Opostos na consciência
humana:
Pendor da carne (matéria) X
Pendor do espírito (Espírito)
Medicina X Fé no espírito, C. Cristã
Desagrada ao Pai
X Agrada ao Pai
Crime X Ação do bem
Agitação X Temperança
Desobediência X Obediência aos Mandamentos
Vaidade X Humildade
Ódio X Bondade
Inimizade X Amizade
O
pensamento humano é um palco onde se desenrolam inúmeros papéis teatrais. O jogo do cabo-de-guerra é uma exemplificação
do que se passa no pensamento do homem quando tem que decidir o caminho que
quer trilhar. O jogo das duas “forças” não tem empate, um ganha e outro perde.
Nosso pendor e nossos interesses ditarão o rumo de nossos passos, e nesse
caminho encontraremos ou problemas e sofrimento, ou paz e cura. O gênero humano
tem de aprender a identificar as forças às quais se alia no seu viver diário.
Esse aprendizado talvez venha através do sofrimento que o pecado, a ignorância,
a superstição ou o medo impõem. Ou virá pela suavidade da inspiração/intuição
celestial. O bem e o mal, o certo e o errado são opostos que reivindicam a
escolha do indivíduo. A indecisão e a dúvida não cooperam para uma definição de
que lado atuaremos, mas podem, isso sim, jogar-nos no fosso divisório, como no
jogo citado.
É
fácil de perceber que nesse embate de opostos não podemos ficar no meio termo,
seja por causa da dúvida ou do medo, ou o pretexto de aproveitar-se do melhor
desempenho de um ou outro lado, daquele que favoreça nosso interesse
predominante. Em nosso pensamento também não podemos, ou devemos, tentar
reconhecer aspectos bons e maus como equivalentes em ambos os lados. Se fizermos
uma escala de valores e prioridades para a nossa vida, não podemos aí misturar
coisas que se opõem e, talvez, até se
anulem mutuamente. Certamente, faremos a escolha de acordo com o que entendemos
seja real e bom. Acontece que se nossos conceitos de certo/errado, bom/mau,
real/irreal não estiverem bem orientados, podemos acabar atraindo para nossa
vivência humana toda sorte de problemas e sofrimentos.
É
o que o apóstolo Paulo procurava alertar os Romanos ao se referir ao “pendor do
espírito” e “pendor da carne” (ver Rom. 8:5,6) ; um propicia felicidade e outro
traz problemas; um dá alegrias o outro tristezas e aflições. O próprio apóstolo
passou por experiências de conflito
mental, conforme relatou: “Não faço o bem
que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço... No tocante ao homem
interior, tenho prazer na lei de Deus ;
mas vejo nos meus membros outra lei...guerreando contra a lei da minha mente”
(Rom 7:22,23).
Precisamos
definir uma posição ou direção de nossos esforços pois isso definirá a harmonia—ou
não—de nossa existência humana. Sob este
aspecto o e estudo cuidadoso da mensagem cristã dada na Bíblia pode ser um
forte aliado, posto que as Sagradas Escrituras, do começo ao fim, apresentam
exemplos da superioridade do bem sobre o mal, do Espírito sobre a matéria. Optando
pela orientação do senso espiritual estaremos fazendo a melhor escolha. Aliás
MBEddy faz uma colocação mais drástica. Diz ela em CeS: “Não podemos escolher como trabalhar pela nossa salvação, mas temos de
trabalhar da maneira que Jesus ensinou”
(p. 30). As Escrituras contém o ensinamento dele. No Sermão do Monte
(ver Mateus 7) o Mestre faz um interessante desafio. “Aquele que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado a um
homem prudente que edificou sua casa sobre a rocha; e caiu a chuva,
transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela
casa, que não caiu, porque estava edificada sobre a rocha. E todo aquele...que
não as pratica será comparado a um homem insensato que edificou sobre a areia”
(Mat. 7:24-26). Precisa ser mais clara a definição de nossa escolha? O que
queremos na vida?
Um pensamento alicerçado em Deus, o bem, a
Verdade, não será abalado quando confrontado com as vicissitudes da vida humana
e/ou mundana. O Cristianismo e a Ciência Cristã nos dão recursos e reforços
espirituais nesse afã de espiritualizar o pensamento. O processo se baseia no
princípio de que um erro é corregido
pela verdade exatamente oposta. Por exemplo, na matemática um erro
ligado à operação 2 + 2 = 4, (p.ex. 2 + 2 = 5) é corrigido pela expressão que
afirma a verdade. No mundo das idéias dá-se algo semelhante. A sabedoria
corrige a ignorância, o ódio é corrigido pelo amor, e assim por diante.
Com um exemplo será mais fácil de
perceber o desenrolar do processo mental. Suponhamos que alguém esteja lutando
com dores de cabeça. Sempre em tais casos conjetura-se sobre prováveis causas
da moléstia. Pode-se listar algumas pretensas causas: calor, noite mal dormida,
trabalho demasiado, hereditariedade, ressaca, medo, etc. Cada nome desta lista
tem uma qualidade oposta que anula o mal.
Calor < amenidade (do Amor);
noite mal dormida <
descanso (no conforto de
Deus);
trabalho demasiado <
força (do Espírito);
hereditariedade < meu pai
e mãe verdadeiro é perfeito (é Deus, o bem);
medo < confiança
(fé em Deus).
Inimizade <
amizade
Em
seguida afirmamos que as qualidades que combatem o mal, erro, dor, etc, são
permanentes porque pertencem a uma das características da Divindade superior a qualquer manifestação de mal, e
que destroem as evidências do mal com Sua onipotência, onipresença re
onisciência. Isso estabelece na consciência o reconhecimento da presença da
perfeição vinda de Deus, reconhecimento que oblitera qualquer percepção do mal.
Uma vez que a consciência chega a esse ponto, podemos passar um grande “X” ou
uma borracha sobre a lista dos males e sintomas; com isto ficamos só com a
lista das coisas boas, e uma gostosa sensação de bem-estar que não está ligada
ao corpo físico, mas sim ao nosso pendor
do Espírito.
MBEddy
diz claramente: ” Mantém o pensamento
firme no que é duradouro, no que é bom e no que é verdadeiro, e os terás na tua
experiência, na proporção que ocuparem teus pensamentos” (CeS, p. 261).
Isso é uma regra de cura que leva vantagem sobre as pretensas forças do mal!
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