As crenças envolvidas com envelhecimento
podem, ser contornadas
No mundo material e humano a idade tem
evidências que acompanham os seres vivos, não raro enchendo-lhes a consciência
com receios e preocupações, além de problemas contra os quais parece não haver
meios de contorná-los.
O ciclo de crescimento, amadurecimento e
desaparecimento é visível em todos os reinos: animal, vegetal e humano. Um
vegetal expõe suas qualidades até dar fruto, e então murchar ou fenecer para
dar lugar a um novo ciclo. No caso de árvores os frutos evidenciam o ciclo em
questão. Vegetais que não dão fruto, dão flores e sementes que preenchem o
mesmo papel. Todos os tipos de animais passam pelo mesmo ciclo, grandes e
pequenos, terrestres e marinhos. Mesmo entre insetos é possível detectar-se as
fases mencionadas. Penso que até ETs convivam com tal condicionamento,
logicamente próprio deles.
O passar do tempo parece ser o fator
incontornável para os seres viventes. Cada espécie tem ciclo temporal próprio.
Nós humanos nos acostumamos a contar o tempo, passado e/ou futuro, e dentro
dele desenvolvemos nossas atividades e nossas vidas. Por causa dele também
cercamos e enchemos nossos pensamentos com preocupações e precauções por causa
das crenças de que a idade traga problemas sérios de saúde e outras limitações.
Se conseguíssemos livrar-nos dessas crenças, seria nossa existência no corpo
eterna? Não! Mas seria isenta das preocupações que perseguem os humanos desde
tenra idade. Será que os animais também se preocupam com o tempo? Logicamente,
não. Eles não dispõem de capacidade mental. Mas imagine-se uma pessoa viver sem
se preocupar com a idade. Ela seria muito feliz, penso eu.
Essa possibilidade pode ser tirada do tempo
condicional. As pessoas têm oportunidade e capacidade de lançarem mãos à
capacidade mental de abstrair o tempo de seu pensamento, conscientemente. Basta
assumir uma visão diferente e mais elevada de nossa existência. As crenças de
vida na matéria são as que nos lançam no fosso dos problemas identificados com
a idade. O que fazer então? Livrar-nos dessas crenças! Mas como? Recorrendo a
conceitos e ideias sobre a origem do homem que desviem nossa fixação no
‘domínio’ material. A Ciência do Cristianismo tem os recursos para tal
transcendentalismo, e a Bíblia é o foco básico dessa Ciência.
O que Cristo Jesus ensinou e demonstrou está calcado
nessa visão supra material. Senão, como poderia dizer: “Sede vós perfeitos, quão perfeito é o vosso Pai celeste” (Mateus 5:48).
Como poderíamos nós ser semelhantes a Deus, o Espírito, com esta carcaça
material que carregamos? O conselho do Mestre só tem validade se abstrairmos a
entidade material e assumirmos a identidade espiritual. Ele, com toda certeza,
tinha em mente o fato da criação do homem:
“Disse Deus: façamos o homem à nossa imagem,
conforme a nossa semelhança. ... Criou Deus, pois, o homem à Sua imagem, à
imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Gên.
1:26, 27).
Por acaso o prezado leitor conclui desse
versículo que Deus tenha uma figura análoga à figura humana, e que sofra
mutações como nós? Então é necessário que recicle sua lógica, e faça, em sua
mente, o homem à semelhança de Deus, que sabemos ser infinito, não ter forma
delimitada, estar em todo lugar e não estar dentro de objetos limitados. Como
pode o homem finito ser semelhante ao Deus infinito? Acontece que esse homem
finito não é a semelhança de Deus. Temos que abstrair nosso pensar do físico
para perceber a semelhança espiritual do homem com Deus. Nossa percepção desse
homem é um fato espiritual; ocorre na mente e não é visível aos sentidos
físicos. As qualidades que reconhecemos em Deus, podemos saber que também
pertencem ao homem semelhante a Deus. Lembrem-se das palavras do Mestre: “Sede perfeitos como vosso Pai celeste”.
De que nos serve tal percepção? O melhor
exemplo de serventia está na própria vida de Jesus e suas obras. Sem a
percepção espiritual de nosso verdadeiro ser, não se pode realizar as
demonstrações de poder espiritual evidenciado nas obras cristãs, inclusive
curas. O modo como o Mestre lidava com situações materiais (aflitivas aos
humanos) está muito bem ilustrada no relato do encontro de Jairo, chefe da
sinagoga, com Jesus. Jairo havia pedido ao Mestre que fosse com ele para curar
sua filha. No caminho recebeu a notícia do falecimento da filha. Ao chegarem na
casa encontraram todo o alvoroço de um velório, onde, cfe. a tradição, se
reuniam as viúvas para promover o choro. Jesus lhes disse para se acalmarem,
posto que a menina não estava morta, mas ‘dormia’:
“E riam-se dele, pois sabiam que ela estava
morta” (Lucas 8:53).
Pois Jesus fez a menina despertar do sono da
morte, provando, assim, que tinha razão e que dissera a verdade. Para onde fora
a ‘sabedoria’ dos chorões do velório? Digo que foi lançada no fosso da
irrealidade, seu verdadeiro lugar. Esse acontecimento demonstrou que a visão
cristã da vida tem uma tremenda serventia à humanidade. E essa condição não era
uma capacidade exclusiva do Mestre, pois ele mesmo disse:
“Aquele que crê em mim, fará também as obras
que eu faço” (João 14:12).
Levando-se a sério o que Jesus ensinou podemos realizar curas, físicas e/ou morais. O que falta é a disposição de
carregar consigo na consciência a ‘cruz’ do desapego às crenças materiais, e os
ditos prazeres materiais. Alguém poderia retrucar: “É mais fácil falar do
fazer!” E eu responderia: Sim! Pois é preciso dedicar uma vida aos valores
espirituais e transcendentais. Foi o próprio JC que chamou a atenção a respeito
do seguir seus passos e obras:
“Se alguém quer vir após mim [realizar as
mesmas obras], a si mesmo se negue, tome
a sua cruz e siga-me” (Mateus
16:24).
As obras de Jesus Cristo, além de extraordinariamente
beneficentes entre a humanidade, acarretam, contudo, uma enorme dose de amor ao
próximo que transponha inclusive os ódios e ciúmes que recaem sobre o
benfeitor. Foram as obras extraordinárias, em espécie e volume, que fizeram o
povo seguir o Mestre, mas que também geraram o antagonismo e ódio dos fariseus
e outros adversários. Será que esses sentimentos foram erradicados desde então?
É melhor que os praticantes da Ciência do Cristianismo estejam de sobreaviso e
alertas às maquinações do mal. Sua fiel aderência aos princípios divinos
(aliados ao Espírito onipotente) lhes darão a vitória, em qualquer
circunstância.
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