Celebrações em
cunho espiritual contribuem para espiritualizar a consciência
Houve uma época há
alguns anos, em que eu era assaltado por uma certa depressão nos dias
anteriores ao Natal. Dizem que é um mal
que aflige um número considerável de pessoas.
Mas isso não me consolava. Quanto
mais próximo do Natal, mais forte era a sensação de desgosto.
Como Cristão devoto e
estudioso dos assuntos bíblicos, essa tristeza pré-natalina não era coerente com a expectativa de alegria que a
comemoração da data enseja. Como Cristão
sabia também onde buscar um antídoto para esse peso de consciência. Como Cientista Cristão meu procedimento foi o
de buscar um entendimento claro do que realmente era envolvido. O Mestre Cristão, Jesus Cristo, nos assegurou
que quem nele cresse, conheceria a verdade, e “...a verdade”, disse, “vos
libertará”. Então, a verdade era o
antídoto que eu deveria buscar e empregar.
Uma análise
compenetrada revelou-me que a razão de minha tristeza radicava no excessivo
materialismo que eu via ao redor de mim, e que se acentuava com a aproximação
da data do Natal. “Como não percebem as
pessoas”, perguntava-me, “que o Natal tem que ser celebrado pelo seu valor
espiritual, intrínseco à natureza da vida e da mensagem do Cristo? Que barbaridade!” Continuando com minha auto-análise, percebi
que sempre que me concentrava no “barbarismo” materialista demonstrado
generalizadamente, minha tristeza aparecia;
e sempre que aplicava o pensamento aos valores espirituais que o “menino
de Belém” veio trazer à humanidade, meu pensamento era alegre.
Quando o processo
mental esclareceu minha situação, entendi que minha sensibilidade humana ao
modo mundanístico de festejar o Natal, em vez de celebrá-lo condignamente, não
deveria empanar o brilho de minha sensibilidade espiritual aos valores
espirituais. Cada indivíduo tem sua
responsabilidade no modo de conduzir a vida. Foi essa a lição que Jesus passou
a Pedro ao dizer-lhe enfaticamente:
“que te importa a ti? Segue-me tu ” (João
21:22).
O que eu precisava realmente era cuidar em que
minha valoração da data natalina não fosse materialística, mas sim fosse
compatível ao que havia aprendido desde criança. O valor ou importância do dia
de Natal, não está apenas na história de um menino, mas muito mais na vida e
exemplo de Cristo Jesus, nas suas palavras e nos seus atos, na renovação mental
e espiritual que trouxe aos homens e na promessa de libertação de todos os
males da humanidade.
Homens e mulheres,
velhos e crianças, negros e brancos ou amarelos, ricos e pobres, analfabetos e
letrados, empregados e desempregados, de qualquer geografia ou origem, todos
podem aprender a conhecer e aplicar as lições da Ciência do Cristianismo
trazida ao nosso mundo por aquele que reconheceu sua filiação divina, e, por
extensão, a nossa. Não foi ele quem nos
ensinou a orar “Pai Nosso...” - Pai de todos?
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PONTO METAFÍSICO:
Hoje me rejubilo com
o Natal e o que ele significa, e isso não é só para um dia, mas para todos os
dias do ano. Diariamente estudo na
Bíblia e na literatura da Ciência Cristã o Cristianismo prático que Jesus
Cristo legou a todos nós; e quando ponho em prática esse estudo vejo
cristalizada a atualidade das palavras do Mestre:
“...aquele que crê em mim, fará
também as obras que eu faço.” (João 14:12)
Ver a promessa de
Jesus realizar-se hoje em dia, não é motivo de orgulho pessoal, mas de alegria
íntima pela fidelidade das palavras de Jesus Cristo. “Aquele
que crê em mim” refere-se a todos os tempos e lugares; é, pois, normal que
os cristãos de hoje se incluam entre os que crêem. E aquele que crê com a fé que o Mestre
demonstrou e exigiu de seus seguidores, “fará
também as obras” que ele fez. Isso
não é exclusividade de qualquer denominação ou igreja. A condição é para o indivíduo crer, e então realizar as obras (curas e etc). A mera tradição humana na época de
Natal (árvores, ceias, presentes,...) não contribui em nada para a
espiritualização dos seguidores do Mestre Jesus Cristo. O que importa, sim, é a
dedicação aos princípios que ele apregoou: o Filho nada pode fazer de si mesmo;
amai-vos cordialmente assim como eu vos amei; amai a Deus com toda vossa força,
e sabedoria e entendimento. A menos que emulemos as obras do Mestre em nossas
vidas, de nada nos servirá a comemoração e bebemoração festivas na época do fim
de ano.
Celebrar o Natal de
forma mais espiritual, trouxe alegria para os meus natais, sem que meus
familiares ficassem privados de um presente.
Também meus dias do ano são cheios de felicidade. Não é essa a salvação que o Cristianismo
oferece a cada pessoa?
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