. / Ó deixa-nos aqui gozar, / de nosso eterno lar.”

A busca por essas qualidades da oração eficaz é assunto individual. Mas, quanto mais nos empenharmos, mais e melhor as expressaremos em nossa vida, e dos nossos. Nossa igreja exultará, e nossos serviços se encherão de pessoas que querem conhecer o método, e gozar dos resultados. É lógico, que isso aumentará nossa responsabilidade cristã, mas também nos encherá de alegria pelo bem que é realizado. Assim teremos uma igreja feliz! ...           ‘Nosso eterno lar’.


sábado, 9 de março de 2019

Por que, ou para que envelhecer?


As crenças envolvidas com envelhecimento podem, ser contornadas

   No mundo material e humano a idade tem evidências que acompanham os seres vivos, não raro enchendo-lhes a consciência com receios e preocupações, além de problemas contra os quais parece não haver meios de contorná-los.

   O ciclo de crescimento, amadurecimento e desaparecimento é visível em todos os reinos: animal, vegetal e humano. Um vegetal expõe suas qualidades até dar fruto, e então murchar ou fenecer para dar lugar a um novo ciclo. No caso de árvores os frutos evidenciam o ciclo em questão. Vegetais que não dão fruto, dão flores e sementes que preenchem o mesmo papel. Todos os tipos de animais passam pelo mesmo ciclo, grandes e pequenos, terrestres e marinhos. Mesmo entre insetos é possível detectar-se as fases mencionadas. Penso que até ETs convivam com tal condicionamento, logicamente próprio deles.

   O passar do tempo parece ser o fator incontornável para os seres viventes. Cada espécie tem ciclo temporal próprio. Nós humanos nos acostumamos a contar o tempo, passado e/ou futuro, e dentro dele desenvolvemos nossas atividades e nossas vidas. Por causa dele também cercamos e enchemos nossos pensamentos com preocupações e precauções por causa das crenças de que a idade traga problemas sérios de saúde e outras limitações. Se conseguíssemos livrar-nos dessas crenças, seria nossa existência no corpo eterna? Não! Mas seria isenta das preocupações que perseguem os humanos desde tenra idade. Será que os animais também se preocupam com o tempo? Logicamente, não. Eles não dispõem de capacidade mental. Mas imagine-se uma pessoa viver sem se preocupar com a idade. Ela seria muito feliz, penso eu.

   Essa possibilidade pode ser tirada do tempo condicional. As pessoas têm oportunidade e capacidade de lançarem mãos à capacidade mental de abstrair o tempo de seu pensamento, conscientemente. Basta assumir uma visão diferente e mais elevada de nossa existência. As crenças de vida na matéria são as que nos lançam no fosso dos problemas identificados com a idade. O que fazer então? Livrar-nos dessas crenças! Mas como? Recorrendo a conceitos e ideias sobre a origem do homem que desviem nossa fixação no ‘domínio’ material. A Ciência do Cristianismo tem os recursos para tal transcendentalismo, e a Bíblia é o foco básico dessa Ciência.

   O que Cristo Jesus ensinou e demonstrou está calcado nessa visão supra material. Senão, como poderia dizer: “Sede vós perfeitos, quão perfeito é o vosso Pai celeste” (Mateus 5:48). Como poderíamos nós ser semelhantes a Deus, o Espírito, com esta carcaça material que carregamos? O conselho do Mestre só tem validade se abstrairmos a entidade material e assumirmos a identidade espiritual. Ele, com toda certeza, tinha em mente o fato da criação do homem:
“Disse Deus: façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança. ... Criou Deus, pois, o homem à Sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou(Gên. 1:26, 27).

