segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Agradar a Deus

O livre-arbítrio do homem deve ser balizado pela virtude

Para ser feliz o homem deve pautar sua vida para que esta esteja de acordo com lei de Deus; essa coerência, embora desafie o saber humano, é a garantia de felicidade humana duradoura. Os cristãos que têm na Bíblia seu ponto de apoio para ações corretas na sociedade podem espelhar-se em nosso Mestre Cristão. No evangelho de João, relata-se que Jesus asseverou a seus discípulos:

Aquele que me enviou está sempre comigo[...]porque eu sempre faço o que Lhe agrada” (João 8: 29).

Essa é mais clara diretriz para nossas ações e atitudes. Quando estivermos prestes a realizar algo ou tomar alguma decisão é de todo útil perguntar-nos: “Agrada a Deus o que estou fazendo?” Para agradar a Deus é necessário agir de acordo com a lei divina.   Temos nos Dez Mandamentos o resumo das leis que agradam a Deus. Se tão só nos lembrarmos dessa regra em meio aos afazeres humanos, poderemos gozar do apoio do divino Amor, da Mente infinita e todo-sábia, nos nossos assuntos diários. Mary B. Eddy nos alenta a esse posicionamento mental:       
 
“Pergunta-te: Estou vivendo a vida que mais se aproxima do bem supremo?...Se assim for, então o caminho se tornará cada vez mais claro ‘até ser dia perfeito’. Teus frutos darão provas daquilo que o compreender a Deus traz ao homem” (CeS, p. 496).

Para saber se estamos agindo de acordo com a vontade de Deus, nem sempre nos apercebemos de qual é a essa vontade. Por minha experiência faço a verificação com a pergunta: “Estão meus atos ferindo algum dos mandamentos?” Conforme a resposta sei se devo ir avante com as decisões tomadas ou se devo reformular alguma orientação. Conhecendo-se os Dez Mandamentos (ver Êxodo 20) é fácil fazer essa checagem. O que o ser humano precisa ter ou expressar para tal “check up” é humildade e disposição de conformar sua vida e atitudes a essa lei divina.

Levar uma vida de virtudes, de gestos que sirvam à elevação da raça humana, é um ótimo sinal de nossa disposição. O resultado de tal vida é a satisfação, o suprimento, a abundancia, a saúde na vida humana evidenciando o apoio divino ao que fazemos. O salmista cantou essa verdade do seguinte modo:

“O que a mim me concerne o Senhor levará a bom termo; a tua misericórdia, ó Senhor, dura para sempre; não desamparas as obras das tuas mãos(Salmo 138: 8).

É muito fácil viver sem atender ou atentar a vontade de Deus, basta deixar-se levar pelas correntes de pensamento dominantes entre os homens. A mentalidade carnal e materialista não se ocupa em louvar a Deus no viver diário. No entanto, isso é algo muito necessário, pois ajuda a elevar a mentalidade do gênero humano para que saia fora de seu atual viver materialístico.

Algo muito comum entre os humanos é a crítica ao que outros fazem ou dizem. Criticamos atitudes que “julgamos” incorretas ou inconvenientes. Mas isso é nossa opinião. Criticar os outros é um dos muitos modos de desagradar a Deus, pois isso nos fixa o olhar para defeitos ou falhas na criação divina além de desrespeitar a Lei Áurea: “Fazer aos outros o que queremos que eles nos façam”. Entre os cristãos, a única crítica admissível é a autocrítica. Com a pergunta: “Agrada a Deus o que estou fazendo?” mostramos uma capacidade de autoexame, tomando-se uma distância de nosso ego para ter uma perspectiva de nossas ações ou até de nossos pensamentos.

Esse autoexame nos é muito útil quando diante de tentações ou sugestões—conflitos de vontades—que tenderiam a nos afastar da consciência de estar com Deus ou de deixar que Deus nos oriente. Ninguém pode fazer a pergunta por nós. Isso é assunto de foro íntimo e individual. Se nos voltamos para a Bíblia em busca de auxílio espiritual encontramos na epístola de Paulo aos Romanos a admoestação:

Os que estão na carne não podem agradar a Deus(Romanos 8:8).

Também encontramos na mesma epístola o conselho:

“Não vos conformeis com este século [modo de pensar humano], mas transformai-vos pela renovação da vossa mente [nosso modo de pensar], para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus(Romanos 12:2).
“Não conformar-se com este século” é um proceder inspirado que orienta todo nosso viver humano. O progresso espiritual individual determina o grau de nossa não-conformidade aos padrões mentais reinantes entre a humanidade. É difícil, ou é fácil fazer isso? O caso depende da inclinação mental de cada um. Cada um é responsável pelo seu modo de pensar e agir. Sempre podemos apelar para a inspiração das Escrituras:

“Ensina-me a fazer a Tua vontade, pois Tu és o meu Deus; guie-me o Teu bom Espírito por terreno plano” (Salmo 143:10).

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