sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Coerência na fé cristã

A fé cristã para não ser cega, tem de ser coerente.

 A fé cristã é um distintivo do mundo cristão que abraçou o ensinamento de Jesus Cristo para sua religiosidade.  O Mestre Cristão deixou ensinamentos e demonstrações do que é fé, e de como emprega-la aos controversos assuntos humanos, não raro recheados de problemas de toda ordem, tanto individuais como coletivos, tanto físicos como psíquicos, tanto de saúde como de doença. As Sagradas Escrituras relatam como a fé se desenvolveu entre o povo israelense (os Filhos de Jacó) ao longo de 2.000 anos. Nos dias de hoje seriam 4.000 anos. O Mestre Cristão deixou instruções bem claras a respeito do uso da fé. Vejam algumas declarações:

    “Tudo é possível ao que crê” (Mateus 9:23);
    “Aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço” (João 14:12).

Até hoje ninguém conseguiu igualar totalmente as provas de fé realizadas por JC. Ele empregava sua fé extraordinária para solução de problemas dos outros. Será que ele não tinha problemas físicos (ou morais) próprios? O estado e graça espiritual em que ele vivia, livrava-o dos problemas humanos. Multidões vinham a ele em busca de ajuda, porque haviam visto ou sabido de suas obras. A todos atendeu com amor, o grande aliado da fé. Seus discípulos aprenderam a regra da cura com o Mestre. O que nós pudermos aprender a respeito está registrado na Bíblia, e quem melhor discerniu e aprendeu e aplicou a regra  suprema nos tempos modernos foi MBEddy, que deixou sua descoberta da regra de cura espiritual registrada em seu livro CeS com a Chave das Escrituras. Nessa obra está explicitado o método de CJ de curar sem recurso a meios e métodos da ciência humana material.

Uma das características da fé que o Mestre defendia era a pureza da fé; nada de misturar a fé em Deus com fé em ‘ídolos’, ou seja fé no Espírito e não no oposto, a matéria, o físico, os recursos materiais. Se dirigimos nossa fé para Deus, por coerência, não podemos, ao mesmo tempo, direciona-la a outra fonte de poder (ainda que suposta). Esta é a coerência da fé que o mundo cristão precisa aprender a praticar. E isso é fácil de fazer? Eu não diria que seja fácil, pelo menos até obtermos certa prática no exercício da fé pura; mas é condição ‘si-ne-qua-non’.

Para purificar nossa fé, temos que excluir de nossa consciência a concessão ao dualismo, ou seja, aceitar como reais e verdadeiros dois conceitos opostos e auto-excludentes. Podemos iniciar nosso treinamento com Verdade x mentira, Amor x temor ou ódio, Deus x diabo, saúde x doença, inteligência x incompreensão, fraternidade x intolerância, ... Como o prezado leitor se sente diante desses opostos? Parecem-lhe mutuamente excludentes? Chegará o momento à nossa vida em que teremos de fazer a seleção do que é real para nós. A partir desse instante poderemos conscientemente optar a respeito de que realidade queremos em nossa vida e afazeres, pois o que for real para nós é o que se manifestará visivelmente.  

Vou tomar a liberdade de expor mais alguns exemplos de dualidades entre as quais optar pela que os pareça real:
Fé em Deus, o Bem, ou fé na matéria e no mal.
Fé no Espírito onipotente, ou fé no físico, força física.
Fé na Mente divina onisciente, ou fé na mente humana.
Fé na Verdade imutável, ou fé no erro problemático
Fé no Amor imparcial que inclui a todos, ou fé em falsidades humanas.
Fé na Vida eterna, ou fé na morte ou vida material
          Fé na Ciência divina, ou fé nas ciências materiais.

No livro CeS (mencionado) acima, a autora expõe a verdade absoluta sobre a existência e nela pode-se ver a presença de opostos em confronto, desafiando nosso entendimento e aceitação:

     “A declaração científica sobre o existir:
Não há vida, verdade, inteligência nem substância na matéria. Tudo é a Mente infinita e sua manifestação infinita, porque Deus é Tudo-em-tudo. O Espírito é a Verdade imortal; a matéria é o erro mortal. O Espírito é o real e eterno; a matéria é o irreal e temporal. O Espírito é Deus, e o homem é Sua imagem e semelhança. Por isso o homem não é material; ele é espiritual” (CeS, p. 468).
Este parágrafo serve de balizador para nossas convicções, bem como de tocha de iluminação em nossa caminhada rumo à compreensão espiritual de nossa existência como seres criados por Deus. A compreensão do conteúdo desse balizador mental eleva nossa consciência (acima de considerações materiais), e isso não é um mero exercício filosófico. A mesma autora citada acima esclarece:

“O corpo melhora sob o mesmo regime que espiritualiza o pensamento” (CeS, p-....).
Tudo o que uma pessoa possa realizar que tenha como resultado a elevação espiritual, acarretará irrevocavelmente a harmonização de sua vida humana. É o melhor remédio para restabelecer a harmonia nos assuntos humanos, até mesmo os conflitivos. Tomo a liberdade de citar  novamente Eddy:

“Quando chegarmos a ter mais fé na verdade do existir do que no erro; mais fé no Espírito do que na matéria, mais fé em viver do que em morrer, mais fé em Deus do que no homem [nossas opções], então nenhuma suposição material pode nos impedir de curar os doentes e destruir o erro” (CeS, p...).
Percebe-se claramente a linha de cristianismo puro e cientificamente demonstrável disponível ao mundo cristão nos dias de hoje.

São frutos de uma fé coerente.

.o0o.

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