A expressão do título não dever
externada superficialmente, mas sim conscientemente.
Uma criança
chorando por ter batido o pé ou a mão, com certeza ouvirá da mãe ou do pai a
expressão: “Não foi nada!” visando acalmá-la e desviar a atenção do acontecido.
Embora não surta maior efeito, tal expressão é melhor do que a fixação no local
atingido por meio: “Deixa a mãe ver onde foi! Coitadinho, doeu muito?”
No livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras,
a autora aborda essa questão, citando o caso de uma mãe que “corre para sua filhinha, que pensa ter
machucado o rosto ao cair no tapete, e diz, lastimando-se com mais
infantilidade do que a criança: ‘Mamãe sabe que te machucaste’. O método melhor
e mais eficaz que as mães devem adotar é dizer: ‘Não foi nada! Não te
machucaste, e não penses que estás machucada’. Logo a criança esquece a queda e
continua a brincar” (p. 154).
Para quem
procura aplicar o Cristianismo prático demonstrado por Cristo Jesus, uma situação
desagradável talvez evoque a mesma expressão: “Não foi nada!” Não há nada de
errado nisso. Mas algum resultado prático só virá à tona se a afirmação for
enfaticamente consciente de que a matéria não tem sensação, ao invés de mera
repetição verbal. É preciso que siga outra afirmação consciente de que a
matéria não tem sensação. Esta afirmação corretiva nem precisa ser audível.
Permitam-me
exemplificar o processo; a expressão matemática 2 + 2 = 5 é um erro. Para
corrigi-lo temos que apagar o 5 e inscrever no lugar o número 4, para
obtermos a resposta correta. Se apenas
apagarmos o “5” sem escrever o número certo, a expressão fica sem ser corrigida
e o espaço vazio poderia ser ocupado por outro algarismo incorreto. O mesmo
raciocínio é aplicável para expressões errôneas do tipo: 2+2=4,1 ou então:
2+2=50. Não importa para o principio da matemática o quanto o resultado foi
desviado da resposta correta. Erro é sempre erro e deve ser corrigido pela
verdade. Aliás, não é o matemático quem corrige o erro; é a regra matemática
que o faz; a pessoa apenas aplica a regra. Na situação humana ocorre algo
semelhante. Uma anomalia, uma dor, são evidencias de algo mau, tal como um
resultado mau na matemática. Nesta chamamos isso de erro, e podemos chama-lo
assim também na questão humana. Assim o erro tem de ser apagado, o que equivale
a negar-lhe realidade, como exemplificado na citação de Eddy acima.
Como vimos
no exemplo matemático, depois de apagado o erro, o espaço tem de ser preenchido
com a verdade. Na Ciência Cristã esse preenchimento se dá com afirmações da
Verdade sobre o homem e sobre Deus, do tipo: Deus é o bem, a Vida, a Verdade, e
o homem é a imagem e semelhança de Deus: Deus perfeito e homem perfeito. Esse
conjunto de verdades anula o erro no pensamento humano e traz à luz a
perfeição, a harmonia, o bem-estar da criação divina na qual está incluído o
homem.
Mas é bom
saber que a correção do erro é realizada pela Verdade divina no pensamento,
não pela pessoa que recorre à Verdade. A cura ou remoção do erro é tarefa que a
Verdade divina realiza, e ela o faz de modo irresistível.
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