quinta-feira, 20 de junho de 2019

EVANGELIZAR O “EGO” (CeS, p. 254).


Dá mais trabalho do que se pode imaginar!

         Quem leva a cabo tal evangelização? é o que me perguntava. Cada indivíduo faz sua parte, ou outros o fazem por ele? Podem outros faze-lo por nós, sem nosso consentimento? Essa evangelização indica a vinculação da pessoa a alguma organização religiosa?

         Para entender as perguntas e tentar responde-las, fui buscar a definição do verbete num dicionário. Encontrei: ‘tornar favorável, ou em conformidade, com o evangelho’. O Mestre JC ao pregar evangelizava as pessoas, e elas gostavam do que ouviam e viam. Viam pessoas serem curadas e espíritos imundos serem expulsos, e atribuíam esse façanha à autoridade de uma “nova doutrina”.

         O ‘ego’ aparece na conversa e atuação da individualidade na vivência das pessoas, com maior ou menor intensidade. As duas formas mais comuns até receberam definições diferenciadas, pois graficamente são termos parecidos: egotismo e egoísmo
Egotismo = sentimento exagerado da própria personalidade; ‘eu’ e mais ninguém; senso de rei.
Egoísmo = amor-próprio excessivo, que leva o indivíduo a olhar só para seus interesses, com desprezo aos alheios; amor próprio possessivo.

         Para evangelizar o ‘ego’ ou ‘eu’ a pessoa necessita demonstrar muita humildade, pois o processo irá requerer a disposição de abandonar certas práticas, ou conceitos e até preconceitos que parecem normais ou próprios de cada pessoa. Mas pelas definições vistas acima, o processo de cunho moral, e espiritual, é sumamente necessário para o convívio harmonioso das pessoas. Os Dez Mandamentos mosaicos têm na segunda parte 5 ordens de natureza humana visando o convício harmonioso das pessoas. Ao cristão sério e sincero no obedecer os Mandamentos não é difícil dar andamento ao processo de purificação do seu ‘ego’. Nos dez Mandamentos está o melhor resumo de ação para evangelizar o ‘ego’. A evangelização do ‘ego’ é a melhor arma para combater o egoísmo e egotismo, em si mesmo!

         MBEddy dá um ótimo conselho a quem sinceramente esteja buscando essa purificação. Diz ela:
“Conhece-te a ti mesmo, e Deus te dará a sabedoria e a ocasião para teres a vitória sobre o mal(CeS, p. 254).  

         Vê-se que a iniciativa não depende de ninguém mais do que o interessado. O segredo está no ‘conhecimento de si mesmo’, que não deve estar baseado na materialidade, ou aptidões do complexo físico. A melhor base está descrita no Gênesis, no relato da criação:
‘Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou(Gên. 1:27).

         Este é o ponto-base do entendimento de nosso ‘ego’: a imagem de Deus. No Glossário do livro Ciência e Saúde MBEddy dá sua versão do que seria a definição de “Eu ou Ego” sob a ótica puramente espiritual: “O único Eu(p. 588). Quando reconhecemos que esse único Ego é nosso Pai, estaremos nos aproximando da natureza infinita da criação divina.

         Certa feita alguém me comentou que Deus poderia ser tido como ‘egotista’ porque na Bíblia Ele se proclama único, ‘e não há outro’. Expliquei-lhe que o termo ‘egotista’ é pejorativo e de modo algum se aplica ou pode ser aplicado à Divindade. Deus é único e santo; ponto final!

         Quando nos unimos em pensamento a esse ser Único e Santo, estaremos purificando nosso ser, e teremos nosso eu evangelizado da melhor maneira possível! Podemos tranquilamente dizer: AMÉM,  Assim seja!
.o.

segunda-feira, 10 de junho de 2019

O Psicossomatismo no Ambiente Humano



A sapiência humana não chega perto da onisapiência divina.

         Psicossomática é qualificada como a manifestação doentia ou sofredora com origens na forma de pensar, na psique; ou seja, origem psíquica ou mental. Medo, angústias ou ânsia inexplicável são exemplos aceitos como possíveis causas para males se manifestarem no corpo. Modernamente tem-se percebido um crescimento do índice de causas psicossomáticas.

         Leitores e estudiosos da Bíblia já aprenderam isso há séculos, depois de ler o livro de Jó:
             “... aquilo que temo me sobrevém, e o que receio me acontece” (Jó, 3:25).

         Aliás, uma circunstância presente na consciência de uma pessoa, não importa por quanto tempo ali esteja alojada, acaba por manifestar-se na vida dessa pessoa. Temores coletivos (geralmente fortes) tendem a trazer para a experiência dos temerosos exatamente aquilo que temiam/temem: condições climáticas severas, acidentes, pestes, contágio, pecado, morte, .... As pessoas nem sempre se dão conta de estarem abrigando no pensamento a semente de um mal; por isso é importante que cada um aprenda a vigiar seu próprio pensamento; e, em detectando alguma semente maligna, precaver-se desde logo em achar meios de desfazer-se do mal enquanto ainda no pensamento. Depois de vir à tona na vivência das pessoas, o mal geralmente é combatido com recursos materiais, que não são nem oferecem solução definitiva para os problemas humanos. Pensando-se logicamente, se algo problemático tenha origem mental, não é fora do reino mental que se achará a solução.

