quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Cuidado com o contagio ... mental

Há mais cuidados a serem atendidos além dos cuidados físicos

A onda de medo que assola o país e países no mundo tem vários nomes: “Zica, Dengue, mosquito e etc.” A mídia, cheia de cuidados com a saúde pública, divulga números, dados , tristes relatos de casos reais, detalhes de sintomas, detalhes de cuidados a tomar para corrigir os descuidos. Conquanto tais divulgações sejam sinceras nos propósitos cooperativos e sociais, elas , contudo, podem contagiar a consciência das pessoas. Fazem-no involuntariamente ao incutirem nos ouvintes cidadãos o medo ou pavor, como se fossem presas indefesas de um monstro assustador e malvado.

Mas isso não precisa ser assim. É importante que a par dos informes sejam divulgadas mensagens de encorajamento e ânimo para enfrentar e vencer o avanço da “epidemia”. As promessas de novos recursos medicinais ainda demorados não encorajam a sociedade para uma postura de enfrentamento, que muito a ajudaria a superar limitações de toda ordem. A postura psicológica da comunidade é de suma importância, pois pode coadjuvar soluções e gerar uma energia afirmativa para enfrentar o problema.

A questão do contágio tem um vetor psíquico que normalmente é desconhecido ou desprezado. A questão da propagação do mal por contágio físico é algo a ser pensado sob outra perspectiva. Cito um exemplo do livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, publicado em 1866 nos Estados Unidos. Diz a autora Mary Baker Eddy:

“Visto que é uma lei da mente mortal que certas doenças devam ser consideradas contagiosas, essa lei ganha influência por associação de ideias—despertando o medo que cria a imagem da doença e sua consequenrte manifestação no corpo.
“O seguinte incidente é um exemplo desse fato da metafísica:  fizeram crer a um homem que ele estava ocupando uma cama em que um doente de cólera havia morrido. Imediatamente lhe apareceram os sintomas dessa doença, e o homem morreu. O fato é que ele não havia contraído cólera por contato material, porque nenhum paciente de cólera havia ocupado aquela cama” (p. 154)

Se aquele homem tivesse sido instruído corretamente de que essa doença não se transmite por contato físico, ele provavelmente não teria se tornado vítima do pseudo contágio e teria resistido incólume à experiência. O conhecimento correto é uma defesa segura e garantia de imunidade em qualquer situação.

Por acaso, essa cogitação valeria em meio a essa onda crescente em que estamos envolvidos? Com certeza! Assim como é certa nossa defesa contra o mal que a tantos aflige. O medo é o grande inimigo das pessoas, que incontido e incutido assusta a tantos, grandes e pequenos, acabando por enfraquecer o sistema imunológico de pessoas. O medo guardado na consciência é o fator propagador dos males. Mesmo escondido atrás de preocupações e afazeres é fácil de perceber a presença dele. É o  puxador do cordão das conversas malsãs na sociedade.

E há ainda mais um recurso ao qual as pessoas podem recorrer sem dispender um “tostão”: a oração da fé. Todo cristão que estuda a Bíblia conhece o conselho do apóstolo Tiago:

Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja e estes façam oração sobre ele...em nome do Senhor. E a oração da fé salvará o enfermo e o Senhor o levantará” (Tiago 5: 14, 15).

Os cristãos podem unir-se em círculos de oração para protegerem a sí e também à comunidade. A oração da fé é dirigida ao poder e presença do AMOR divino, Deus. Ela nunca nos volta vazia, mas retorna com bênçãos de bem estar, de saúde e de felicidade. Quem crer verá!
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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

A Crítica


Criticar ou censurar te fechará a porta do paraíso   
Francis Fluno, CSB    

A crítica te impedirá de ter demonstrações próprias e para outros, te bloqueará o progresso; deterá teu progresso; te levará a problemas; te encaminhará para a discórdia, a todo tipo de mal, inimizades, ódio e inveja. Enquanto esse espírito de crítica permanecer em teu pensamento sem que o desalojes, não poderás encontrar teu caminho na verdade, pois estás buscando erros constantemente, estás agindo em planos materiais e mortais.

Vais criticar a todos e tudo, vais censurar as pessoas de toda forma possível. O modo de vestir, o modo caminhar, de falar, a forma como leem, como cantam, tudo o que os demais fazem, como pronunciam e articulam suas palavras. Vais criticá-las de todo modo possível e vais te concentrar nisso.

