“Porque o Senhor é o nosso juiz –poder
judiciário;
O Senhor é o nosso legislador—poder legislativo;
O Senhor é nosso rei—poder
executivo;
Ele (Deus) nos salvará!” (Não um presidente pessoal.)
É
comum ouvir-se entre cristãos observações de que os cidadãos devem orar pelo
governo. Mas como se faz isso? Que tipo de oração pode ser eficiente no trato
da administração pública de um país ou um estado? É o que eu estava
conjeturando fazer. Em meio a pesquisa de material para tal oração de cunho
cristão, ocorreu-me que a melhor solução seria que os dirigentes públicos
soubessem buscar na Mente infinita, Deus, a força moral, a sabedoria e a
inspiração para seus atos. Por que isso? Eu encontrei na Bíblia Sagrada, mais
exatamente no livro do profeta Isaías, a melhor fonte para tal posicionamento.
Diz o profeta:
“O Senhor é o nosso juiz, o Senhor é o nosso
legislador, o Senhor é o nosso Rei; Ele nos salvará” (Isa 33:22).
Estão aí nitidamente identificados os três
poderes da administração pública: Judiciário, Legislativo e Executivo. Onde
estão centrados esses poderes? No saber infinito do Deus infinito, a quem os
cristãos dizem adorar. De onde vem as soluções mais favoráveis à sociedade? “Do
Senhor”, o verdadeiro Juiz, Legislador e ‘Rei’.
Percebi
que esse é o melhor enfoque para nossas orações em prol do governo, e a favor
da comunidade. Se buscamos na oração subsídios para
apoiar moral e espiritualmente aos dignitários do governo, temos que dirigi-la
a quem de direito: o verdadeiro Juiz, Legislador e Mandatário. Ele—e só Ele—é
capaz de prover ideias construtivas e positivas na variedade e quantidade
necessárias para alcançar todos os envolvidos. Nossa oração cristã não pode nem
deve desviar-se de Deus, a Mente infinita. Não podemos reconhecer outro poder,
sob pena de desonrar a Deus, contrariando o primeiro Mandamento: “Não terás outros deuses ...”
A oração é um recurso espiritual, e como tal ela deve
procurar na fonte divina a solução para as questões humanas. Não podemos orar a
Deus e esperar dos humanos que estes produzam as melhores soluções. Temos que
saber que vêm de Deus as melhores ideias, e que Ele está sempre em ação, sempre
presente, disponível e disposto a prover a Seus filhos o que lhes seja
necessário. Mary Baker Eddy, escreveu em seu livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, algo que nos ajuda a
transpor as circunstâncias do ambiente humano para um mais
elevado. Diz ela:
“Deus construiu uma plataforma mais
elevada de direitos humanos, e a construiu sobre declarações mais divinas.
Essas declarações não são feitas por meio de códigos e dogmas, mas em
demonstração de ‘paz na terra entre os homens’ e de boa vontade para com eles” (CeS,
p. 226).
“Paz
na terra entre os homens” não é um postulado humano mas é um desiderato
divino e cristão. É algo que sempre podemos evocar em nossas atividades como
cidadãos, é um ideal que podemos perseguir e propalar para o bem da humanidade.
Na medida em que abrigamos em nossa consciência a união e
unidade de Deus, a consciência infinita, com os homens como filhos de Deus, podemos
ver concretizada a visão que Eddy expôs:
“Um só Deus infinito, o bem, unifica homens e nações; estabelece a fraternidade dos
homens; põe fim às guerras; ... aniquila ... o que está errado nos códigos
sociais, civis, criminais, políticos e religiosos; estabelece a igualdade dos
sexos; ...” (CeS, p. 340).
Este mundo seria melhor, se nele essas
coisas ocorressem naturalmente!
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