Para enfrentar ameaças coletivas e
individuais
O mundo material às vezes está
permeado de ameaças coletivas direcionadas a opositores cuja mera existência
pareceria um “perigo”. Quando um povo se levanta em manifestações públicas de
aversão a atitudes políticas, não raro facções mal-intencionadas me misturam às
multidões para provocar males e conflitos. Os cidadãos não envolvidos acabam
sentindo-se pressionados pelas circunstâncias sem saber o que fazer ou que pensar.
A primeira sensação da pessoa é a de impotência diante do volume ou força
demonstrada, associando-se a isso o medo de alguma conseqüência no mínimo
indesejada. Geograficamente, não existe país fora de tais possibilidades de
demonstrações de poder ilegal.
Os cristãos que lêem a Bíblia têm à
sua disposição um Código de Posturas espetacular que pode orientar as pessoas
envolvidas ou atingidas de algum modo e também aquelas que apenas tomam
conhecimento dos eventos. Menciono as Sagradas Escrituras porque é a elas que o
Cristão recorre quando busca inspiração. Esse compêndio identifica vários
relatos de incidentes em que o alvo das manifestações se viu cercado de
multidões enfurecidas. Um deles consta do livro de II Reis 6:8-23, onde se lê
que um exército inimigo cercou a localidade onde o profeta Eliseu vivia, fato
que visava capturar o profeta. A seu auxiliar apavorado Eliseu disse: “Não temas, porque são mais os que estão
conosco do que os que estão com eles” (6: 16). Quando Deus abriu os olhos do
moço, “viu que o monte estava cheio de
cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu”(6:17). A proteção era total, nenhum motivo pra
temores ou ansiedades. O moço precisou elevar seu pensamento para poder ver o
que já estava lá protegendo o profeta e a cidade.
O Mestre Cristão, Cristo Jesus,
durante seu ministério sagrado foi muitas vezes perseguido por turbas incitadas
que queriam condená-lo à morte. O relato dá conta de que, certa feita, Jesus
era levado para ser jogado de um penhasco, mas ele passando pelo meio deles
retirou-se (ver Lucas 4:30), malogrando a intenção deles. Mas o momento mais crucial foi quando vieram
prendê-lo, homens liderados por Judas e orientados pelas autoridades
eclesiásticas. Um dos apóstolos até lançou mão da espada para defender o
Mestre. Pedro não sabia o que Jesus pensava a respeito desse incidente. Até
nessa situação premente, o Mestre não deixava de ensinar aos seus queridos
seguidores. Lemos no evangelho de Mateus (26:53): “Acaso pensas que não posso rogar ao meu Pai, e ele mandaria neste
momento mais de doze legiões de anjos?” Uma legião contava com cerca de 6.000
soldados. Doze legiões seriam 72.000 anjos. Onde caberiam tantos seres
celestiais? A lição para Pedro era que as hostes do céu, de anjos ou seres do
bem, superam em muito, infinitamente até, o número de pessoas ou seres do mal. A
função dos anjos, divinamente definida, está claramente exposta no Salmo 91: “Aos Seus anjos dará ordens a teu respeito, para que te guardem em todos
os teus caminhos” (91:11).
No livro do Apocalipse tem relatos
de guerra entre as hostes do céu e a as hostes do dragão vermelho. Quem luta
são os anjos de Deus contra os ditos “anjos do mal”. Quem vence essa portentosa
guerra que, em verdade, se passa na consciência do ser humano? O dragão é
expulso para a terra da qual fora formado o homem material, vale dizer que o
mal volta ao barro inicial, sem valor. Essa guerra espiritual está bem
ilustrada por Mary Baker Eddy no livro Ciência
e Saúde coma Chave das Escrituras onde ela identifica a orientação errônea
do mal como “conspiradores”. Diz ela:
“A Ciência Cristã ordena ao homem que
domine as propensões—que reprima com a bondade o ódio, que vença com a
castidade a luxúria, com a caridade a vingança, e que com a honestidade derrote
a falsidade” (p. 405). Ódio, luxúria, vingança, falsidade; não é isso
que se vê impulsionando manifestações ou iniciativas destrutivas? Na mesma
página, Eddy dá mais uma recomendação importante: “Deves sufocar esses erros logo no início, se não quiseres abrigar um
exército de conspiradores contra a saúde bem como contra a felicidade e bom
êxito”.
Os problemas, grandes ou pequenos,
coletivos ou individuais, que nos envolvem ou afetam humanamente têm de ser
resolvidos em nosso próprio pensamento, que é onde nossos males têm sua raiz. A
fé cristã com compreensão espiritual é o melhor remédio!
-o0o-
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