   Por acaso o prezado leitor conclui desse versículo que Deus tenha uma figura análoga à figura humana, e que sofra mutações como nós? Então é necessário que recicle sua lógica, e faça, em sua mente, o homem à semelhança de Deus, que sabemos ser infinito, não ter forma delimitada, estar em todo lugar e não estar dentro de objetos limitados. Como pode o homem finito ser semelhante ao Deus infinito? Acontece que esse homem finito não é a semelhança de Deus. Temos que abstrair nosso pensar do físico para perceber a semelhança espiritual do homem com Deus. Nossa percepção desse homem é um fato espiritual; ocorre na mente e não é visível aos sentidos físicos. As qualidades que reconhecemos em Deus, podemos saber que também pertencem ao homem semelhante a Deus. Lembrem-se das palavras do Mestre: “Sede perfeitos como vosso Pai celeste”.

   De que nos serve tal percepção? O melhor exemplo de serventia está na própria vida de Jesus e suas obras. Sem a percepção espiritual de nosso verdadeiro ser, não se pode realizar as demonstrações de poder espiritual evidenciado nas obras cristãs, inclusive curas. O modo como o Mestre lidava com situações materiais (aflitivas aos humanos) está muito bem ilustrada no relato do encontro de Jairo, chefe da sinagoga, com Jesus. Jairo havia pedido ao Mestre que fosse com ele para curar sua filha. No caminho recebeu a notícia do falecimento da filha. Ao chegarem na casa encontraram todo o alvoroço de um velório, onde, cfe. a tradição, se reuniam as viúvas para promover o choro. Jesus lhes disse para se acalmarem, posto que a menina não estava morta, mas ‘dormia’:
         “E riam-se dele, pois sabiam que ela estava morta” (Lucas 8:53).

   Pois Jesus fez a menina despertar do sono da morte, provando, assim, que tinha razão e que dissera a verdade. Para onde fora a ‘sabedoria’ dos chorões do velório? Digo que foi lançada no fosso da irrealidade, seu verdadeiro lugar. Esse acontecimento demonstrou que a visão cristã da vida tem uma tremenda serventia à humanidade. E essa condição não era uma capacidade exclusiva do Mestre, pois ele mesmo disse:
         “Aquele que crê em mim, fará também as obras que eu faço(João 14:12).

   Levando-se a sério o que Jesus ensinou  podemos realizar curas, físicas e/ou morais. O que falta é a disposição de carregar consigo na consciência a ‘cruz’ do desapego às crenças materiais, e os ditos prazeres materiais. Alguém poderia retrucar: “É mais fácil falar do fazer!” E eu responderia: Sim! Pois é preciso dedicar uma vida aos valores espirituais e transcendentais. Foi o próprio JC que chamou a atenção a respeito do seguir seus passos e obras:
Se alguém quer vir após mim [realizar as mesmas obras], a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me” (Mateus 16:24).

   As obras de Jesus Cristo, além de extraordinariamente beneficentes entre a humanidade, acarretam, contudo, uma enorme dose de amor ao próximo que transponha inclusive os ódios e ciúmes que recaem sobre o benfeitor. Foram as obras extraordinárias, em espécie e volume, que fizeram o povo seguir o Mestre, mas que também geraram o antagonismo e ódio dos fariseus e outros adversários. Será que esses sentimentos foram erradicados desde então? É melhor que os praticantes da Ciência do Cristianismo estejam de sobreaviso e alertas às maquinações do mal. Sua fiel aderência aos princípios divinos (aliados ao Espírito onipotente) lhes darão a vitória, em qualquer circunstância.
.o0o.

sábado, 26 de janeiro de 2019

ORAÇÃO PELO GOVERNO


Porque o Senhor é o nosso juiz poder judiciário;
O Senhor é o nosso legislador—poder legislativo;
O Senhor é nosso rei—poder executivo;
Ele (Deus) nos salvará!” (Não um presidente pessoal.)

