A fé cristã para não ser cega, tem de ser
coerente.
A fé cristã é um distintivo do mundo cristão
que abraçou o ensinamento de Jesus Cristo para sua religiosidade. O Mestre Cristão deixou ensinamentos e
demonstrações do que é fé, e de como emprega-la aos controversos assuntos
humanos, não raro recheados de problemas de toda ordem, tanto individuais como
coletivos, tanto físicos como psíquicos, tanto de saúde como de doença. As
Sagradas Escrituras relatam como a fé se desenvolveu entre o povo israelense
(os Filhos de Jacó) ao longo de 2.000 anos. Nos dias de hoje seriam 4.000 anos.
O Mestre Cristão deixou instruções bem claras a respeito do uso da fé. Vejam
algumas declarações:
“Tudo
é possível ao que crê” (Mateus
9:23);
“Aquele
que crê em mim também fará as obras que eu faço” (João 14:12).
Até
hoje ninguém conseguiu igualar totalmente as provas de fé realizadas por JC.
Ele empregava sua fé extraordinária para solução de problemas dos outros. Será
que ele não tinha problemas físicos (ou morais) próprios? O estado e graça
espiritual em que ele vivia, livrava-o dos problemas humanos. Multidões vinham
a ele em busca de ajuda, porque haviam visto ou sabido de suas obras. A todos
atendeu com amor, o grande aliado da fé. Seus discípulos aprenderam a regra da
cura com o Mestre. O que nós pudermos aprender a respeito está registrado na
Bíblia, e quem melhor discerniu e aprendeu e aplicou a regra suprema nos tempos modernos foi MBEddy, que
deixou sua descoberta da regra de cura espiritual registrada em seu livro CeS com a Chave das Escrituras. Nessa
obra está explicitado o método de CJ de curar sem recurso a meios e métodos da
ciência humana material.
Uma
das características da fé que o Mestre defendia era a pureza da fé; nada de
misturar a fé em Deus com fé em ‘ídolos’, ou seja fé no Espírito e não no
oposto, a matéria, o físico, os recursos materiais. Se dirigimos nossa fé para
Deus, por coerência, não podemos, ao mesmo tempo, direciona-la a outra fonte de
poder (ainda que suposta). Esta é a coerência da fé que o mundo cristão precisa
aprender a praticar. E isso é fácil de fazer? Eu não diria que seja fácil, pelo
menos até obtermos certa prática no exercício da fé pura; mas é condição
‘si-ne-qua-non’.
Para
purificar nossa fé, temos que excluir de nossa consciência a concessão ao
dualismo, ou seja, aceitar como reais e verdadeiros dois conceitos opostos e
auto-excludentes. Podemos iniciar nosso treinamento com Verdade x mentira, Amor
x temor ou ódio, Deus x diabo, saúde x doença, inteligência x incompreensão,
fraternidade x intolerância, ... Como o prezado leitor se sente diante desses
opostos? Parecem-lhe mutuamente excludentes? Chegará o momento à nossa vida em
que teremos de fazer a seleção do que é real para nós. A partir desse instante
poderemos conscientemente optar a respeito de que realidade queremos em nossa
vida e afazeres, pois o que for real para nós é o que se manifestará
visivelmente.
Vou
tomar a liberdade de expor mais alguns exemplos de dualidades entre as quais
optar pela que os pareça real:
Fé em
Deus, o Bem, ou fé na matéria e no mal.
Fé no
Espírito onipotente, ou fé no físico, força física.
Fé na Mente
divina onisciente, ou fé na mente humana.
Fé na
Verdade imutável, ou fé no erro problemático
Fé no
Amor imparcial que inclui a todos, ou fé em falsidades humanas.
Fé na
Vida eterna, ou fé na morte ou vida material
Fé
na Ciência divina, ou fé nas ciências materiais.
No
livro CeS (mencionado) acima, a autora expõe a verdade absoluta sobre a
existência e nela pode-se ver a presença de opostos em confronto, desafiando
nosso entendimento e aceitação:
“A declaração científica sobre o existir:
Não há vida, verdade, inteligência
nem substância na matéria. Tudo é a Mente infinita e sua manifestação infinita,
porque Deus é Tudo-em-tudo. O Espírito é a Verdade imortal; a matéria é o erro
mortal. O Espírito é o real e eterno; a matéria é o irreal e temporal. O
Espírito é Deus, e o homem é Sua imagem e semelhança. Por isso o homem não é
material; ele é espiritual” (CeS, p. 468).
Este parágrafo serve
de balizador para nossas convicções, bem como de tocha de iluminação em nossa
caminhada rumo à compreensão espiritual de nossa existência como seres criados
por Deus. A compreensão do conteúdo desse balizador mental eleva nossa
consciência (acima de considerações materiais), e isso não é um mero exercício
filosófico. A mesma autora citada acima esclarece:
“O corpo melhora sob o mesmo regime que espiritualiza o
pensamento”
(CeS,
p-....).
Tudo o que uma pessoa
possa realizar que tenha como resultado a elevação espiritual, acarretará
irrevocavelmente a harmonização de sua vida humana. É o melhor remédio para
restabelecer a harmonia nos assuntos humanos, até mesmo os conflitivos. Tomo a
liberdade de citar novamente Eddy:
“Quando chegarmos a ter mais fé na verdade
do existir do que no erro; mais fé no Espírito do que na matéria, mais fé em viver
do que em morrer, mais fé em Deus do que no homem [nossas opções], então nenhuma suposição
material pode nos impedir de curar os doentes e destruir o erro” (CeS,
p...).
Percebe-se claramente a
linha de cristianismo puro e cientificamente demonstrável disponível ao mundo cristão
nos dias de hoje.
São frutos de uma fé coerente.
.o0o.
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