Se o espírito de crítica estiver em teu coração, irá crescer. O que quero dizer é que se ele está ali e não te desfazes dele depois de tê-lo detectado, ele naturalmente ficará ali e continuará crescendo. Então, com o tempo quererás saber por que não consegues ter demonstrações; quererás saber por que não conheces e demonstras a Verdade, e todo o bem que gostarias. É porque tomaste o costume de criticar as pessoas; censuras o que fazem e o que dizem; não estás buscando a verdade no que é feito, mas estudando erros. Erros é o que estás buscando e é só nisso que pensas.

Criticar é umas das piores coisas a que podes te dedicar numa comunidade; é uma das piores coisas a que podes te dedicar numa igreja, é uma das piores coisas em que ocupar teu pensamento. É uma das chaves para a perdição porque conduz a ela. Te leva a aborrecer-te, a ser ingrato, leva a tudo menos ao amor ao próximo e aos amigos.

Qualquer um pode criticar. Jamais vi uma pessoa, por mais débil mental que fosse, se pudesse falar, que não falasse dos erros dos outros. Jamais vi alguém tão embriagado que, ao falar, não falasse para criticar aos outros. Qualquer um pode fazê-lo e enquanto permitires que isso entre em teu pensamento e ali o deixes quieto, ele seguirá aumentando até creres que foste escolhido como crítico e que essa seja tua missão; que essa seja tua tarefa e o trabalho a fazer. CRITICAR é algo terrível. Nunca fez nenhum bem e nunca fará. Não consegue faze-lo, porque opera inteiramente no plano mortal. Quando criticas, não estás ajudando ninguém e nem estás ajudando a ti mesmo.

A crítica não pertence à Ciência Cristã, porque não tem nada de cristã e certamente nada de científica, nem um til sequer – tenho visto isto toda minha vida; desde minha mais tenra idade e sei que todos já  o vimos. É um hábito que devemos investigar em nosso interior para ver se o abrigamos ou não. Olha profundamente em teu coração para ver se o tens ou não, pois és um estudante da Ciência Cristã, és estudante da Ciência do Ser ou Ciência do Cristianismo. Se a estás estudando então irás progredir em tudo o que fazes, tudo irá bem porque essa Ciência espiritual te guia à sabedoria, te encaminha ao Amor, te leva a ser amável, a estar satisfeito. Te coloca no caminho da bondade para com todos, te leva a buscar meios de seres útil aos demais e te conduzirá a ver possibilidades e propostas abertas para ti que nunca antes havias visto, em tudo, em cada aspecto de tua vida, para fazer o melhor em tudo que empreendas, para ser um mecânico melhor, um melhor professor na escola, te converterás num pai ou mãe melhor, melhor irmão ou irmã, melhor vizinho. Serás uma pessoa melhor em todos teus assuntos.

Tudo o que tocas ficará claro ante teus olhos; pelo fato de seres um estudante do Existir, estás estudando a Ciência e os fatos do Ser, tudo fica elucidado, tudo se aclara e tudo fica fácil. Não há caminhos difíceis nem trabalho árduo quando encontras teu caminho nos fatos do Ser. Se estás estudando os grandes fatos do Ser, não irás encontrar etapas difíceis nem acharás trabalhoso te relacionares bem com os demais. Tua grande tarefa é te despojares do senso mortal e estudar a Verdade, estudar os fatos do Existir. Acaso crês que devas apegar-te com uma mão à lei mortal e sua forma de viver? Encontrarás um modo de viver mais seguro, melhor e mais fácil do que nunca se não te apegares a essa lei mortal.

Ao não te apegares a ela tu a deixas ir-se, tu a perdes e com ela perdes a preocupação de perde-la, perdes a preocupação de desperdiçar oportunidades, ou de não encontrá-las. Deixas de pensar no corpo, perdes a preocupação de que possas perder a vida ou a saúde, porque estás crescendo em fortaleza, estás expressando melhor a vida, a saúde e a liberdade. Por estares crescendo em tua qualidade de homem e mulher, empregas um melhor critério com respeito a ti mesmo, ao mundo e a tudo o que entra em contato contigo. Se és estudante da Ciência Cristã não és estudante de pessoas, não és estudante do modo como caminham na rua, dos erros que cometem, de seus defeitos, suas pequenas falhas ou seus pequenos fracassos.

