sexta-feira, 26 de julho de 2019

FOCO DAS IDEIAS


O foco das ideias determina nossas experiências pessoais.

Caso pessoal: há alguns dias eu vinha sofrendo de ataques de irritação na pele. Era coceira por todo o corpo: pernas, abdome, costas, peito, rosto e cabeça. Até dormir era difícil. Certo dia, antes de dormir, orei a respeito do controle dos membros do corpo. Ficou claro que as mãos (instrumentos para atender os sintomas) obedecem à mente. Se eu penso em mover um braço, ele obedece pois não tem controle próprio. Assim, na condição descrita, as mãos se dirigiam ao ponto dos sintomas para mitigar a sensação por ordem mental, ainda que subconsciente. Resolvi então não mais atender o apelo dos sintomas. Quando surgiam sensações, a mão parecia ir automaticamente ao ponto de discórdia. Por força de minha decisão, eu retraía as mãos sem coçar a pele. Por várias ocasiões, o método deu certo.

         Então pude perceber algo espantoso e maravilhoso. Os sintomas de coceira foram diminuindo; e o mais estranho, nesses mesmos pontos a coceira parava de agir. Depois de algum tempo pude adormecer sem os sintomas incômodos da epiderme. No dia seguinte, percebi que estava diante de uma lição metafísica importante.

         Compreendi que, sempre que o pensamento se desviava do objetivo de minha decisão, ou seja, se eu deixava que o pensamento se extraviasse às soltas, os sintomas reapareciam. A conclusão de que precisava cuidar do modo de pensar foi natural e espontânea. Até então ainda não havia lançado mão de argumentos metafísicos da Ciência do Cristianismo. Essas ferramentas podem ser usadas por todos, e todos podem gozar dos efeitos benéficos das leis espirituais do Cristianismo.

         O controle do corpo pela mente é algo que cada pessoa pode alcançar e exercer. Mas se quiser alcançar controle/governo, em um grau mais elevado de atividade mental, precisa dirigir-se para um controle mais absoluto de uma Mente superior, a divina. Jesus exemplificou esse controle mais elevado (aliás único), assim como o fizeram profetas e apóstolos, e também Mary Baker Eddy. Faziam-no para si e para os outros. A Bíblia está repleta de relatos de cura de todos os tipos de problemas físicos. O mesmo pode ser visto na literatura da Ciência Cristã. No ano de 1966 a Igreja de Cristo, Cientista, lançou o livro: “Um século de Cura pela Ciência Cristã” onde são apresentados relatos de curas por meios espirituais somente ocorridos ao longo do primeiro centenário dessa denominação (1866-1966).

         Em seu livro “Rudimentos da Ciência Divina” (1952, versão em português) a Sra. Eddy expõe como os cientistas cristãos devem manter sua consciência sempre vinculada aos princípios da Ciência Divina a fim de desenvolver eficientemente a prática da “nova” religião—nova na época. Diz ela:
Os pensamentos do praticante devem estar imbuídos de uma clara convicção da onipotência e onipresença de Deus; de que Ele é Tudo, e de que não há outro fora dEle; de que Deus é bom, e que só produz o bem” (p. 9).

         Que afirmação poderosa! Poderíamos até destacar a expressão: “clara convicção da onipotência e onipresença de Deus”. Tal condição não requer palavras. É totalmente uma atividade mental e espiritual. Mas não pensemos que isso se restrinja ao reino das ideias. É a própria Eddy quem esclarece:
O poder espiritual de um perfeito pensamento científico, tem curado muitas vezes doenças inveteradas sem um esforço direto, sem um argumento oral, ou mesmo mental” (Idem ).

O sexto Fundamento da Ciência Cristã inclui promessa:
E solenemente prometemos ...orar para haver em nós aquela Mente que havia também em Cristo Jesus” (CeS, p. 497).
         
         Pelo que se sabe o Mestre Cristão tinha a mente focada em seu Pai como força onipotente e onipresente, demonstrando no seu ministério a “clara convicção” dessas características do Deus infinito. “Eu e o Pai somos um”, “Eu faço sempre o que Lhe agrada”, (João 8:39) são palavras de demonstram o posicionamento mental do Mestre.

        O que aconteceria à nossa atividade humana se fizéssemos o mesmo? Poderíamos realizar obras semelhantes, conforme ele mesmo prometeu “... farão também as obras que eu faço” (João 12:14). O resumo de seu ministério de cura vem à tona nessa frase: obras, demonstrações, realizações práticas, em vez de profissões de fé. Prática; não teoria! O cuidado que devemos ter com nossa consciência para que esteja sempre focada na “convicção da onipotência e onipresença de Deus”, é o grande esforço a exercer em nossa vida cristã. Quando dizemos que somos cristãos temos que ter em mente uma vida dedicada a obras cristãs: “Nisto conhecerão todos, que sois meus discípulos...” (João 13:35). Palavras não bastam!

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quinta-feira, 11 de julho de 2019

“DE TODO O CORAÇÃO ...”


Regras cristãs a serem obedecidas

Se existe algo que os cristãos não podem negligenciar é seu modo de amar a Deus. As Sagradas Escrituras estão repletas desde o Antigo Testamento, de admoestações e conselhos de como deve ser a adoração ao Ser Supremo. Destaca-se a importância de não misturar sentimentos humanos com sentimentos idênticos devotados à Divindade. Essa mistura pode ser comparada ao acolhimento de ideias controversas sendo aceitas como se fossem ao mesmo tempo reais, embora conflitantes. Questões que mutuamente se guerreiam por nossa aceitação e reconhecimento devem ser nitidamente destacadas em nosso discernimento, e descartadas as imprestáveis.

