As qualidades do Deus único estão à nossa disposição; nós convivemos com
elas.
Que impressão teríamos se
ouvíssemos alguém dizer: “Minha Vida é perene; minha Mente sabe tudo; meu Amor
inclui tudo e todos; minha Verdade corrige erros; meu Espírito tem força
irresistível”. Nossa primeira reação seria de que esse alguém quereria fazer-se
igual a Deus, não é mesmo? Foi o que os
fariseus contemporâneos de Jesus Cristo disseram quando o ouviram dizer: “Eu e o Pai somos um” (João 10:30).
Os fariseus estavam enganados. O
Mestre não estava querendo “ser” um deus, mas ensinava-os a respeito da unidade
de Deus com o homem: “Meu ser”―também o vosso ser―“é de união com Deus”. Não
existe maior felicidade do que a consciência de que nossa vida está
unida/vinculada ao Deus infinito, nosso querido Pai amoroso, e que as
qualidades divinas vêm à tona em nossa existência. “Os atributos invisíveis de Deus...claramente se reconhecem por meio das
coisas que foram criadas” (Romanos 1:20).
As Sagradas Escrituras ensinam a
respeito de Deus que Ele é Vida, Verdade, Amor, Espírito. Assim pois, quando digo
que o Deus vivo é o meu Deus, posso expandir a mesma idéia aos demais atributos
divinos. Sendo o Deus infinito o meu Deus que é Vida, posso tranquilamente
dizer que Ele é minha Vida, que perdura; sendo Deus Verdade, posso dizer que
minha Verdade corrige erros; sendo Ele Amor, posso dizer que meu Amor inclui
tudo e todos; sendo Ele Mente infinita, posso dizer que minha Mente sabe tudo;
como Deus é Espírito, posso dizer que meu Espírito tem força irresistível; sendo
Deus um Principio imutável, posso dizer que meu Principio contém leis de
harmonia; sendo Deus a origem de nossa intuição posso dizer que minha Alma
alimenta a criatividade.
Essas colocações me dizem que o ser
do homem está vinculado aos atributos divinos do bem, da força, da
inteligência, da amorosidade. E quem quer que reconheça a presença dos
atributos divinos em sua vida e sua consciência, elevar-se-á moral e espiritualmente
a outro nível de vivência dos fatos universais. Os artigos “meu” e “minha” não
são de posse, mas de pertinência, como quando um aluno diz “minha professora,
ou minha escola”. “Meu e minha” aqui referem-se a proximidade ou identidade .
Aprendi na Ciência Cristã a
reconhecer as qualidades infinitas de Deus como sempre presentes e atuantes na
nossa vida e nossa consciência. A descobridora dessa Ciência do bem, Mary Baker
Eddy, escreve em sua obra Ciência e Saúde
com a Chave das Escrituras o mais enxuto
conceito acerca da infinitude divina que aprendemos a adorar no Cristianismo. Escreve ela: “Pergunta.—O que é Deus?
Resposta.—Deus é Mente, Espírito, Alma, Principio, Vida, Verdade, Amor,
incorpóreos, divinos, supremos, infinitos” (p. 465). A grandiosidade
espiritual desse conceito inclui a
humanidade quando pensamos sobre o homem como descrito no Gênesis: “Façamos homem à nossa imagem, conforme a
nossa semelhança” (1: 26). Semelhança da Vida, da Verdade, do Amor, do Espírito
E se associarmos a esse fato o Primeiro
dos 10 Mandamentos: “Não terás outros deuses
diante de mim” (Êxodo 20:3) saberemos que o único Deus é nosso Criador;
nosso, de todos. Deveríamos fazer eco ao escritor inspirado do antigo
Testamento: “Não há outro Deus em que me
compraza” (Salmo 73:25).
..oo0oo..
Nenhum comentário:
Postar um comentário