domingo, 22 de novembro de 2015

Minorias atuantes x Maioria passiva

A humanidade parece refém de grupos de gananciosos, corruptos, fanáticos, violentos; e como vítima parece não saber como agir ou reagir. Mas o que será que se passa no pensamento do indivíduo?

Manchetes e notícias da mídia dão conta do grande desassossego vigente entre  pessoas em várias partes do mundo. A humanidade parece ter-se tornado refém de grupos de minorias atuantes contra as quais não ousa levantar reação, geralmente por medo de retaliações. A grande maioria da sociedade não compactua com essas ações agressivas, mas não se sente capacitada a dar passos efetivos de combate aos malfeitores ou de defesa de seus interesses ou bens. Será solução ficar de bico calado e braços cruzados? Vários tipos de grupos podem ser identificados:

Os gananciosos agem visando a obtenção de ganhos e lucros a qualquer custo, (traficantes de drogas, grandes grupos financeiros, empresas multinacionais),  mesmo a prejuízo de outros ou toda uma classe social, ou até do meio ambiente.
Os corruptos fazem parte do grupo anterior, mas levam no seu caminho (descaminho) funcionários públicos, prejudicando todo um planejamento de realizações públicas.
Fanáticos abraçam uma “causa” (religiosa, política, esportiva, regional) e por ela arriscam sua própria vida e dos outros. Colocam viseiras ao lado dos olhos e só conseguem ver numa direção.
Os Violentos são grupos de gangues para domínio local, depredadores em manifestações, desrespeitadores familiares, estupradores, criminosos em família.

Os componentes de tais grupos só se sentem fortes e inclinados a agir dentro do grupo. Quando acossados por alguma força de autoridade, tratam de fugir ou esconder-se,  pois sabem que seus atos ferem a lei, assim como ferem os cidadãos.

Diante das ações dos grupos atuantes, a maioria das pessoas comporta-se de modo pacífico (não seria passivo?) como se não fosse com ela. Quando muito fica espantada diante da violência ou audácia dos atuantes. Isso ocorre porque são pessoas de boa paz e preferem um transcurso de sua vida sem radicalismos. Imagine se a maioria pacífica (antes passiva) fosse tão atuante como os grupos da minoria? O que aconteceria? Será que a mídia daria a mesma cobertura nos noticiosos? Acho que sim, pois às vezes vemos matérias muito edificantes de ações comunitárias levadas a cabo por entidades assistenciais ou ambientais. Só não aparecem mais dessas notícias porque não ocorrem mais ações de igual impacto na comunidade.

Qual seria a melhor defesa da sociedade em geral contra as investidas dos grupos atuantes na ânsia de alcançar seus objetivos escusos? Assim como estes só conseguem atuar dentro de sua organização, também a sociedade precisa organizar-se para tentar alcançar um objetivo definido. A primeira ação será individual: vencer a passividade. O conforto do lar tende a segurar o indivíduo de tomar a iniciativa de alguma ação fora de casa. A conscientização do problema social por parte do cidadão não é suficiente; ele precisa sensibilizar-se com alguma causa. A sensibilização do indivíduo faz com que ele arregace as mangas e se ponha a trabalhar, e agir com o grupo de sua predileção;  dispõe-se a participar de alguma ação (definida pelo grupo do bem) no sentido de anular os objetivos dos grupos do mal. Quantos mais grupos do bem existirem, tanto menor o espaço de manobra dos grupos de minorias atuantes. Mas os métodos de ação têm de ser diferentes ou opostos a esses, sem violência, sem rancores, sem visar prejudicar pessoas, mas apenas defender, dentro da lei. Coragem é um requisito importante nesse ponto.

Outro tipo de ação ou atividade benevolente ou protetora seria o combate à ociosidade da juventude oferecendo atividades esportivas, ou musicais, culturais ou ambientais. Já há exemplos semelhantes sendo realizados.  A maioria do povo poderia apoiar tais iniciativas e delas participar voluntariamente, fortalecendo-as dessa maneira.

As autoridades estão se equipando com tecnologias cada vez mais avançadas que possibilitam ao cidadão aproximar-se por meio de denúncias para que as autoridades possa atuar em favor do cidadão. Valem aqui denúncias tanto de ações coletivas como individuais perpretadas por grupos ou por indivíduos.

Grupos de ajuda mútua em favor da defesa de atingidos por ataques ou calamidades é um tipo de ação muito positiva. Quanto mais a comunidade se aproximar de vítimas, menos espaço sobrará para ações vitimadoras contrárias. Quantas vezes vê-se notícias de pessoas que não querem deixar suas casas atingidas por enchente, por medo de serem roubadas de seus pertences domésticos enquanto estiverem fora .  Gatos (e gatunos) agem às escuras, para não serem vistos.

As ações ostensivas de grupos atuantes são plenamente visíveis e sensíveis. Mas não são fáceis de combater. Ao passo que as ações malévolas que partem do indivíduo são engendradas no pensamento individual e por isso podem ser combatidas uma a uma. Se uma ação vil for combatida na sua origem ela não prejudicará ninguém e não causará danos.

Pouco adianta para a solução de problemas a maioria da população ficar atordoada pelos noticiosos e ficar recolhida em suas fortalezas domésticas. Atitudes e iniciativas individuais pelos membros da maioria pacífica acabarão por gerar uma consciência comunitária apoiativa e proativa. Podemos, assim, sonhar com um mundo melhor.

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PONTO METAFÍSICO:
A defesa individual fica no campo da consciência e da religiosidade. Os cristãos se apoiarão na Bíblia, o muçulmanos e os israelitas também têm seu livro sagrado básico. O recurso ao valor espiritual da fé cristã enseja ao crente um recolhimento espiritual e psicológico capaz de lhe propiciar segurança em casa ou fora de casa. Os ensinamentos bíblicos mostram a realidade das promessas emitidas pelo Criador. Quando o Salmo 91 diz:
 “A pessoa que procura segurança no Deus Altíssimo e se abriga na sombra protetora do Todo-poderoso pode dizer a ele: ‘Ó Senhor Deus, tu és o meu defensor e o meu protetor. Tu és o meu Deus; eu confio em Ti’ (NTLH, Salmo 91: 1, 2),

podemos acreditar na veracidade da afirmação. Ou quando o mesmo Salmo promete:

“Deus mandará que os anjos dele cuidem de você para protegê-lo aonde quer que você for” (idem 91: 11),


 podemos confiar no Todo-poderoso. Quando nos recolhemos ao esconderijo do Altíssimo estamos escondidos das agressões do mal. Não seremos visíveis. A fé absoluta, a certeza de que Deus nos protege com Seu Amor se evidencia na percepção de segurança para nós e nossos familiares. Permitam-me repetir: fé absoluta e certeza sem vacilação. Quem assim agir verá!

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