Na essência dos ensinamentos de Cristo Jesus está o
praticar a religião dele.
Com ciência e sabedoria, era o
modo como Cristo Jesus aplicava as verdades eternas da realidade. O Mestre
ensinou seus seguidores de outrora e os de hoje que poderiam realizar as mesmas
obras que ele fez, porque a capacidade dessa realização é uma aptidão promovida
pela Ciência Divina, hoje em dia ensinada pela Ciência Cristã. Os periódicos desta
igreja e as Reuniões de Testemunhos nas igrejas filiais, além de livros
escritos por cientistas cristãos pelo mundo afora, dão provas de que a fome por
espiritualidade que o gênero humano se diz tomado está sendo atendida, o que
prova que a consciência humana está sendo atingida por essa maré de
espiritualização presente no mundo.
Mas, seguidores do Mestre
Cristo Jesus são os que praticam a doutrina; prática visível na cura de
problemas humanos de toda ordem: físicos, morais, espirituais, psíquicos,
econômicos e de relacionamento. Era isso que ele esperava dos seus seguidores:
“Aqueles que crerem em mim farão também as
obras que eu faço” (João 14: 12).
Mary Baker Eddy escreve:
“Ainda que respeitemos tudo o que
há de bom na Igreja ou fora dela, nossa consagração ao Cristo baseia-se mais em
demonstrar do que em professar a fé. ...e por compreender algo mais do
Principio divino do Cristo imorredouro, ficamos habilitados a curar os doentes
e triunfar sobre o pecado” (CeS, p. 28).
O Mestre era absoluto nos seus
conceitos sobre Deus, o Amor, a Vida, a Sabedoria. Seus ensinamentos elevavam
seus ouvintes ao entendimento das coisas do Espírito, fosse por pregação ou por
parábolas. Seu objetivo era transmitir a espiritualidade. Eddy diz:
“Nosso Mestre não ensinou mera
teoria, doutrina ou crença. Foi o Princípio divino de todo verdadeiro existir,
que ele ensinou e pôs em prática” (Idem, p. 26).
Como distintivo de serem
cristãos, seus seguidores têm na vida dele o exemplo de conduta e atuação. Ele
mesmo assim caracterizou seus seguidores:
“Nisto conhecerão todos que sois
meus discípulos; se tiverdes amor uns aos outros” (João
13: 35).
O
modo de Jesus ensinar seus discípulos e o povo incluía necessariamente afirmar
a verdade referente a Deus, o Espírito, e negar as coisas do “diabo” ou “pai da mentira”. Ele sempre encorajava
seus ouvintes ao amor, até amor aos inimigos, confiança absoluta no bem, misericórdia
ou perdão, pureza, e cumprimento da lei divina. Por outro lado os encorajava a
deixar o mal, ódio, morte, inimizade, coisas que os seus inimigos religiosos
buscavam infligir-lhe. É difícil crer que um homem de tanta bondade e pureza e
que praticou tanto bem entre a população pudesse vir a ser “condenado” à morte
de cruz. Como o ódio cega os homens e os desorienta!
O
resumo dos seus ensinamentos Jesus traçou no Sermão do Monte, uma peça recheada
de espiritualidade. Quem quer que estude esse sermão e o pratique seriamente
desenvolverá um genuíno caráter cristão, com o que viverá entre o povo com
exemplos de vida e amor contagiantes. Será como um grão de fermento atuando em
meio à massa do pensamento humano e mundano, transformando-o e elevando-o espiritualmente
para deixar de ser mundano. Será como um luzeiro na escuridão. Ele sempre ensinava com autoridade;
autoridade que exemplificava na cura de doentes ou expulsão de demônios. Certa
feita o povo se alegrou com o que viu e exclamou:
“O que vem a ser isto? Uma nova doutrina! Com autoridade
ele ordena os espíritos imundos e eles lhe obedecem” (Marcos
1: 27).
Pelo
que ele ensinou, os cristãos ainda hoje teriam e poderiam usar dessa autoridade
para suas obras. Nenhuma dúvida deveria ser tolerada quanto a esse desiderato
religioso. Esse percalço—a dúvida—sempre foi duramente censurado pelo Mestre.
Quando o apóstolo Pedro andou por sobre as ondas do mar e, de repente começou a
afundar, ele apelou ao Mestre que o ajudasse. Logicamente seu amigo o segurou
pela mão e não o deixou afundar, mas não conteve a observação:
“Homem de pequena fé; por que
duvidaste?” (Mateus 14: 31)
Crer
no poder supremo do Espírito era um dos pontos-chave da religião do Cristo. A
superioridade do Espírito sobre a matéria nunca vacilava no crer do Mestre. Até
uma ordem para uma figueira lançar-se ao mar seria obedecida pela planta se,
quem deu a ordem, cresse na autoridade do Espírito sobre a matéria. A dúvida é
o oposto da certeza e da fé, e essa “danada” nem sempre é facilmente detectada
em nosso pensamento consciente e muito menos no subconsciente. Daí a
necessidade de vigilância sobre nosso pensar—por nós não por outros. O Mestre
alertou seus seguidores:
“O
que vos digo, digo a todos: vigiai!” (Marcos 13: 37)
O
Mestre tinha a capacidade de ler pensamentos com a qual muitas vezes
surpreendia seus adversários ou seus interlocutores. Essa sua habilidade era
evidência de sua comunhão consciente com a Mente divina que tudo sabe. As
palavras dele:
“Aquele que crê em mim fará também as obras
que eu faço”
(João
14: 12),
certamente
incluíam toda e qualquer capacidade, mesmo essa de ler pensamentos ou saber o
futuro. Os homens que tanto desejam poder exercer esse dom paranormal deveriam
buscar a fonte de tal capacidade na Mente infinita, à qual o Mestre recorria
espontânea, natural e constantemente. Se os homens soubessem usar esse dom, a
humanidade seria abençoada, pois tal dom não pode ser usado para o mal, dado
que sua fonte é o Bem infinito. Aliás todas as demonstrações de extraordinário
poder que JC fez denotam que buscava no Altíssimo a fonte dessas capacidades e
as usava somente para o bem das pessoas.
Se
pudéssemos resumir sua obra de vida poderíamos citar: amor a Deus e ao próximo,
confiança absoluta no Espírito, sabedoria ilimitada, isenção de ódio e temor,
capacidade de ensinar a espiritualidade, consciência de sua missão e ater-se a ela.
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