“Eu sou nuvem passageira,
Que com o vento se
vai.
Eu
sou como um cristal bonito,
Que
se quebra quando cai.”
(Autor:
Hermes Aquino, P.A.)
Interessante
a colocação do autor do verso referente à existência humana. Certa feita fiz uma transposição do texto à situação
do mal impessoal cantando: “eu sou nuvem passageira...”; eis que apareceu a
cina do mal: ir-se quando sopra o Espírito, o bem; cair e quebrar-se quando
perde seu apoio nas crendices humanas e errôneas, uma vez desmanchadas pela
compreensão espiritual do que realmente somos e do que realmente é o mal.
A
substancia de uma nuvem é similar à “substancia” do mal, ou de qualquer forma
de manifestação do mal (medo, ódio, preocupação, tristeza, etc). A nuvem é só
uma forma de aparecer o vapor d’água; não tem fixidez; não tem criador; não tem
existência real. Na vida humana a manifestação do mal é só uma forma de ver a
evidência de nossos temores, do mal que guardamos no pensamento. Na atmosfera o
ar frio condensa o vapor d’água presente; na mente humana o frio representado
por medo, ódio, etc, faz aparecer alguma manifestação maligna.
Uma
nuvem é uma forma de neblina (nebulosidade) que sugere visão perturbada das
coisas; obscuridade. É uma manifestação natural que tende a dificultar o
progresso, por exemplo, numa estrada ou no mar. Quando não vemos por onde
andamos ficamos com medo e isso é verdade tanto nas condições naturais como na
situação figurada na vida de uma pessoa. A insegurança de que somos tomados nos
caminhos da vida humana, via de regra surge de dúvidas e preocupações a
respeito do que nos reserva o futuro. Para vencer essa insegurança a fé cristã
tem o melhor dos antídotos: confiança absoluta na presença e na orientação de
Deus-Pai-Mãe e no Seu Amor, que nos guia e protege. A Sra. Eddy diz em Ciência e Saúde com a Chave das Escrityuras:
“Quando a neblina da mente mortal se
dissipa, fica anulada a maldição [sobre o homem]... A Ciência divina dispersa as nuvens do erro com a luz da Verdade,...e
mostra que o homem coexiste com seu Criador” (CeS, p. 557).
Na
natureza às vezes se acumulam nuvens que ameaçam soltar chuvas qual temporal.
Na metafísica, essa condição pode ser assemelhada a um acúmulo de pensamentos
de medo, ódio, pesar, preocupações, etc, na consciência da pessoa, prefigurando
tempos difíceis. As aparentes forças envolvidas em uma tempestade ou temporal,
simulam ou até tentam usurpar o poder do Espírito onipotente: os raios
fulgurantes, o ribombar dos trovões, a fúria dos ventos. Mary Baker Eddy diz: “Os relâmpagos e os trovões do erro [ou mal] podem estrondear e fulgurar até que a nuvem se dissipe e o tumulto vá
morrendo ao longe. Então, as gotas de chuva da realidade divina [o bem] revigoram a terra” (Ciência e Saúde, p. 288).
Se
uma situação ruim pareça instalar-se em sua vida; não se desespere nem
exaspere; deixe o sopro do Espírito, o Bem infinito, passar sobre a condição e
ela sumirá como uma “nuvem passageira”.
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