(Extrato da conclusão do capítulo sobre Cristo Jesus na obra "Sob a Luz das Escrituras I", deste autor)
O impacto generalizado na comunidade judaica, naquele
momento, e a repercussão dos ensinamentos de Cristo Jesus após seu
desaparecimento da cena humana se fazem sentir até hoje, pois desde seu
nascimento é marcada uma nova era com recomeço da contagem dos tempos: a Era
Cristã. Hoje contamos 2.018 anos AD. A influência da vida e da obra de Cristo
Jesus tem um quê de misteriosa, pois com apenas 3 anos de atividade pública
deixou a humanidade marcada pela força de sua presença, de doutrina e
grandiosidade de obras. Nenhum líder religioso jamais alcançou tal façanha, e
provavelmente nenhum alcançará.
Durante seu ministério, Jesus Cristo falava-lhes que iria
para seu Pai e que Seus discípulos não mais o veriam. Vale a pena ler o que Jesus
disse nos capítulos 14 a 17 do evangelho de João. Lê-se que ele prometeu um
Consolador da parte do Pai que ficaria para sempre com eles e o povo. O Mestre
caracterizou esse Consolador prometido como:
“O
espírito de Verdade, que ensinará todas as coisas e vos
fará lembrar de tudo o que vos tenho dito” (João 14:
26).
Para mim está claramente afirmado que não devemos esperar por
uma pessoa na figura de Consolador. Os filhos de
Israel, no tempo de Jesus, esperavam um salvador na forma humana que os
livrasse do jugo romano. Até
quando nós esperaremos? Já fazem 20 séculos
desde a promessa. Será que este Consolador já não está entre nós? É possível! Nós é que precisamos aprender a ver e
abrir os olhos do entendimento para perceber o “Espírito de verdade”. Tenho para mim que este não será visto numa figura humana;
mesmo tendo a missão de guiar a
humanidade à verdade. Se ele já veio, onde está? Como percebê-lo? Assim como o
Messias não foi percebido nos padrões da expectativa popular, assim o novo
Consolador, penso, deverá ser procurado fora da expectativa de um evento ou
líder popular. Virá muito mais como um despertar espiritual para a Vida, a
Verdade e o Amor demonstrados pelo Mestre Cristão; virá com demonstração da fé
absoluta no bem e no poder do Espírito infinito; com inclusão clara de todos
sob um amor incondicional que fortalece, instrui e protege; com obras que a fé
crística a possibilita; com a cura do
pecado e da doença, e com o poder sobre a morte, materialismo, ódios e temores.
Esse Consolador virá com sabedoria e inteligência de origem divina; virá com
uma tocha na mão para purificar “nossos tesouros” e para iluminar o caminho da
ascensão, onde reina a consciência de união—unidade—com a Mente divina
universal. Tem nome atual esse consolador? Atrevo-me a responder que Sim!
Chama-se: “Ciência do Cristianismo."
Hoje muitos cristãos cheios de graça e alegria proclamam que
têm Jesus no coração. Por mais religiosa que soe tal afirmação ela merece um
esclarecimento que o próprio Mestre ensinou na parábola da videira, relatada no
evangelho de João. Nessa parábola ele ensinou que ele era a videira e nós (seus
seguidores) somos os ramos. Quando estamos nele (tronco) produzimos frutos. Vê-se
que “estar nele” não era um estar o
ramo dentro do tronco, mas ligado a ele. Essa ligação é e tem de ser forte e
duradoura. Essa é a noção que tenho quando ouço, ou afirmo, que estou (estamos)
em Cristo, ou que temos Jesus no coração. Aliás essa ideia de proximidade é muito
salutar aos cristãos, pois nos leva a aceitar e seguir o ensinamento e as obras
do grande mestre.
“Fazer aos outros o que queremos que eles nos façam” (Mateus
7: 18).
Que humanidade
estupenda teríamos! Teríamos o paraíso entre nós!
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