sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

A pureza de Madalena

Sentimentos de inveja ou falsamente científicos tentam empanar o brilho da vida de Jesus Cristo

Muitas teorias imaginativas (mas perversas) tratam de denegrir e diminuir a glória da sagrada missão religiosa de Cristo Jesus. Há os que chegam a dizer que Maria Madalena fosse amante do Mestre; que ele tinha um caso com o discípulo amado, João; que seria impossível que um homem vigoroso como Jesus não tivesse momentos de prazer sexual. Me sinto triste só de escrever essas coisas. Apenas mentes poluídas pelo pecado são capazes de pensar em amor como mera relação sexual.

Se os cristãos fossem radicais como em outras religiões quando um escritor menciona  coisas incorretas sobre seu líder religioso, os autores de tais teorias teriam de viver escondidos, pois absurdo maior não se pode dizer de nosso Mestre.

Jesus esteve sempre cônscio de sua missão junto ao povo israelense e ao mundo de levar e demonstrar aos homens os fatos do Espírito: a imortalidade do homem; o alcance infinito do pensamento do homem espiritual; a perfeição sempre-presente; a demonstração prática de um cristianismo científico; a mansidão inata do filho de Deus. Mas as tentativas do mal de subjugar a influência que Jesus Cristo representava não são de hoje. Mary Baker Eddy destaca:
“Herodes e Pilatos puseram de lado suas velhas rixas a fim de, unidos, ultrajarem e matarem o melhor homem que jamais pisou na terra”(CeS, p. 52).

O sentimento básico de doutrina de Jesus era o Amor: amor espiritual a Deus e ao próximo. Esse sentimento é o que deveria identificar seus seguidores:

Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos; se tiverdes amor uns aos outros” (João 13: 35)

O Mestre realizou muitas curas espirituais de vários tipos de males, quase todos de cunho terminal. O que os críticos e malversadores da vida e missão do Mestre ignoram é que para realizar curas espirituais (como as que o Mestre realizou) alguém precisa exercitar espiritualidade no mais alto e depurado grau. Qualquer pessoa envolvida em transas interpessoais de cunho imoral, não consegue realizar curas nem demonstrar o poder que Cristo Jesus demonstrou. Não basta ter fé, tem de haver santidade de alma e coração. Alguém de coração impuro, pecador, desonesto, afeito à materialidade, não serve como elemento transparente ao poder divino, não pode ser dotado de poder espiritual. Mary Baker Eddy diz:

“Deus cura os doentes por intermédio do homem, sempre que o homem é governado por Deus (CeS, p.495)

A causa mais provável de qualquer problema de saúde no meio humano tem no medo, no pecado ou na ignorância sua principal causa. A pessoa que se apresente como sanador espiritual tem de estar livre dessas características, caso contrário fomentará em vez de desfazer os males do gênero humano.

Dos contemporâneos do Mestre Cristo Jesus, a figura de Maria Madalena é a que tem suscitado mais insinuações de pessoas com a mente poluída e maledicente. Maria Madalena andou próxima ao Mestre por causa de sua proximidade psicológica. Diz a Bíblia que o Senhor expulsara 7 demônios dela. O número 7 na literatura hebraica tem a conotação de total. Então, Jesus expulsara todos os demônios de que era possuída; ela teve purificação total. Em que momento se deu tal transformação? Foi quando ela se aproximou do Mestre na casa do fariseu Simão durante um ágape especial. Ela adentrou o ambiente que lhe era proibido socialmente. Venceu a barreiras que lhe eram impostas humanamente. Aproximou-se dos pés de Jesus e lavou-os com suas lágrimas, ungiu-os com bálsamo caríssimo. Uma demonstração pública de que estava arrependida de sua vida, e que via no ensinamento do Mestre a melhor opção de regeneração. Ninguém mais, além de Jesus Cristo, percebeu essa regeneração íntima, humilde e absoluta dessa mulher da pior classe social da época: a prostituição.

Esse estado de coração e alma purificados possibilitou a que Maria fosse a primeira pessoa a ver o Mestre ressuscitado. Logicamente ocupou lugar de destaque entre os discípulos, pois ela havia demonstrado o crescimento espiritual apregoado pelo Mestre.

A outra mentira que se propaga, de que o apóstolo João fosse amigo de intimidades com o Mestre, não só carece de credibilidade, como merece, pelo contrário, nossa descrença e repúdio. João foi chamado de discípulo amado, porque se destacou entre seus pares no quesito AMOR tão apregoado e exigido pelo Mestre. No Evangelho que tem seu nome, o amor puro e incondicional é destacado como em nenhum outro, como a característica dos seguidores cristãos. João acompanhou o apóstolo Pedro em muitas das peregrinações e pregações, realizando junto com eles demonstrações de curas entre o povo. Como eu já disse antes, sem uma condição moral absolutamente limpa e pura, ninguém pode realizar curas espirituais.


Espero que este artigo tenha ajudado a quem tinha dúvidas sobre a impecável vida de nosso Mestre, Jesus Cristo, a desvencilhar-se dessas dúvidas, verdadeiros andrajos psicológicos que só perturbam a comunidade cristã no seu afã de seguir o ensinamento do “melhor homem que já palmilhou a Terra”.
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