É comum ouvir-se entre cristãos observações de que os cidadãos devem orar pelo governo. Mas como se faz isso? Que tipo de oração pode ser eficiente no trato da administração pública de um país ou um estado? É o que eu estava conjeturando fazer. Em meio a pesquisa de material para tal oração de cunho cristão, ocorreu-me que a melhor solução seria que os dirigentes públicos soubessem buscar na Mente infinita, Deus, a força moral, a sabedoria e a inspiração para seus atos. Por que isso? Eu encontrei na Bíblia Sagrada, mais exatamente no livro do profeta Isaías, a melhor fonte para tal posicionamento. Diz o profeta:
O Senhor é o nosso juiz, o Senhor é o nosso legislador, o Senhor é o nosso Rei; Ele nos salvará” (Isa 33:22).
         Estão aí nitidamente identificados os três poderes da administração pública: Judiciário, Legislativo e Executivo. Onde estão centrados esses poderes? No saber infinito do Deus infinito, a quem os cristãos dizem adorar. De onde vem as soluções mais favoráveis à sociedade? “Do Senhor”, o verdadeiro Juiz, Legislador e ‘Rei’.
         Percebi que esse é o melhor enfoque para nossas orações em prol do governo, e a favor da comunidade. Se buscamos na oração subsídios para apoiar moral e espiritualmente aos dignitários do governo, temos que dirigi-la a quem de direito: o verdadeiro Juiz, Legislador e Mandatário. Ele—e só Ele—é capaz de prover ideias construtivas e positivas na variedade e quantidade necessárias para alcançar todos os envolvidos. Nossa oração cristã não pode nem deve desviar-se de Deus, a Mente infinita. Não podemos reconhecer outro poder, sob pena de desonrar a Deus, contrariando o primeiro Mandamento: “Não terás outros deuses ...”
         A oração é um recurso espiritual, e como tal ela deve procurar na fonte divina a solução para as questões humanas. Não podemos orar a Deus e esperar dos humanos que estes produzam as melhores soluções. Temos que saber que vêm de Deus as melhores ideias, e que Ele está sempre em ação, sempre presente, disponível e disposto a prover a Seus filhos o que lhes seja necessário. Mary Baker Eddy, escreveu em seu livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, algo que nos ajuda a transpor as circunstâncias do ambiente  humano para um mais elevado. Diz ela:
“Deus construiu uma plataforma mais elevada de direitos humanos, e a construiu sobre declarações mais divinas. Essas declarações não são feitas por meio de códigos e dogmas, mas em demonstração de ‘paz na terra entre os homens’ e de boa vontade para com eles” (CeS, p. 226).
        Paz na terra entre os homens” não é um postulado humano mas é um desiderato divino e cristão. É algo que sempre podemos evocar em nossas atividades como cidadãos, é um ideal que podemos perseguir e propalar para o bem da humanidade.
         Na medida em que abrigamos em nossa consciência a união e unidade de Deus, a consciência infinita, com os homens como filhos de Deus, podemos ver concretizada a visão que Eddy expôs:
“Um só Deus infinito, o bem, unifica homens e nações; estabelece a fraternidade dos homens; põe fim às guerras; ... aniquila ... o que está errado nos códigos sociais, civis, criminais, políticos e religiosos; estabelece a igualdade dos sexos; ...” (CeS, p. 340).

        Este mundo seria melhor, se nele essas coisas ocorressem naturalmente!
.o0o.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

A Maravilhosa Unidade Gerada pela Graça Divina


“Eu, e o Pai, somos um!

