segunda-feira, 31 de agosto de 2015

“NUVEM PASSAGEIRA...”

“Eu sou nuvem passageira,
Que com o vento se vai.
Eu sou como um cristal bonito,
Que se quebra quando cai.”
(Autor: Hermes Aquino, P.A.)

Interessante a colocação do autor do verso referente à existência humana.  Certa feita fiz uma transposição do texto à situação do mal impessoal cantando: “eu sou nuvem passageira...”; eis que apareceu a cina do mal: ir-se quando sopra o Espírito, o bem; cair e quebrar-se quando perde seu apoio nas crendices humanas e errôneas, uma vez desmanchadas pela compreensão espiritual do que realmente somos e do que realmente é o mal.

A substancia de uma nuvem é similar à “substancia” do mal, ou de qualquer forma de manifestação do mal (medo, ódio, preocupação, tristeza, etc). A nuvem é só uma forma de aparecer o vapor d’água; não tem fixidez; não tem criador; não tem existência real. Na vida humana a manifestação do mal é só uma forma de ver a evidência de nossos temores, do mal que guardamos no pensamento. Na atmosfera o ar frio condensa o vapor d’água presente; na mente humana o frio representado por medo, ódio, etc, faz aparecer alguma manifestação maligna.

Uma nuvem é uma forma de neblina (nebulosidade) que sugere visão perturbada das coisas; obscuridade. É uma manifestação natural que tende a dificultar o progresso, por exemplo, numa estrada ou no mar. Quando não vemos por onde andamos ficamos com medo e isso é verdade tanto nas condições naturais como na situação figurada na vida de uma pessoa. A insegurança de que somos tomados nos caminhos da vida humana, via de regra surge de dúvidas e preocupações a respeito do que nos reserva o futuro. Para vencer essa insegurança a fé cristã tem o melhor dos antídotos: confiança absoluta na presença e na orientação de Deus-Pai-Mãe e no Seu Amor, que nos guia e protege. A Sra. Eddy diz em Ciência e Saúde com a Chave das Escrityuras: “Quando a neblina da mente mortal se dissipa, fica anulada a maldição [sobre o homem]... A Ciência divina dispersa as nuvens do erro com a luz da Verdade,...e mostra que o homem coexiste com seu Criador” (CeS, p. 557).

Na natureza às vezes se acumulam nuvens que ameaçam soltar chuvas qual temporal. Na metafísica, essa condição pode ser assemelhada a um acúmulo de pensamentos de medo, ódio, pesar, preocupações, etc, na consciência da pessoa, prefigurando tempos difíceis. As aparentes forças envolvidas em uma tempestade ou temporal, simulam ou até tentam usurpar o poder do Espírito onipotente: os raios fulgurantes, o ribombar dos trovões, a fúria dos ventos.  Mary Baker Eddy diz: “Os relâmpagos e os trovões do erro [ou mal] podem estrondear e fulgurar até que a nuvem se dissipe e o tumulto vá morrendo ao longe. Então, as gotas de chuva da realidade divina [o bem] revigoram a terra” (Ciência e Saúde, p. 288).

Se uma situação ruim pareça instalar-se em sua vida; não se desespere nem exaspere; deixe o sopro do Espírito, o Bem infinito, passar sobre a condição e ela sumirá como uma “nuvem passageira”.

...oo0oo...

Nenhum comentário:

Postar um comentário