         O ‘inimigo’ chamado medo talvez seja o mais generalizado entre os humanos, e talvez o mais antigo, pois a Bíblia já há séculos ou milênios alertava as pessoas a respeito. Nesse compêndio sagrado encontram-se alguns dos mais encorajadores conselhos. Logicamente estão baseados na fé em Deus, no Seu amor, Seu poder e Sua sabedoria; o que é propalado pelo mundo cristão. Não só conselhos, também relatos de vivências humanas de superação do medo. A peça literária que me parece mais recheada de promessas divinas para vencimento do medo, é o Salmo 91; são nada menos que vinte promessas, do tipo: “Nenhum mal te sucederá”, ou “praga nenhuma chegará à tua tenda [casa](Salmos 91:10).

         A respeito da questão mental que tenham nossos problemas, tidos como físicos, tomo a liberdade de contar a experiência de um amigo quando em viagem de várias horas de Singapura a Moscou, no começo do ano. Estava sentindo-se miserável com a coceira e dores que sentia pelo corpo inteiro. O voo afigurava-se um suplício. Ele é um estudioso da Bíblia aplicador de Suas verdades, e, por experiência, sabia recorrer a Deus em horas de aperto. Viu-se envolvido num dilema: “Ou empregava os ensinamentos de Jesus, sabendo que não houve pecado nas ações que havia tomado, nem erro ou submissão a condições materiais, ou faria uma viagem cheia de inquietação até o destino.” Ele e outros haviam sido advertidos que as águas marinhas onde iriam banhar-se e pescar, estavam infestados de um tipo de algas que atacam organismos, e podem levar a morte. Ele decidiu-se por seguir ao exemplo de Jesus Cristo e saber que não houve pecado, nem engano em banhar-se ou pescar naquelas águas. “Disse-me que decidiu de todo o coração por essa linha de pensamento”. Contou-me que instantaneamente a coceira desapareceu, bem como as dores das arranhaduras. Ele mesmo sentiu-se surpreso.

         Vejo que o ponto crucial ou auge dessa experiência ocorreu quando meu amigo confiou de todo o coração no poder e presença do Espírito e do Amor de Deus. Logicamente sentiu-se feliz e livre, não só pelo alivio, mas também por lhe ter sido provado mais uma vez a origem mental dos problemas físicos. Aliás, não fosse mental, poderia o problema desaparecer, assim, como por  encanto?

Essa experiência é prova mais do que cabal da natureza psicossomática dos problemas de saúde que as pessoas sentem. Será que as ciências e pesquisas médicas mais avançadas encontrarão soluções consistentes a essa condição nada material para as doenças? O que se tem visto até aqui é que as medicações nem sempre, ou quase nunca, trazem total alívio nem duradouro às pessoas. Aliás os frequentes esclarecimentos feitos por médicos às pessoas (mesmo com boas intenções) tendem a fixar ou ampliar os temores delas em torno de pontos críticos da saúde humana. E quanto mais fixados e ampliados, tanto mais cedo virão à tona. Para tirá-los de nossa vivência, só tirando-os primeiro do pensamento! Mas como? Perguntou-me, certa vez, um amigo. Logicamente não podemos pinçar os pensamentos como se fossem fios de barbante. Para tirá-los do pensamento só substituindo-os por outros. É uma troca. JC sempre recomendava: “Arrependei-vos!” Vale dizer, mudai vosso modo de pensar! A experiência que relatei acima, é um belo exemplo de mudança de pensamento. Quando o fez ‘de todo o coração’, o resultado apareceu imediatamente.

O apóstolo Paulo dá um conselho fundamental a seus ouvintes e leitores, conselho que nos convém seguir com seriedade, nós cristãos de todas as épocas:
“Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento(Fil. 4:8). 

Quando essas qualidades ocupam—totalmente—nosso pensamento nele não sobra espaço para os opostos, agiremos de acordo com elas abençoando a todos, e a nós e bendizendo a Deus. Se as circunstâncias hostis à nossa saúde, bem-estar e felicidade ficarem longe de nosso pensamento, elas também não se manifestarão em nossa vivência. Penso que a classe médica poderia contribuir muitíssimo para que as pessoas não absorvessem tantos receios, deixando de propagar longas descrições e potencialidades fatais de sintomas e ou (meras) preocupações dos humanos. 

Li recentemente comentários a respeito do trabalho do cientista e biólogo celular Bruce Lipton, americano, em que relata suas descobertas no campo da composição celular e suas relações no desenvolvimento e comportamento humano. Algumas das afirmações em seu livro “A Biologia da Crença” (2006) atordoaram o mundo dito científico: “Remédios são uma farsa” e “Pensamentos curam mais do que remédios”. Percebe-se que o pensamento esclarecido a respeito da origem das doenças está se afastando do pseudo centro ou foco na matéria. Isso, com certeza, virá para o bem da humanidade, depois de exorcizar as crenças há muito tempo enraizadas no pensar humano de base material.

Reconheço a atuação dessa classe de profissionais pela sua dedicação às pessoas necessitadas de atenção. A diferenciação que faço, prende-se aos conceitos básicos da medicina alopática que vê no corpo físico o começo e o fim das doenças, a origem e a cura de males físicos.
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