        CRITICAR = INHABILIDADE DE VER A IDEIA DE DEUS
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O autor era professor de Ciência Cristã, na California, EUA.

Equilíbrio emocional

À medida que o conhecimento material diminuir e a compreensão espiritual aumentar os objetos reais serão percebidos mentalmente em vez de materialmente” (CeS, p. 96)

O “conhecimento material” e a “compreensão espiritual” são dois opostos que albergamos em nossa consciência. Constantemente fazemos cotejos desses opostos sob o balizamento de padrões definidos em nossa escala de valores. O processo em nosso pensamento aumenta ou diminui um deles, alternadamente. Quando crescemos em compreensão ou percepção espiritual, é porque o conhecimento material está sendo mantido sob controle. Lamentavelmente, o oposto também pode ocorrer.

Ele, o processo, se dá na consciência humana. Até quando ele se estende? O confronto final não tem tempo para ocorrer; segue até o conhecimento material se anular e a percepção espiritual se engrandecer e se unir à Consciência Universal. Um se anula e outro se torna infinito. E isso para o bem da humanidade.

Humanamente talvez busquemos o auxílio do livre arbítrio; mas neste caso ele não será de utilidade, pois seu emprego tende a buscar um equilíbrio, que humanamente é muito desejado, mas espiritualmente não podemos nos satisfazer com equilíbrio entre o bem e o mal em nossa consciência. Nessa o bem e o mal se combatem e mutuamente se excluem; não podem conviver em paz.  De um lado podemos anotar: crenças materiais, conhecimento material, materialismo, sugestões mentais agressivas, ódio, medo, preocupações, escassez, doenças, mortalidade. Em contraposição vemos: compreensão espiritual, percepção espiritual, conceitos divinos, Amor, Mente, atributos divinos, coragem, confiança, fé, abundância, saúde, espiritualidade, imortalidade. É muito fácil aumentar as listas de ambos os lados.    
                                          
A colocação de M. B. Eddy no resumo deste artigo, dá uma rápida pincelada do que acontece quando deixamos a compreensão espiritual predominar em nosso pensamento. Quando a percepção espiritual aumenta o conhecimento material diminui, e então a realidade das coisas nos aparece nitidamente, sendo percebida mentalmente. Em outra página Eddy esclarece:

“Quando a compreensão muda os pontos de vista sobre a vida e a inteligência, de uma base material [conhecimento material] para uma base espiritual, alcançamos a realidade da Vida, o controle da Alma sobre os sentidos, e percebemos o Cristianismo...em seu Princípio divino” (CS, p. 322).

O balanceamento entre os dois lados começa no pensamento dos indivíduos e se estende depois à comunidade e humanidade. Mas onde reina o egotismo e materialismo (a mundanalidade) o equilíbrio de forças não aparece com muita nitidez. Por isso Eddy diz:

“Este mundo material está se tornando  uma arena de forças em conflito. De um lado haverá desarmonia e consternação; do outro lado haverá Ciência e paz. A desagregação das crenças materiais pode parecer fome e peste... Essas perturbações continuarão até o fim do erro...” (CeS, p. 96).

A questão do cotejamento entre o bem e o mal, não é privilégio da presente geração. O apóstolo Paulo já chamava a atenção de seus leitores romanos:

“Por que os que se inclinam para a carne [conhecimento material] cogitam das coisas da carne; mas os que se inclinam para o Espírito [percepção espiritual] das coisas do Espírito” (Romanos 8: 5).

O próprio apóstolo mostra os resultados das duas opções:

“O pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito para a vida e paz” (Idem 8: 6).

Temos o livre arbítrio para escolher, mas tenhamos em mente o que nos espera num futuro que pode não ser remoto. E se não gostarmos do que se tornou nossa vida humana e nossos afazeres, não culpemos a ninguém, nem ao Pai-Mãe. Aconselhamento temos às pampas (em abundância), e dou um exemplo:

“A mente humana age mais poderosamente para corrigir as desarmonias da matéria e os males da carne, na proporção em que põe menos peso no prato material ou carnal da balança e mais peso no prato espiritual” (CeS, p. 155)

A comparação do processo de escolha do que vamos aceitar como realidade, seja com uma gangorra ou com uma balança, tem o foco principal na importância que a pessoa dedique a um ou outro aspecto. É importante saber que essas opções determinarão a harmonia e ou não da experiência das pessoas (cada um com sua). É também importante que as decisões individuais tenham um equilíbrio interno entre a razão e a emoção, entre a mente e a alma, entre a cabeça e o coração. Tem de haver unidade emocional individual. 

