A humanidade parece refém de grupos de gananciosos,
corruptos, fanáticos, violentos; e como vítima parece não saber como agir ou
reagir. Mas o que será que se passa no pensamento do indivíduo?
Manchetes e notícias da mídia
dão conta do grande desassossego vigente entre pessoas em várias
partes do mundo. A humanidade parece ter-se tornado refém de grupos
de minorias atuantes contra as quais não ousa levantar reação, geralmente por
medo de retaliações. A grande maioria da sociedade não compactua com essas
ações agressivas, mas não se sente capacitada a dar passos efetivos de combate
aos malfeitores ou de defesa de seus interesses ou bens. Será solução ficar de
bico calado e braços cruzados? Vários tipos de grupos podem ser identificados:
Os gananciosos agem
visando a obtenção de ganhos e lucros a qualquer custo, (traficantes de drogas,
grandes grupos financeiros, empresas multinacionais), mesmo a prejuízo de outros ou toda uma classe
social, ou até do meio ambiente.
Os corruptos fazem
parte do grupo anterior, mas levam no seu caminho (descaminho) funcionários
públicos, prejudicando todo um planejamento de realizações públicas.
Fanáticos abraçam uma “causa” (religiosa, política, esportiva,
regional) e por ela arriscam sua própria vida e dos outros. Colocam viseiras ao
lado dos olhos e só conseguem ver numa direção.
Os Violentos são grupos de gangues para domínio local, depredadores em
manifestações, desrespeitadores familiares, estupradores, criminosos em
família.
Os componentes de tais grupos
só se sentem fortes e inclinados a agir dentro do grupo. Quando acossados por
alguma força de autoridade, tratam de fugir ou esconder-se, pois sabem que seus atos ferem a lei, assim
como ferem os cidadãos.
Diante das ações dos grupos
atuantes, a maioria das pessoas comporta-se de modo pacífico (não seria
passivo?) como se não fosse com ela. Quando muito fica espantada diante da
violência ou audácia dos atuantes. Isso ocorre porque são pessoas de boa paz e
preferem um transcurso de sua vida sem radicalismos. Imagine se a maioria
pacífica (antes passiva) fosse tão atuante como os grupos da minoria? O que
aconteceria? Será que a mídia daria a mesma cobertura nos noticiosos? Acho que
sim, pois às vezes vemos matérias muito edificantes de ações comunitárias
levadas a cabo por entidades assistenciais ou ambientais. Só não aparecem mais
dessas notícias porque não ocorrem mais ações de igual impacto na comunidade.
Qual seria a melhor defesa da
sociedade em geral contra as investidas dos grupos atuantes na ânsia de
alcançar seus objetivos escusos? Assim como estes só conseguem atuar dentro de
sua organização, também a sociedade precisa organizar-se para tentar alcançar
um objetivo definido. A primeira ação será individual: vencer a passividade.
O conforto do lar tende a segurar o indivíduo de tomar a iniciativa de alguma
ação fora de casa. A conscientização do problema social por parte do cidadão
não é suficiente; ele precisa sensibilizar-se com alguma causa. A
sensibilização do indivíduo faz com que ele arregace as mangas e se ponha a
trabalhar, e agir com o grupo de sua predileção; dispõe-se a participar de alguma ação
(definida pelo grupo do bem) no sentido de anular os objetivos dos grupos do
mal. Quantos mais grupos do bem existirem, tanto menor o espaço de manobra dos
grupos de minorias atuantes. Mas os métodos de ação têm de ser diferentes ou
opostos a esses, sem violência, sem rancores, sem visar prejudicar pessoas, mas
apenas defender, dentro da lei. Coragem é um requisito importante nesse ponto.
Outro tipo de ação ou
atividade benevolente ou protetora seria o combate à ociosidade da
juventude oferecendo atividades esportivas, ou musicais, culturais ou
ambientais. Já há exemplos semelhantes sendo realizados. A maioria do povo poderia apoiar tais
iniciativas e delas participar voluntariamente, fortalecendo-as dessa maneira.
As autoridades estão se
equipando com tecnologias cada vez mais avançadas que possibilitam ao cidadão
aproximar-se por meio de denúncias para que as autoridades possa atuar
em favor do cidadão. Valem aqui denúncias tanto de ações coletivas como
individuais perpretadas por grupos ou por indivíduos.
Grupos de ajuda mútua em favor da defesa de atingidos por ataques ou
calamidades é um tipo de ação muito positiva. Quanto mais a comunidade se
aproximar de vítimas, menos espaço sobrará para ações vitimadoras contrárias.
Quantas vezes vê-se notícias de pessoas que não querem deixar suas casas
atingidas por enchente, por medo de serem roubadas de seus pertences domésticos
enquanto estiverem fora . Gatos (e
gatunos) agem às escuras, para não serem vistos.
As ações ostensivas de grupos
atuantes são plenamente visíveis e sensíveis. Mas não são fáceis de combater.
Ao passo que as ações malévolas que partem do indivíduo são engendradas no
pensamento individual e por isso podem ser combatidas uma a uma. Se uma ação
vil for combatida na sua origem ela não prejudicará ninguém e não causará
danos.
Pouco adianta para a solução
de problemas a maioria da população ficar atordoada pelos noticiosos e ficar
recolhida em suas fortalezas domésticas. Atitudes e iniciativas individuais
pelos membros da maioria pacífica acabarão por gerar uma
consciência comunitária apoiativa e proativa. Podemos, assim, sonhar com um
mundo melhor.
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PONTO METAFÍSICO:
A defesa individual fica no
campo da consciência e da religiosidade. Os cristãos se apoiarão na Bíblia, o
muçulmanos e os israelitas também têm seu livro sagrado básico. O recurso ao
valor espiritual da fé cristã enseja ao crente um recolhimento espiritual e
psicológico capaz de lhe propiciar segurança em casa ou fora de casa. Os
ensinamentos bíblicos mostram a realidade das promessas emitidas pelo Criador.
Quando o Salmo 91 diz:
“A pessoa que procura segurança no Deus
Altíssimo e se abriga na sombra protetora do Todo-poderoso pode dizer a ele: ‘Ó
Senhor Deus, tu és o meu defensor e o meu protetor. Tu és o meu Deus; eu confio
em Ti’ ” (NTLH, Salmo 91: 1, 2),
podemos acreditar na
veracidade da afirmação. Ou quando o mesmo Salmo promete:
“Deus mandará que os anjos dele
cuidem de você para protegê-lo aonde quer que você for” (idem
91: 11),
podemos confiar no Todo-poderoso. Quando nos
recolhemos ao esconderijo do Altíssimo estamos escondidos das agressões do mal.
Não seremos visíveis. A fé absoluta, a certeza de que Deus nos protege com Seu
Amor se evidencia na percepção de segurança para nós e nossos familiares.
Permitam-me repetir: fé absoluta e certeza sem vacilação. Quem assim
agir verá!
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