Se nossa disposição religiosa nos leva a desejar traçar um caminho de retidão e pureza de propósitos, isso é totalmente desejável e exequível. O caminho da santidade requer entrega total de alma e mente, emoção e razão. A Ciência do Cristianismo oferece um caminho de pureza àqueles que se dispõem a trilhá-lo com singeleza de coração, sem a duplicidade ou as contradições do livre arbítrio. Dedicação exclusiva como esclarece MBEddy no livro CeS:
“A Mente divina exige do homem, a justo título, toda a sua obediência, afeto e força. Não admite reservas para nenhuma lealdade menor” (CeS, p. 183).

         No afã de seguir com fidelidade por esse caminho que nos aproxima de Deus, Pai-Mãe, o cristão tem de ser vigilante ao seu pensamento, pois desse modo estará obedecendo à orientação do Mestre: “Vigiai e orai!” O caminho ‘reto e estreito’ de se chegar a Ele deve ser trilhado com atenção e sem desvios. Entenda-se bem, nós não precisamos ir a algum lugar para encontrar a Deus, pois Ele está em todo lugar e enche todo o espaço—onipresença. É a nossa disposição de aproximação mental e espiritual que nos induz a encetar a caminhada rumo ao infinito Bem, e nos faz sentir a presença Divina.
         Nessa caminhada, a obediência aos Mandamentos é uma garantia de andarmos de modo correto. Nosso Mestre sabia ‘na ponta da língua’ os mandamentos, e era rigoroso em cumprí-los. Ele alertou seus concidadãos que é muito fácil desviar-se do caminho de obediência aos mandamentos. Disse:
 “Ouvistes que foi dito: Não adulterarás. Eu, porém, vos digo, que qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, já adulterou com ela” (Mat. 5:28).

Esse tipo de desvio de conduta, talvez nem seja percebido pelo cidadão; daí a razão de todo cuidado e total vigilância ao pensamento. Por que? É por que Deus irá castiga-lo? Não! É porque o acolhimento de ações e conceitos errôneos é prejudicial à pessoa que guarda esses ‘inimigos’ em sua trincheira mental. Somos ‘maltratados’ por esses pensamentos que abrigamos na consciência, e não nos cabe atribuí-los a outros ou a Deus. Aquilo de que a consciência está cheia, vem à tona na vivência da pessoa.

         O mesmo cuidado devemos dedicar ao modo como pensamos em Deus ou sobre Deus. Nunca devemos misturar pensamentos dirigidos a Deus com outros que se desviem dEle. Os Mandamentos que Moisés recebeu para o povo hebráico—e a humanidade cristã de hoje—não deixam dúvida a respeito do quão radical ou absoluto deva ser nosso pensamento no tocante à inclusão do Ser Supremo:
            Não terás outros deuses diante de mim(Êxo. 20:3).

Jesus conhecia as admoestações dos profetas, uma das quais toca diretamente o assunto:
             “... têm-te nos lábios, mas longe do coração (Jer. 12:2).

A facilidade de ‘ter o Senhor nos lábios’ também incentiva usar o nome de Deus de modo superficial e leviano, referindo-se ao Pai sem nem sequer pensar nEle. Chega a ser chocante ouvir tantas vezes o nome de Deus ser citado de modo tão corriqueiro e maldizente, ou ser ‘invocado’ por gestos e palavras para uma certa equipe esportiva ganhar o jogo, etc. Que horror!

            A mesma disposição de exclusividade que damos ao Pai, devemos dar aos atributos divinos: poder, presença, vida, inteligência, verdade, amor. Se reconhecemos apenas um Deus, o mesmo sentimento devemos devotar a cada um de Seus atributos, se não quisermos desonrá-lO. Com certeza não queremos fazer isso! Por exemplo: poder! Se Deus tem poder, este está com Ele e ninguém ou nada tem poder além do único poder que é de Deus. Presença: toda a presença de Deus enche todo o espaço; não há outra! Ciência ou Sabedoria: só a de Deus inclui tudo no universo, e Suas ideias que Lhe obedecem estão por todo o universo, obedecendo a Mente criadora.

         O reconhecimento dessas verdades divinas, ou referentes a Deus, tem de ser absoluto em nossa mente ou consciência. Então veremos em todas as direções manifestações da ordem divina em harmonia, plenitude, abundância, suprimento, amor, inteligência, saúde, força, ...  Eis alguns conselhos bíblicos de sabedoria que podemos acolher, e praticar:

·       “Filho meu, se aceitares as minhas palavras e esconderes contigo os meus mandamentos, para fazeres atento à sabedoria o teu ouvido e para inclinares o teu coração ao entendimento, e, se clamares por inteligência, e por entendimento alçares a voz, ... então, entenderás o temor do Senhor e acharás o conhecimento de Deus.” (Prov. 2:1-5).
·         Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova dentro em mim um espírito inabalável” (Salmos 51:10).

E o fruto de tal posicionamento espiritual é:

 “Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo vosso coração(Jer. 29:13).

         Achar a Deus, é encontrar o Bem Supremo! Mais do isso não podemos pedir; mais nem precisamos pedir! E certamente granjearemos o beneplácito da bênção:
A paz de Deus, que excede todo entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus” (Filip. 4:7).
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