      Essas duas aptidões individuais precisam andar juntas e servirem de balizas no direcionamento de nossa mente para a Mente divina. Isso determinará a harmonia de nossa existência, e servirá de modelo para toda a humanidade, ajudando-a, assim, a superar suas deficiências e fraquezas.
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FOCO  HOLÍSTICO:
Esta crônica me faz lembrar da estória do sábio indígena falando com seu neto.  Explicava o sábio que dentro de cada um de nós existem 2 lobos em constante briga - um lobo bom (que representa todas as coisas boas), e um lobo mau (que representa todas as coisas ruins).  E o neto indagou: mas qual vai vencer? E o sábio respondeu: aquele que você alimentar.  E escolha é nossa de qual vamos alimentar, engordar e fazer vencer a briga.  Muitas vezes alimentamos os lobos sub ou inconscientemente. Portanto sempre importante rever nossos padrões mentais, crenças, tradições, emoções-base (tristeza, escassez, raiva, separação, e todos os medos).  Entendendo o “filme” ou software que esteja rodando e sendo projetado na nossa consciência, podemos fazer escolhas conscientes e alinhadas com a vontade divina. William Trentini.

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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Beleza & Alegria

Vemos a beleza das coisas ao redor quando estamos alegres.

Alguém que tenha a consciência perturbada por causa da tristeza ou da preocupação ou do medo e mesmo do ódio não vê a beleza das coisas ao seu redor. Nós ditamos a natureza do que vemos, com nosso pensamento. Um mesmo quadro que gostamos de ver, não nos parece belo quando a tristeza ou a preocupação dominam em nosso coração. Se esses sentimentos forem de caráter temporário, eles se desfarão com o tempo, e a visão das coisas belas voltará. Pior para alguém é ter essas nuvens negras pesando na consciência, seja na sub ou inconsciência, pois terá mais trabalho para desfazer-se desses empecilhos. Mas é bom saber que é possível.

 Uma alma alegre vê a beleza se expressando até nos detalhes mais insignificantes de uma flor, de um inseto, de um gesto amigo. Nós vemos as coisas com nosso pensamento, quero dizer vemos com o acompanhamento de nosso pensamento. Algo que em nosso pensamento dizemos ser feio, assim o veremos; e vice-versa.

         “O homem vê o que crê, tão certamente como crê o que vê” (CeS, p...),

diz Mary Baker Eddy. Isso é igualmente verdade quando vemos gestos ou atitudes de pessoas. Nossos conceitos de bom e belo nos farão gostar ou detestar do que as pessoas diante de nós façam. Tudo aquilo que fere ou ataca nossos padrões básicos de beleza ou de ordem, nos desagrada; vêmo-lo até à distância e não gostamos.

O outro lado da moeda também é importante. As coisas belas que vemos ao nosso redor cooperam para nos dar alegria. E quando há todo um conjunto de coisas belas chamando nossa atenção, irrompe uma grande felicidade dentro de nós. Quando a radiância da Alma—a beleza da natureza—e a alegria de nossa alma se unem há uma conjugação de sentimentos que eleva nosso eu a alturas espirituais. Acho que é o que sentimos no paraíso.

O que a natureza nos oferece podemos chamar de beleza perene; a beleza que produzimos humanamente podemos chamar de beleza fugaz porque os elementos que a  constituem se mudarão com o tempo. Gosto do que disse Eddy:

“A beleza faz parte da vida, habita para sempre na Mente eterna e reflete os encantos do bem divino em expressão, forma, contorno e cor. É o Amor que pinta as pétalas com miríades de matizes, cintila no cálido raio de sol, traça na nuvem o arco de beleza, adorna a noite com joias estelares e cobre de encanto a terra(CeS, p. 247).

Poderíamos resumir a ação divina com a frase:

“O Amor, perfumado pelo desprendimento do ego, inunda tudo de beleza e de luz(CeS, p. 516).

Que alegria para nossa alma, sentir e saber de toda essa presença benévola!

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