        O homem criado pelo Deus universal, incorpora a unidade e universalidade (infinidade) da natureza divina: “Criou Deus, pois, ao homem à sua imagem [e semelhança], à imagem de Deus o criou” (Gên. 1:27). Este é um fato espiritual que os homens bem fariam em honrar e venerar.
         Eis a maravilhosa unidade da criação divina com Seu Criador:
É a Vida e sua manifestação;
É a Verdade e sua expressão;
É o Espírito e sua semelhança;
É o Amor e sua imagem;
É a Alma e sua representação;
É a Mente e sua ideia;
É o Princípio e seu reflexo;
          Todas as qualidades divinas num só ser, numa só criação, num só lugar e tempo: aqui e agora. Todos os seres da criação participando, e expressando beleza, força, liberdade, pureza e saúde.  
Com essa consciência o homem expressa as qualidades advindas de Deus, e goza de saúde, liberdade, santidade, força, inteligência, fraternidade, capacidade decisória, amplitude mental. Com essa consciência o homem se aproxima das qualidades crísticas que deram a Jesus a capacidade além-de-humana para demonstrar domínio sobre tempo, sobre leis materiais, sobre escassez, sobre doenças, pecado, morte. Mas ele disse que podemos fazer as mesmas obras, com a condição: “Aqueles que crêem em mim”! (João 14:12). Essa condição está radicada na consciência do Espírito infinito, o Bem, como o Mestre expressava. Humanamente é difícil crer que alguém possa realizar aquelas obras descritas na Bíblia. Mas, pelo fato do Mestre ter afirmado tal possibilidade, temos que crer e buscar realiza-las. Ocorre que, humanamente, ou seja, com base nas capacidades meramente humanas, tais obras são realmente impossíveis de realizar. Por isso a crença humana as denomina ‘milagres’, ou seja, realizações inacreditáveis, contrárias a qualquer tipo de lei de domínio humano. Mas para Deus isso não é assim!
O elemento aglutinador dessa unidade é a Graça divina. O Pai por Sua graça e amor não nos repele de Sua presença. Na verdade, Ele tem prazer nessa aproximação. Só por vontade humana tal unidade não se concretiza.               Gosto de pensar e cantarolar “Amazing Grace”, um hino inspirado e inspirador conhecido mundialmente. Como não sei a letra, acompanho a melodia com algumas ideias como as que compartilho nesta crônica. Isso me proporciona uma indizível calma e harmonia. Também gosto de destacar a graça divina na oração o Pai-Nosso. Chamo-a de Maravilhosa Graça Divina. Ela é fonte/causa de sermos preservados, supridos, protegidos, inspirados, sanados. Nossa unidade com o Pai nos faz perceber a presença dessas dádivas. Elas vêm por sua Graça e são profusamente expostas na Oração do Senhor. Vejamos em cada frase como a Graça divina atua:
-A Graça preenche a infinidade dos céus;
-A Graça é pura santidade;
-A Graça está em todo o reino de Deus;
-A Graça é a vontade de Deus;
-A Graça nos supre as necessidades diárias;
-A Graça nos perdoa; exemplo para nós;
-A Graça nos protege de tentações e males:
-A Graça acompanha supremacia Divina.
Uma consciência desse quilate espiritual não pode deixar de elevar-nos a fé e a compreensão espiritual. Essa elevação é o grande agente impulsor da graça divina visível em nossa vida. O Mestre CJ, os apóstolos e também M.B.Eddy são exemplos percebidos pela humanidade do que a elevação espiritual pode fazer para as pessoas. São luminares a serem seguidos e imitados em nossas vidas, tanto para nosso bem, como para o bem da humanidade.   
Estar na presença de Deus é um fato, uma verdade, que não pode ser alterado. A presença de Deus, preenchendo todos os espaços, inunda o universo das qualidades divinas: perfeição, harmonia, alegria, saúde, inteligência, sabedoria, força, e assim por diante.
Na medida em que preenchemos nossa consciência com tais verdades, vê-las-emos em todo lugar, a todo momento, envolvendo a todos e a tudo. Tal consciência orienta nossa vida para o bem de todos, e nos ajuda a superar limitações e desafios do senso material. Tal consciência nos diz que estamos mergulhados/inundados no Espírito, e com isso vamos gozar dessa presença e poder a todo momento e em todo lugar. Não teremos noção do mal—qualquer que seja!
          Na presença da luz somos iluminados (tocados, cercados...); na presença da Vida somos cercados pelas manifestações da Vida em harmonia e perfeição.
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